Time goes on

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Estrelinhaaass!! Como estão nessa semana de eleição? Eu to pronta pra apertar um lindo 13 na urna, e ao mesmo tempo morrendo de medo de levar um tiro hehe. Falando sobre isso, aconselho que quem for votar, vista roupas neutras pra não correr riscos, ok? Não me deixem preocupada! Outra coisa, não é importante votar só pra presidente, por isso pesquisem muito bem sobre os outros candidatos pra quem vão votar, e façam uma colinha pra conferir na hora com os números e a ordem de voto.

Tirando isso da frente, vamos falar sobre o capítulo de hoje. Eu acho que pode ser que alguns de vocês achem ele parado e chato, considerando que até agora tivemos só bomba, gritaria e confusão, mas tenham em mente que é importante pro desenvolvimento dos personagens, já que agora nosso Kookie ta numa fase nova e no começo sempre é mais difícil. Estamos em fase de transição pro arco final da história, ainda assim tento deixar o capítulo interessante e não massante. Ele acabou ficando menor, exatamente pelos motivos que citei antes, mas não tão menor do que o usual.

Além disso, fiquem tranquilos que eu não vou demorar muito pra voltar com mais att. Agora eu to escrevendo muito, principalmente porque estou revisando os primeiros capítulos, por causa da possibilidade do livro físico hehe.

Se o Lula ganhar no primeiro turno eu solto mais uma att semana que vem, o que acham? 😉

Bom, é isso. Boa leitura, espero que gostem!

#FlorExplosivo

(...)

Como seria possível explicar três meses tão intensos e estranhos?

Vai ser complicado, mas eu sempre dei um jeito de narrar as histórias mais inusitadas, então vou conseguir.

Desde o dia em que eu tive aquele surto por não conseguir lidar com as lembranças catastróficas da minha adolescência, tenho passado dias e mais dias preocupado demais. Não só por um motivo específico, mas parecia que minha vida inteira havia se complicado, já que eu não estava conseguindo sair do meu apartamento sem ter outra crise de pânico.

Sempre que eu tentava colocar o pé para fora, sentia minhas mãos tremendo, uma sensação de desespero subindo pelo meu corpo e deixando minha respiração claramente rápida e cortada, meu suor escorria pelo rosto e meu corpo se remexia sem meu consentimento. A falta de ar me desesperava ainda mais, e eu sentia que desmaiaria a qualquer momento. Era tão horrível, eu queria chorar toda vez que tentava e via que era inútil me forçar.

Havia uma sensação iminente e constante de medo, só de pensar em sair na rua e encarar o mundo. As lembranças não me deixavam em paz, elas carregavam horrores que pareciam impossíveis de superar.

Como eu poderia viver assim?

Eu precisava trabalhar, estudar e ver outras pessoas. Precisava viver a minha vida, precisava da minha terapia principalmente. Me sentia dramático, como se não houvesse motivo para exagerar tanto.

No começo, quando me dei conta de que eu estava tão quebrada, ao ponto de desenvolver aquele medo social estranho, uma frustração em viver me atingiu com força.

Como eu viveria? Como? Como poderia ao menos querer viver se não pudesse nem pisar no corredor de frente do meu apartamento?

O único jeito que as pessoas acharam para resolver aquilo, foi aceitar que eu não sairia. Não consigo entender se foi uma boa resolução, mas o que eu podia fazer? Talvez me esforçar mais, já que sempre parecia que eu não estava tentando o bastante.

Todos à minha volta se focaram em me ajudar, mas não fazia sentido pra mim que eles se esforçarem por mim, sendo que eu mesmo estava empacado. Eu sentia que o mundo estava se movendo para mim, o que gerava um desconforto constante. Eu era inútil, apenas ficava em casa o dia inteiro esperando tudo mudar. Vendo todos mudando suas rotinas e suas vidas por mim, porque eu não conseguia viver minha própria vida.

Molded Masks - pjm + jjkOnde as histórias ganham vida. Descobre agora