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Acordei incrivelmente bem-humorado,  pois ontem antes de dormir recebi uma mensagem de Niall, avisando que chegou em Londres essa semana e que hoje fará um show em um famoso clube

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Acordei incrivelmente bem-humorado,  pois ontem antes de dormir recebi uma mensagem de Niall, avisando que chegou em Londres essa semana e que hoje fará um show em um famoso clube. E eu como estou ansioso para revê-lo depois de quase um ano, já que o mesmo estava fazendo uma pequena tour pela Europa, não vejo a hora de encontrar com Louis para convencê-lo a me acompanhar.

Assobio alegremente uma música da Britney Spears enquanto abro as cortinas com um puxão desastrado, quase arrancando-as do lugar.

— Oops! – Exclamo, dando de ombros.

Me posiciono na frente do espelho para arrumar a minha juba que está especialmente rebelde nessa manhã, aos poucos sendo tomado por uma empolgação descomunal. Começo a cantar alto pelo quarto usando o cabo da escova como microfone, ao mesmo tempo que aproveito para treinar uns novos passos de dança que aprendi através de um tutorial no YouTube.

Dou uma risada sacana ao que rebolo na batida da música, me sinto tão conectado com a voz da loirinha. Sem tirar os olhos da minha própria imagem refletida no espelho, eu me agacho até o chão lentamente, dando o meu melhor para parecer sensual.

Porra tô ficando bom nisso, Britney ficaria tão orgulhosa..

Pego a bandana nova que fiz Louis comprar para mim em Quebec e enrolo sobre os meus cachos agora mais domados. Lanço uma última olhadela no espelho e sigo pelo longo corredor,
dando breves corridinhas, mas paro bruscamente ao perceber que o piso está escorregadio.

Uma pausa que durou menos de dois segundos até eu resolver deslizar os pés pelo assoalho brilhante como se estivesse em uma pista de patinação. É uma adrenalina e tanto poder derrapar de um lado para o outro enquanto arrisco fazer alguns passos de balé, mas, por outro lado, uma atitude bem inconsequente visto que quase despenco de cara no chão.

Solto uma gargalhada aguda, entretanto sequer ligo para o meu tombo em potencial, continuo derrapando de um lado pro outro assim que recupero o equilíbrio. Se caso o lou reclamar posso dar a desculpa de que estou aproveitando a diversão para lustrar o chão com minhas meias brancas que com certeza ficarão podres de tão encardidas, mas esse detalhe é irrelevante.

Quando chego ao topo da escada uma ideia genial me ocorre. Ao invés de descer pelos degraus, eu sento lateralmente no corrimão de madeira maciça e dou um impulso para frente, escorregando em uma velocidade desastrosa. Eu adorava fazer isso durante o tempo em que morei no orfanato, lembro-me com clareza das broncas que recebia das monitoras e a maneira como cada bronca entrava por um ouvido e saia pelo outro.

Aproveito a descida para chamar por Louis, que deve estar na cozinha preparando o nosso café da manhã.

— Lou? Você não vai acreditar... – Corto a frase quando chego ao chão, tropeçando em meus próprios pés. Dou uma risada esganiçada enquanto tento firmar as minhas pernas.

— Wow! – Uma voz desconhecida exclama, impedindo a minha queda com o amparo de seus braços fortes.

Cesso a risada e ergo a cabeça em um solavanco, dando de cara com um par de olhos castanhos que estudam o meu rosto com diversão. Ele é alto e seu cabelo está penteado em um topete muito bem definido, mesmo assim, não possui uma beleza fora do normal. Posso dizer que é mediana.

 Penumbra - l.s Onde as histórias ganham vida. Descobre agora