Vinte.

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O início.

O que você deveria saber sobre a criação? Tudo o que você sabe sobre os anjos, sobre a religião, sobre o que aconteceu antes de tudo ser criado é baseado sobre o que te dizem ou o que sabe?

E se...

Quando foi criado o céu e a terra, Deus também criou duas mulheres para serem responsáveis daquilo mais presente em nossas vidas. O sol e a Lua. O sol era uma mulher de cabelos longos, sua pele era iluminada e seus cabelos cor de fogo ardiam em chamas a cada passo que dava, seus pés ao tocar as gramas quando sua entidade se fazia presente na terra deixava marcas no chão. A sua beleza era surreal, todos os anjos estavam ao seu lado lhe agradando e cantando.

Já a Lua era uma mulher de cabelos longos e tão escuros que sequer havia algo para comprar. Seus olhos eram como o infinito, refletiam quaisquer coisa a sua frente e tinha toques tão suaves que fazia com que tudo florescesse ao redor por apenas passar por perto. Tinha o canto tão encantador que fazia com que tudo se iluminasse ao redor.

Um belo dia a Lua observou o sol de longe, sentada sobre as nuvens enquanto balançava os pés, sorria por apenas vê-la dormir.

— Está tão apaixonada — Deus sentou ao seu lado, olhando na direção que Lua olhava.

— Não há como se apaixonar — confessou soltando um suspiro.

— Diga isso a ela — afagou os cabelos de sua criação — diga que acha ela a moça mais bela que já viu.

Lua sorriu. Pouco tempo depois se tornou próxima de Sol ao lhe oferecer alguns cachos de uva, os sorrisos envergonhados e a euforia se tornou tão encantador e dali surgiu um amor sútil e intenso. Se amavam de baixo das árvores, nas cachoeiras, se amavam sob a luz do dia e da noite e sempre estavam se amando. Pois seu amor refletia. Sol e Lua se amavam porque foram criadas para serem amor, Nayeon e Jungyeon.

O poder que possuíam como guardiãs eram imenso. Lua — Nayeon — e Sol — Jungyeon — eram as entidades mais belas e fortes que tinha no reino dos céus.

Logo, Deus ao criar o primeiro homem e a primeira mulher como cópia de sua imagem se alegrou mas foi traído por caírem em seus próprios pecados. Halel que era um dos anjos mais belos se rebelou e consigo levou Nayeon.

— Não ouse me dizer que irá criar um reino acima do meu Helel! — Deus pravejou raivoso fazendo as nuvens abaixo de si relampear.

— Pai, eu jamais faria isso com o senhor — o anjo se ajoelhou — perdão!

— Não me peça perdão quando tu não estais arrependido Helel, tu és a própria soberba, tu és Lúcifer o anjo traidor.

O anjo ainda de joelhos olhava incrédulo. Como ele poderia saber? Helel planejava fugir dos céus e criar um reino só para si, os cochichos e os planos eram ditos escondidos, Helel e Nayeon queriam um reino melhor que o de Deus.

— Nayeon? Diga-me o que tu sente — Deus a olhou de cima.

Nayeon de cabeça baixa, suspirou enquanto erguia o olhar.

— Não posso pedir perdão daquilo que não me arrependo — a voz saiu baixa mas saiu firme em um murmúrio.

Jungyeon que observava tudo incrédula soltou todo o ar que havia acumulado em seu pulmão junto de uma lágrima de fogo que caiu de seus olhos.

— Como posso ter sido traído duas vezes por meus filhos? A humanidade me traiu, meus anjos traíra-me — negou batendo o cajado no chão e as nuvens estremeceu — se eu criei vocês também posso puni-los.

— Pai... — Jungyeon deu um passo para frente para falar.

— Quieta Sol — ergueu a mão fazendo Jungyeon parar — Helel tu irá para o inferno por tua soberba e tu, Nayeon... irá junto.

Jungyeon franziu o cenho incrédula pois o inferno foi a pior coisa que fez. Há meses atrás, havia um fruto no ventre de Jungyeon, iria ser mãe de uma linda criança fruto de seu amor com Nayeon mas não tinha um ventre hospedeiro e ao ter um aborto e perder seu bebê teve um ataque de raiva.

Ficou tão chateada e revoltada que criou uma dimensão abaixo da terra, as rachaduras cuspiam fogo que era capaz de matar instantaneamente quaisquer ser de vida por sequer chegar perto. Deus ao ver o que sua filha havia feito, chamou o local de inferno aonde Jungyeon pudesse extravasar suas raivas. E se Jungyeon havia criado só Jungyeon poderia desfazer.

Mas o inferno se tornou uma punição a humanidade e se tornaria uma punição para sempre.

— Não posso levá-los para lá, não o amor da minha vida.

— O amor da sua vida me traiu e se traiu a mim também traiu a ti — disse raivoso.

— Eu peço que puna a mim também — disse o olhando — eu pago pelas consequências de Nayeon, faça tudo mas por favor não a leve para lá.

— Sol — Nayeon a olhou.

— Pai eu imploro — se ajoelhou — a mim e não a ela!

Deus apertou os dedos no cajado e fechou os olhos ao sentir Jungyeon desesperada agarrar seus pés.

— Tu irá pagar por ela mas o castigo será dividido — Jungyeon ergueu o rosto molhado pelo choro e Nayeon olhou desesperada — Nayeon irá para o inferno — ao ouvir Jungyeon gritar respirou fundo — e Jungyeon irá para a terra.

— NÃO! — Nayeon negou se aproximando.

Deus bateu o cajado contra a nuvem fazendo Nayeon paralisar, não conseguia mais se mexer.

— Nayeon irá para o inferno e Jungyeon para a terra — repetiu mas desta vez mais firme — Jungyeon nunca mais terá controle sobre si, não irá saber quem foi mas ao assumir o castigo assume-se também a culpa então — a olhou — irá sofrer cada vida, irá reencarnar e irá sofrer a cada morte.

— Tudo pela minha Lua — Jungyeon olhou Nayeon que chorava ainda paralisada — eternamente nós.

— Está feito — a voz de Deus caiu como um trovão ao erguer as mãos, raios de luz saiu de seus olhos.

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Devil With - 2Yeon G!POnde histórias criam vida. Descubra agora