Onze.

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Portanto, submetam-se a Deus. Resistam ao Diabo, e ele fugirá de vocês.
Tiago 4:7

No fim daquele dia, Jeongyeon caminhou até o dormitório que dividia com Sana e outra garota ao qual se chamava Park Rosé, e que era tão reservada que mal conversavam. Nunca haviam trocados muitas palavras.

Ao abrir a porta se assustou com o que viu, Sana estava fazendo as malas enquanto tinha uma freira mais velha ao seu lado. Jeongyeon conseguia escutar as fungadas baixa, Sana estava chorando.

— O que aconteceu? — olhou confusa para a mala — Sannie? — olhou para a garota.

— Ela foi expulsa desse convento — a freira disse — descobrimos um pecado! — franziu o lábio superior — mulher que se deita com mulher não vão para o céu.

Jeongyeon cerrou os punhos ao escutar as palavras da mulher junto com a voz inojada, olhou para Sana que tinha os olhos inchados e a ponta do nariz avermelhada, de tanto chorar. Ela fechou a mala e segurou na alça, se virando para Yoo.

— Tchau Jeongyeon — disse chorosa.

A menina disse baixinho passando pela coreana e saindo do quarto acompanhada da freira, Jeongyeon sentiu os olhos marejar, Sana não havia merecido isso. O que seria dela quando estivesse fora deste convento? Suspirou frustada e se sentou em sua cama, olhando para o quadro de Jesus que havia ali.

"Eu nem sequer pude dar o último abraço nela" — pensou.

Ao escutar a porta ser aberta secou rapidamente as lágrimas de seu rosto com o dorso da mão levando o olhar olhou a porta, vendo outra freira entrar no quarto junto com uma garota que também tinha a mala em mãos.

— Essa será a nova colega de quarto de você — sorriu — Nayeon, aquela é a sua nova cama — indicou a cama que era de Sana. — trate bem ela, menina. Trarei fronhas novas em breve, certo?

A freira fechou a porta saindo do local, enquanto Nayeon entrava no cômodo. Yo engoliu em seco acompanhando a garota com o olhar. Ela estava diferente, estava menor e sua expressão não era assustadora, tinha as bochechas rosadas. Im deixou a mala no pé da cama e se virou para Jeongyeon.

— Olá — sorriu — sentiu a minha falta?

Yo não soube o que responder, apenas paralisou. Ela era real? Ela era humana?

— Nayeon... — murmurou.

— Jeongyeon — andou até a morena e segurou em seu rosto — você não deveria ter se deitado com outra pessoa, você pertence à mim, somente eu posso lhe foder.

A morena jurou ter visto os olhos de Nayeon mudarem de cor, como mudavam quando ela estava na sua real forma — como um demônio —. Entreabriu os lábios procurando alguma reeposta mas não conseguiu. Seu coração palpitava tanto que poderia ser escutado há quilômetros de distância.

Nayeon então, depositou um selar nos lábios de Jeongyeon, se sentando em seu colo agarrando os fios de cabelo dela. Jeong por sua vez, envolveu as mãos na cintura de Im e fechou os olhos retribuindo o beijo. Suspirando pela forma como o beijo se encaixava.

Infelizmente essas sensações Sana não poderia lhe dar. O beijo não era o mesmo que os beijos de Nayeon, muito menos o toque. O que sentia por Sana era carinho mas o que sentia por Nayeon era algo que não sabia como explicar.

— Por que você sumiu, Nayeon? Eu senti a sua falta... Você sabe como — disse baixo após o fim do beijo.

As bochechas de Jeongyeon ficaram ruboras e Nayeon esboçou um pequeno sorriso ladino passando o polegar ali.

— Eu sei que você sentiu a minha falta, afinal, a sua alma é minha agora, docinho. Esqueceu? E eu sinto suas emoções.

Jungyeon se arrepiou com aquelas palavras. Os olhos se encaravam e de forma tão intensas se conectavam, como se saíssem pequenos fios azuis ligando um olho ao outro. Nayeon lhe deixava confusa e lhe deixava muitas questões em abertos.

— S-sente é? — encolheu levemente os ombros.

— Sinto perfeitamente — sussurrou aproximando ambos lábios novamente.

— Então você está sentindo que eu quero lhe chupar?

As palavras foram sujas assim como os pensamentos da garota naquele momento, porém Im saiu do colo de Jeongyeon sem responder a pergunta, a maior fez um barulho com a boca de reprovação e logo a porta foi aberta pela terceira pessoa que dividia o quarto consigo.

A menina que havia entrado no quarto, fechou a porta, olhou para ambas enquanto tinha uma expressão de poucos amigos e seguiu caminhando até a cama.

— Não precisa fingir que vocês não estavam se pegando — disse ríspida enquanto se ajoelhava aos pés da cama, juntando as mãos.

Jeongyeon corou mas se lembrou de algo antes.

— Você consegue ver ela? — Jeongyeon perguntou incrédula.

Rosé virou o rosto levemente, olhando para Nayeon de cima a baixo e soltou um riso fraco enquanto se ajeitava virando o rosto.

A garota não respondeu mas apenas pelo seu ato, Jeongyeon deduziu que sim, todos poderiam ver Nayeon. Se jogou na cama enquanto pensava novamente em Sana, levou o olhar para Nayeon que também se sentou e retribuiu o olhar ao perceber que a morena lhe encarava.

Jeongyeon queria tanto beijar os lábios dela naquele momento, apenas respirou fundo fechando os olhos.

"Eu quero você, Nayeon".

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Devil With - 2Yeon G!POnde histórias criam vida. Descubra agora