Problemas

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Oii meus amores! Tudo bem com vocês? Espero que curtam o sétimo capítulo de "My dream come true".
Não esqueçam de deixar seu voto!
Vamos lá💌

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Dallas, Texas🌍
18:21 pm⏰
Cloe Shepard:

Retiro meus tênis antes de adentrar a enorme mansão em minha frente.
Calço minhas confortáveis pantufas, pendurando minha bolsa no cabide.
Como de costume, começo a subir as escadas para poder tomar banho, mas  sou interrompida pela voz do meu pai.
- Está em casa Cloe? - indaga, e posso ouvir seus passos até mim.
Desejo profundamente apenas continuar o que devia fazer, mas não posso.
- Sim papai. - respondo, sem ânimo.
- Antigamente você recebia o seu coroa com um grande abraço. - tenta gerar humor, mas indiretamente, apenas me estressa mais.
- Antigamente o senhor também respeitava os meus direitos. - rolo os olhos, pegando impulso no corrimão para me virar de costas para o mesmo.
É tão frustrante não conseguir ter uma conversa normal com o seu próprio pai. Eu devia estar acostumada, mas, não consigo aceitar o que meu "herói" se tornou.
- Não seja mal criada Cloe Shepard. - repreende, elevando seu tom de voz, para passar aquela famosa superioridade.
- Não finja se importar comigo Conrad Shepard. - retruco, passando a mão pelos fios morenos que habitavam em minha cabeça.
Estou tão cansada...
- Dá para você parar de ser orgulhosa merda? - sobe exatos 3 degraus, se aproximando de mim. - Eu estou tentando, ok?
- Lamento em lhe informar que usar sua filha como troca em negócios não é uma evolução.

Luka Müller:
19:02 pm
Batuco os dedos na mesa, formando uma provável canção agitada e frustrante.
Seus olhos preocupados e inchados não foram causados por uma falha qualquer na maquiagem.
Algo estava acontecendo com ela, e sinto que não é algo bom.
- Merda! - lanço a almofada que antes estava em minha cama na parede.
- Eu prometi. -  inconscientemente  sorrio fracassado.
- Prometi que não voltaria a me importar. - pressiono meu rosto com minhas próprias mãos.
- Estou enlouquecendo de novo...
Alguns toques no meu celular me despertam, e confesso que sinto una alegria enorme ao ver quem era.
- Eai pirralha. - digo, atendendo o face time.
- Pirralha é sua fuça. - manda língua, fracassando em permanecer séria.
- Ainda tá bem escuro aí, por que está acordada uma hora dessa? - indago, me acomodando entre as almofadas.
- São 4 e pouca da manhã aqui em Berlim, perdi o sono e bom, decidi te ligar. - noto que sua voz estava um pouco mais fraca do que em nossa última ligação.
- Ash, você está se cuidando bem, não é? - pergunto, preocupado.
- Lógico, e também, não tenho escolha, mamãe às vezes parece uma galinha que acabou de ter seu pintinho. - gargalhamos com sua comparação.
- Mas e você grandão, como você tá?
- Bem. - digo, sem ânimo.
- Luka! - repreende, analisando meu físico.
- Você prometeu que não iria morrer de fome até eu voltar para aí. - brinca e eu concordo.
- Não te daria esse prazer mesmo. - dou de ombros e a mesma sorri fraco.
- Sinto sua falta maninho. - noto que sua saliva desce seca, tentando travar as lágrimas.
- Eu também, todo dia, durante todas as horas minha Ash. - forço minha melhor expressão.
- Não seja muito sentimental, é nojento. - torce o nariz do outro lado da tela.
- Hum, deixa eu adivinhar, está assim por conta dela, não é? - conclui mais rápido do que eu pensei.
Ergo minhas sobrancelhas, surpreso com sua velocidade.
- Eu te conheço a 21 anos, acha mesmo que não notaria sua cara de abestado por conta de uma garota? - fingi se ofender, mas no fundo, ela estava certa.
- Ela e a amiga ainda me odeiam né? - relembro o horror que minha irmã era antes de se mudar.
- Provavelmente...
- Não as julgo, espero ter a oportunidade de me desculpar um dia. - morde a cabeça do dedão, refletindo.
- E você vai! - digo, positivamente.
- Na pior das hipóteses, peça elas perdão pela garota que agora paga pelos seus erros no passado...
- Da forma mais cruel possível. - finalizo, desejando retirar o acesso do hospital de seu nariz.
- Às vezes penso que o câncer não foi tão ruim... - Ashley diz e eu me revolto com sua fala.
- Você está assim por conta dessa merda de doença e acha que não foi ruim? - interrogo, exaltado.
- O câncer me ajudou a notar o quão horrível eu era, e estou pagando por meus pecados assim, todo o bullying, agressão e tudo de ruim que fiz, está batendo de frente comigo agora. - fala com dificuldade, por conta das lágrimas que começavam a cair.
- Não chora pequena. - pressiono minhas mãos no lençol.
- Eu fui tão horrível Luka! - passa a manga do moletom em seu rosto.
- Para! Você cometeu erros, todos cometem, para de se culpar tanto! - pressiono a mandíbula.
- Ei! - sussurro, enquanto espero as lágrimas cessarem.
- Você vai melhorar, ok? A quimioterapia vai fazer efeito, você vai vir pra Dallas, nós vamos comprar todo aquele shopping, você vai se desculpar com Elisabeth e Cloe, vai dar uma lição de moral nas cobras das suas ex-amigas e vai me xingar toda manhã por entrar no banheiro na sua frente! - digo, tentando passar confiança, mas eu mesmo, já havia a perdido.
- Certo...
- 143 schwester! - profiro nosso código.
- 143 bruder! - repete sorrindo.

* 143 - eu te amo, em números (inglês).
* Schwester - irmã (alemão)
* Bruder - irmão (alemão)

My dream come true!Where stories live. Discover now