Promessa de dedão

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Oii meus amores! Tudo bem com vocês? Espero que curtam o décimo primeiro capítulo de "My dream come true".
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Vamos lá💌

Dallas, Texas🌍
08:13am⏰
Lis Evans:

- Falta muito tempo para nossas férias? - Cloe choraminga no meu colo.
Estávamos matando aula no pátio. Eu estava prestes a infartar de ódio com meu professor de instrumentos e Cloe fugindo da professora de designer.
- Humm, acho que só uns 4 meses? - respondo, e ela choraminga.
- Aquela mulher vai me matar de tanta coisa. - ela faz um biquinho se virando para mim. - Você acredita que ela pediu para fazermos um vestido inspirado no filme Cruella?
- Mas isso não deveria ser algo bom? Você ama esse filme - às vezes ela me deixa confusa.
- Em partes é, eu amo aquele filme, mas você já viu as roupas que aquela deusa usa? E o pior, ela só nos deu 2 semanas. Em duas semanas eu não consigo nem montar a base daquela obra prima. E tem mais...
Acho que ela ficou reclamando por mais uns 5 minutos, tanto que parei de ouvir na parte da "...obra prima".
- Já sei. - se levanta. - Vamos trancar o curso. - ela segura a barra do meu vestido. - Aí eu roubo um pouco da grana do meu pai, e fugimos para Londres. - ela dá um gritinho. - E lá arranjamos um velho rico que nos banque, damos um golpe nele, e vivemos felizes e ricas para sempre.
- Acho que a faculdade não tá te fazendo bem mesmo. - a abaixo pelo ombro. - A pobrezinha tá até alucinando. - acaricio sua cabeça, tentando diminuir sua eufória.
- Para mim era um ótimo plano. - cruza os braços, revoltada.
- Talvez fosse, se não vivêssemos no mundo real. - dou um peteleco em sua cabeça.
- Se a faculdade fosse meu pior problema... - bufa, se jogando novamente em meu colo.
- Acho que qualquer dia desses eu mato meu pai. - fecha a expressão, parecendo chateada.
- Eu te ajudo com o corpo. - faço cosquinha atrás de seu ouvido, tirando um enorme sorriso dela.
- As coisas estão tão ruins assim? - pergunto, preocupada.
- Você nem imagina. - ela fecha os olhos fortemente, como se tentasse espantar as lágrimas.
- Eli... - [...] - Assim que eu terminar a faculdade, papai vai me casar com um riquinho mesquinho qualquer. - diz por fim.
Então, era isso que estava atormentando Cloe a tanto tempo.
- Ele disse que já me deu tempo livre demais, e que era hora de eu ser útil para algo, afinal, uma designer qualquer não tem conhecimento para assumir uma das maiores empresas de Dallas. - Cloe limpa as lágrimas que insistiam em cair.
- Ele não pode fazer isso. - me exalto, revoltada com essa merda de pai que minha amiga tinha.
- Eu também pensava isso, mas parece que ele já tem até uma lista dos mais aptos, provavelmente, antes do natal, eu já estarei casada com um homem que nunca vi na vida. - a mesma começa a soluçar conforme as lágrimas aumentavam e nesse momento, eu me senti a pior amiga do mundo.
Cloe estava passando por um momento tão complicado em sua vida, e eu ao menos liguei para isso, ela está sempre me ajudando com os meus problemas, mas eu nunca me importei o suficiente para ouvir os dela.
- E-eu sinto muito. - falo perplexa, sentindo uma dor enorme em meu interior. - Me desculpa por favor.
- O que? Por que eu deveria? - ela se levanta, me abraçando.
- Eu fui egoísta, você sempre me ajudou com os meus problemas, mas agora, eu não posso fazer nada para resolver o seu.
- Ei, Eli, tá tudo bem! Você é a melhor amiga que eu poderia ter. - ela segura meu rosto, limpando minhas lágrimas.
- Você sempre me escuta, me apoia, me dá o melhor cafuné possível, me escreve lindos poemas, e canta para mim quando eu tenho crises. - ela respira fundo. - Lembra quando a gente tinha acabado de chegar na faculdade, e a Ashley fazia de tudo para me encher o saco? Você me protegeu, e me deu forças para enfrentar aquela cobra.
- A irmã do Luka é realmente má. - sorrio, limpando meu rosto.
- E todas às vezes que você me serviu de manequim ein! - aperta minha mão.
- Todos passamos por problemas e temos que aprender a lidar com eles, mas lógico uma ajuda aqui, outra ali, não caí mal não é. - brinca, e eu concordo.
- Você precisa entender que eu não quero te preocupar com os meus problemas, você sabe que eu prefiro os resolver sozinha, mas ao mesmo tempo, gosto de te ajudar com os seus, por que você é minha irmãzinha mais nova, e é assim que as mais velhas devem agir. - conclui e eu a abraço forte.
- Apenas me prometa que não vai carregar esse fardo sozinha. - estico o mindinho, mas ela toma meu dedão.
- Promessa de dedão, pois assim ela nunca vai se quebrar.

My dream come true!Where stories live. Discover now