Capítulo 2

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A van tomou velocidade. Seu sacolejar entre os dois, serviu para piorar meu estado. Um filme de terror passou pela minha cabeça, misturado às cenas da morte de meus pais.

Minha vida estava por um triz nas mãos de homens perigosos que eu não fazia menor ideia do que queriam. Tremia involuntariamente e nós ansiosos de nervosismo apertavam meu estômago que receei vomitar.

As armas em punhos deles, carregadas e suas caras horríveis só me davam a certeza de que iria morrer. Lágrimas incessantes molhavam meu rosto sentindo sufocar pela angústia. Temia sofrer um golpe, engolindo os soluços para não fazer barulho.

Então, o solavanco pela freada fez chorar os pneus me fazendo pular do assento e, um deles empurrou meu corpo com violência quando uma chuva de tiros passou sobre nossas cabeças.

Na mesma medida, eles devolveram os tiros com a precisão de profissionais iniciando uma perseguição do lado de fora.

E a confusão só piorou ao ouvir o sinalizador da polícia e mais balas perfuraram a parede metálica da van. Lutei pra me soltar das cordas com as mãos.

No entanto, o carro parou e a porta foi aberta.

Com uma estupidez sem tamanho um deles me empurrou para fora, sem se importar com meus tropeços por estar descalça e entramos num prédio abandonado.

O cheiro forte de querosene me causou náuseas, enquanto meus olhos varreram o ambiente sujo com pilhas de pneu e lixo.

Me deparei com três homens, mas não pude focar a atenção quando o susto arrancou um grito fino de mim ao ver o sangue atingir meu rosto.

Achei que uma bala havia me acertado, porém ao virar, o comparsa que me segurava foi ferido gravemente na testa caindo sem vida no chão.

Tive de me jogar entre os pneus, sentindo o impacto do concreto nos joelhos ao ouvir uma nova sessão de balas passar por nós.

No meio do rebuliço, um homem alto, de cabelos louros e olhos azuis se lançou sobre mim, arrastando- me com pressa para outro lugar.

O tiroteio prosseguiu e paralisada com o coração aos saltos senti o corpo grande dele me proteger como um escudo, mas não consegui reconhecê-lo.

A confusão seguiu igual, que fomos obrigados a correr. Vi ele jogar a arma pequena longe, tomando de um rifle automático.

Sua agilidade, de um matador frio, me surpreendeu que fiquei dura no mesmo lugar ao vê-lo acabar com um por um dos homens que haviam me sequestrado.

—Abaixa! —Ele gritou severamente com um pulo em minha direção.

O estrondo de uma bomba, nos fez rolar para outro lado, vendo chamas de fogo e cinzas voarem em meio a atmosfera de fumaça. A explosão me deixou tonta que comecei a tossir. Minha cabeça girou e meus olhos arderam embaçando o foco que não consegui ver mais nada.

[...]

Queimando o rosto pelo ardor abri lentamente os olhos. Senti a garganta seca e  engoli a saliva inúmeras vezes picando sas pálpebras. Meu corpo inteiro doía como se um caminhão passasse por cima de mim.

As amarras apertavam meus pulsos, quando movimentei as mãos sem conseguir desfazer os nós.

— Merda! —Falei baixo.

O lugar feio que meus olhos identificaram com paredes mofadas, parecia um depósito. Chovia, e o furo grande no telhado, deixando a água escorrer, virou uma grande poça no chão.

A sede massacrava. Tinha  ao menos que molhar os lábios na água, não importa se fosse suja. A essa altura, pensei se tratar de rapto. Iriam exigir resgate, já que meu pai por ser promotor, influente e rico começou a expandir seus negócios. Alguns que nunca tomei conhecimento e que ele não falava muito.

Nas mãos do Capo Romance Dark 🔞Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum