ROMANCE - DRAMA ⸻⸻ E se um trágico acidente tirasse a vida das pessoas que você mais ama?
E se depois disso você não acreditasse mais ser possível amar novamente?
Duas vidas. Uma tragédia. Um destino.
Quando uma fatalidade estraçalha o amor, a vida...
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M E L
Assim que o motorista de Vincenzo estacionou o carro na rua ao lado de sua casa Melissa desceu antes que qualquer um dos dois abrisse a porta para ela.
Vincenzo desceu logo em seguida e ela parou bem perto da pequena cerca doida para se despedir e entrar, mas virou-se e sorriu quando ele se aproximou.
— Vai me convidar pra entrar, fiore?
Por um segundo bem rápido o coração dela sobressaltou no peito só de pensar nessa possibilidade e ela riu tentando parecer casual.
— Não. Eu sei que você não vai querer entrar só pra tomar um café.
Vincenzo riu e chegou mais perto dela, mas manteve as mãos nos bolsos.
— E qual o problema se eu quiser ir pra cama com você? Achei que meu desejo por você já estivesse mais do que claro.
Ela ficou sem graça um instante.
— Eu só não quero iludir você, achei que eu também tivesse deixado isso claro quando te contei sobre meu noivo durante o jantar. Eu não estou preparada ainda, Vince. Ainda não me sinto pronta pra me envolver com ninguém.
— Mas de acordo com o que você me contou isso já tem quase três anos. — Ele deu uma risada sarcástica. — Não faz sentido você se fechar em uma concha, fiore. Quem morreu foi ele, não você.
A expressão de Melissa endureceu. Sentiu uma raiva dele. Queria dar um soco no estômago daquele italiano. Tentando se controlar, ela desviou o olhar e cruzou os braços.
— Fiore, eu não falei por mal. Só estou sendo realista. — Ele fez uma pausa procurando pelo olhar dela e Melissa continuou em silêncio. — Você é uma mulher linda e eu sou um homem como poucos. Eu sei que posso fazer você esquecer esse seu passado...
— Vince. Eu estou um pouco cansada. Você entende, não é? Às vezes me sinto assim por causa do meu coração. Não é nada pessoal.
Vincenzo a encarou e estreitou os olhos analisando a expressão de Melissa.
— Na verdade eu acho que é pessoal sim. — Disse Vincenzo e Melissa olhou para ele procurando não parecer alarmada.
— Eu só estou cansada.
— Não. Acho que está assustada.
Ela ficou em silêncio. Seus olhos agitados mal conseguiam se firmar nos dele.
