Penumbra - l.s

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Cansei de esperar! Definitivamente paciência não é o meu forte, principalmente em se tratando de sexo. Me dêem um desconto, pelo amor de Deus, fazem no mínimo 4 meses que não tenho relações sexuais, e isso não é pouco se levar em consideração que sou sexualmente ativo há vários anos e ainda tem o atenuante de que estou nesse rolo com Louis há dias e até agora nada mais íntimo aconteceu.

Nos beijamos em todas as oportunidades, no entanto nunca passa de uma mão boba aqui e ali, só que hoje decidi que darei um fim nessa frustração. Ele que me aguarde!

Tomo um longo banho com sais perfumados, com direito a uma leve esfoliação corporal. Seco os cabelos com o secador para deixá-los brilhantes e em seguida espalho uma generosa porção de hidratante por toda a minha pele, deixando-a macia e suave. Me abstenho de usar perfume, satisfeito com a fragrância que o creme deixou em mim.

Visto um cropped soltinho de malha branca, um minúsculo short preto que mal cobre a poupa da minha bunda, e deixo os pés descalços. Minhas pupilas dilatam quando finalmente analiso a minha aparência no espelho, impossível não sentir orgulho do trabalho árduo que fiz durante essas horas.
Respiro fundo, sorrindo sapeca enquanto arrumo pela última vez meus cachos, que caem como cascata sobre os meus ombros.

Pego a minha arma secreta em cima da escrivaninha e desço as escadas à procura do meu vampirão, mesmo sentindo meu estômago gelar por inteiro eu permaneço de cabeça erguida, apenas torcendo para que meu desejo seja saciado.

Louis está sentado no sofá tão absorto em sua leitura que sequer percebe minha presença, ou finge não perceber. Melhor assim, dá tempo de preparar minha encenação.

Com o controle remoto, ligo uma música com batida sensual e me jogo na outra extremidade do sofá. Deito na posição contrária com a cabeça levemente inclinada para baixo, expondo meu pescoço esguio, e cruzo as pernas nuas no encosto do sofá.

Que os jogos comecem.

Abro a minha arma secreta e levo-a até os lábios, arma essa que na verdade é um pirulito de morango. Eu giro o pirulito de um lado pro outro ao que dou leves lambidas para lubrificá-lo até finalmente colocar o doce inteiro na boca, preenchendo minha bochecha com o seu volume. Ao retirá-lo da boca um som molhado ecoa pela sala silenciosa, deixando evidente o barulho das minhas sucções. Solto um gemidinho manhoso quando vejo uma linha fina de saliva se interligar entre o doce grudento e meus lábios úmidos.

Pelo canto dos olhos vejo Louis desviar o olhar do livro e me encarar. Não retribuo o olhar, até porque preciso levar a sério o plano de parecer estar distraído.
Tentando segurar o sorriso, eu passo a chupar o pirulito como se minha vida dependesse disso, por vezes faço movimentos sutis de boquete quando enfio e retiro o doce da boca repetidas vezes. Pra apelar mais ainda, circulo a língua ao redor do pirulito mais uma vez, imaginando no lugar uma glande inchada e vermelhinha.

Não consigo evitar a excitação que minha própria brincadeira me causa e, através dos meus olhos semicerrados, consigo ter um deslumbre do semblante desejoso de Louis sobre mim, e isso é o combustível que preciso para continuar a provocá-lo.
Sinto seu olhar me queimar, atravessar minha pele e atingir cada célula do meu corpo, me deixando alucinado de desejo por ele. Preciso de um esforço sobre-humano para não arrancar suas roupas e cavalgar com força em seu pau, embora seja essa a minha vontade, vou deixar para a próxima.