Capítulo treze

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24 de novembro de 1943:

Um senhor caminhava calmamente e sorria para as enfermeiras que estavam no corredor largo. Ele tinha uma bengala o sustentando e todos tentavam entender para onde ele iria.

_ O senhor vai visitar algum parente? - Perguntou uma medibruxa com uma prancheta em mãos.

_ Vou visitar a minha neta, senhorita Leesa do quarto 1231. - Respondeu simpático.

_ Ah, sim, eu lhe acompanho até lá, eu também tenho que ver a senhorita Granger.

_ Certo. - A mulher ajudou o idoso a chegar no quarto e até mesmo disponibilizou uma cadeira para ele se sentar.

_ Minha neta está bem? - Perguntou ele aflito.

_ Ela sem querer bebeu uma poção de pesadelo, os pesadelos a fez sofrer reações adversas.

_ Mas como ela bebeu isso? - Perguntou preocupado, a médica viu aquele comportamento e ficou com o coração quente, ele a lembrava do seu avô, que Merlim o tenha.

_ Isso é algo que não sabemos, mas ela ficou bem ruim, parece que tem muitos traumas. Eu a aconselho procurar um piscobruxo. - O velho concordou. _ Vou fazer um check-up para ver se está tudo bem.

_ Eu agradeceria. - Disse o senhor olhando a varinha que era apontada para a sua "neta".

Ele parecia aflito e atencioso, mas quem seria ele?

A médica terminou e disse que ela não acordaria tão cedo, a mulher saiu fechando a porta e o senhor se levantou para trancá-la.

_ Poção de pesadelo, alguém realmente te odeia. - Disse desfazendo o feitiço de ilusão. _ Vamos ver quem te odeia. - Caminhou até a menina e colocou a varinha em sua têmpora.

Uma corrente de magia rodopiou a cabeça da Leesa, mas ela evaporou segundos depois.

_ Você é mais forte do que imagina. - Disse o homem coçando a mandíbula. _ Byella me escondeu uma joia rara.

Sorriu fazendo mais uma vez uma corrente de magia, mas essa era mais grossa do que a outra. Mesmo assim, ela foi dispersa.

_ Mais forte que um mago normal. - Tentou pela terceira vez e novamente a corrente de magia foi desfeita. _ Mais forte que um bruxo de primeira classe. - Ele não entendia como uma menina de dezoito anos era mais forte que muitos de seus bruxos bem treinados.

O homem queria saber como ela conseguiu ter um núcleo mágico tão forte em pouco anos de vida, uma coisa que ele batalhou por muitos anos para ter.

Ele novamente fez uma corrente de magia e dessa vez não era branca ou azulada e sim, negra. Tão negra que parecia um Dementador flutuando na cabeça da mulher. E dessa vez ele conseguiu adentrar na cabeça da menina, que estava protegida fortemente por uma magia que ele conhecia.

Como ele não conheceria a magia de sua amada? Byella, era a magia dela e essa menina tinha sua aparência.

Quando ele a encontrou andando por aí em um dia qualquer, ele sentiu o cheiro de vira-tempo. O homem até mesmo contou isso a garota.
Todas as peças estavam sendo encaixadas e ele não queria acreditar.

As memórias de Leesa estavam sendo vistas e revisadas por aquele homem, ele queria ver quem foi a pessoa de tamanha coragem que drogou Leesa.

Ele a viu sendo beijada, viu os alunos a cumprimentando, ele viu todas as memórias, menos algumas. Algumas estavam tão bem protegidas que nem mesmo ele conseguia destrancá-las.

_ Tinha que ser filha dela. - Disse acariciando o rosto leitoso da mulher.

Ele continuava vendo as memórias e até agora ele não achou quem a drogou, ele tinha uma suposição, mas nada era concreto. O homem se sentou na beirada da cama e fez um feitiço para que a menina acordasse e pudesse conversar com ele.

A Garota de Tom Riddle (Versão DOIS)Where stories live. Discover now