Capítulo onze

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29 de outubro de 1943:

Hoje teríamos o passeio em Hogsmeade e Tom estava ansioso para passear com a Leesa, a mulher não saia de seus pensamentos sequer um minuto e tudo isso começou quando ela disse que não se importava de seguir uma pessoa das trevas.

Depois daquela aula, ele bolou vários planos para a sua ideologia, ele não seria mau, mas também não seria bom. Ele continuaria a mesma coisa, apenas mudaria sua doutrina. Ele não amava Leesa, mas seu coração já começava a bater mais rápido quando ela ria ou quando sua língua afiada o colocava no lugar. Ele não amava, mas estava apaixonado.

A paixão incendiava o seu coração quando ele a via e esfriava quando ele não a via por pelo menos duas horas. Ele sabia que ela estava muito ocupada, mas o seu coração não entendia. Claro que não entenderia, era o seu primeiro amor, mas ele não sabia como expressar isso em palavras e sim, em gestos e atitudes.

Tom sussurrou no ouvido da estátua e ela se virou, e a escada apareceu. Ele iria pedir para que Leesa não trabalhasse hoje, ele queria um tempo a sós com a mulher de olhos verdes.

_ Tom. - Sorriu o diretor e até os quadros sorriram para ele.

_ Olá a todos. - Disse educado e se sentou na cadeira.

_ O que o senhor precisa? - Sorriu todo feliz, ele considerava Tom o seu neto.

_ Eu queria saber se tem como dispensar a Leesa da tarefa de olhar os alunos hoje. - Dippet sorriu ainda mais.

_ Vejo que está apaixonado e isso é a melhor coisa que poderia nos acontecer, claro, se o nosso sentimento for retribuído. - Tom concordou com a cabeça. _ Leesa é uma boa moça e excelente professora, vocês têm um gênio forte e difícil, será um bom casal.

_ Ainda não somos um casal, eu nem mesmo sei se seremos um. - Sorriu contido.

_ Não se preocupe, eu sei se um casal dará certo apenas o olhando e vocês tem muita química. - O garoto sorriu. _ Avisarei a Leesa que não precisa cumprir sua função hoje, não se preocupe.

_ Eu lhe agradeço. - Disse sucinto.

_ Não fiz muito, apenas a chame e eu darei esse dia de folga para ela. Ela merece. - O garoto se levantou e agradeceu mais uma vez e saiu da sala.

Dippet que comia uma bala de caramelo pensava nas palavras de seu aluno, ele estava apaixonado por uma professora. Isso seria anti ético se fosse visto de fora, mas como ele estava a um passo de se formar, ele não diria nada. Ele não queria estragar um romance tão bonito.

Mas se ele descobrisse que esse romance iria remodelar toda a comunidade bruxa, o que ele falaria? Ele aceitaria? Quem sabe?

_ O romance é lindo, não acham? - Perguntou o diretor sendo observado pelos quadros e o Alistair.

_ Talvez você se arrependa dessas suas palavras futuramente. - Disse o Chapéu Seletor. _ Mas não será eu quem irá lhe contar, deixe que o tempo lhe conte.

_ Eu estou tomando a decisão errada, Alistair? - O Chapéu apenas se balançou. _ Então por que de suas palavras?

_ O futuro é algo que nem mesmo um chapéu pode interpretar, mas será interpretado por uma criança que veio dele. O que você acharia de uma viajante do tempo?

_ Se a criança veio do futuro e quer bagunçar o tempo, ela será castigada por ele.

_ Mas se a criança for agraciada pelo tempo? O que você faria a respeito?

_ Nada, eu apenas me sentaria em uma cadeira de balanço e me balançaria vendo tudo ruir, não podemos mexer com aqueles que são agraciados pelo tempo. - Disse olhando o chapéu.

A Garota de Tom Riddle (Versão DOIS)Où les histoires vivent. Découvrez maintenant