— Eu não entendo, por que o idiotão precisa ir conosco para Londres? – bufo frustrado. — Eu gostaria de ir só com você paixão, sem ninguém pra segurar vela.Estou sentado na cama, recostado na cabeceira e com o queixo descansando em meus joelhos, enquanto Louis desfila de um lado para o outro com uma toalha em volta da cintura.
— Não fica com essa carinha emburrada, babe – ele senta na ponta da cama e acaricia minha bochecha. — Fui eu quem pedi pro Luke nos acompanhar amanhã, eu preciso conversar com um amigo para resolver um assunto pessoal e não posso te deixar sozinho em Londres.
— Que amigo? Por que não posso ir com você? – Questiono chateado.
— O nome dele é Brian, ele é doutor em bioquímica e dono de um laboratório. Digamos que é um vampiro extremamente antissocial, que prefere ter o coração esmagado do que interagir com humanos, por isso não quero te levar junto. Você concorda que devemos respeitar a vontade dele, não é?
Assinto com a cabeça, afinal se o vampiro não se sente confortável com minha presença, eu nunca serei capaz de a impor.
— Você disse que tem uma questão pessoal para resolver com ele?
O vampiro solta uma risadinha e sibila um "curioso" em tom baixo. Reviro os olhos, fazendo um sinal para incentivá-lo a esclarecer minhas dúvidas logo.
— Tudo bem, já ouviu falar em sangue dourado? – nego e ele continua: — É um tipo raro de sangue, no qual o RH é nulo. Atualmente existem somente 43 casos de pessoas com esse tipo sanguíneo no mundo todo, por isso é considerado raríssimo e muito difícil de encontrar. – Explica.
— E o que isso tem haver com sua visita ao dr. Brian?
— Há mais ou menos 150 anos atrás ele descobriu que se injetar uma seringa de sangue dourado em minha carótida o fluxo de magia aumenta consideravelmente em mim, além de me proporcionar mais energia, vigor e força – Louis deita atravessado na cama e eu me deito ao lado dele. — Eu não acho certo hipnotizar uma dessas pessoas e roubar o sangue delas Harry, porque ao contrário do sangue humano comum, o dourado não é essencial para minha sobrevivência.
A consciência que ele tem de que esse sangue raro é extremamente benéfico para si, mesmo não sendo vital para mantê-lo hidratado, me faz o admirar ainda mais. Louis poderia não levar esse detalhe em consideração e prejudicar as pessoas em benefício próprio.
— Os portadores de sangue dourado são muito suscetíveis a anemia profunda e várias outras doenças graves – conta. — Então eu pago anonimamente o acompanhamento de saúde de algumas delas, e em troca uma vez por ano o dr. Brian coleta uma pequena quantidade de sangue e injeta em mim – o vampiro respira fundo. — Preciso desse sangue mais do que nunca agora, não posso ficar desamparado quando encontrar Martha, você sabe.
— Sim eu entendo, aliás acho muito bonito da sua parte pagar o tratamento da pessoa em troca de um pouquinho de sangue, ainda mais se for coletado por um profissional que não vai prejudicá-la.
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Penumbra - l.s
ΒρικόλακαςVampire!Louis. Louis Tomlinson já estava acostumado a viver na solidão, afinal, ser um vampiro é a sentença ideal para alguém tão amargo e frio como ele. De fato, morar longe da civilização em uma mansão duvidosa perto de uma floresta que exala per...