Freud já dizia "Ó vós que entrais, abandonar toda a esperança". Chore se chorou.
Pois é, dois anos? Ainda assim escrevo mais que o RR Martin. Me acontece em surtos, ataques episódicos e raivosos de realidade. Andei pensando em me responder, tópico por tópico, dos textos velhos quando ainda era teoricamente viril, talvez o faça. Por enquanto o martelo de Brecht bate e os ouvidos de todas as criaturas temem e tremem!
Antes de ir para o que importa, abandonarei Freud. Você, metafórico leitor, que chegou aqui encantado pelo título dessas crônicas pulp, você que adicionou a sua biblioteca de leituras metafóricas um tópico com o título "Freud já dizia" por que de alguma maneira, num ímpeto infantilizado, quer parecer culto: suma daqui. Me cansei. Abandonarei Freud. Em verdade vos digo, nunca fui seu acólito. Sempre acreditei que a figura de Freud assim como a de Cristo são mais cômicas ironias de uma verdade que não lhes pertence mais do que de fato algo relevante. Abandonarei o primeiro, e reafirmarei minha postura cômica em relação ao segundo, é chegada ora.
Cansei de estudos da cultura. O identitarismo tão importante e necessário está no meu passado fervilhante, o tempo urge de coisas menos importante, como a política.
A única profecia até hoje verdadeira jamais foi feita "Eis que surgirá um falso messias, e muitos falsos cristãos irão adorá-lo" (para além de qualquer paralelismo, as professias e revelações sempre foram retroativas, nada de novo no front). Mas irmão vede, vede se pois não acreditais, como Tomé vede o afundamento, pois a besta real está a solta. O grande inimigo mais uma vez respira, o facismo ressurge do Sheol, rastejou sorrateiro para fora do buraco escuro e fétido donde jamais deveria de ter coragem de sair. Encheu seus pulmões pútridos de ar fresco e mais uma vez caminha sobre a terra livremente, sem pudor, mistura de mal com atraso e doses cavalares de psicopatia, racismo e tudo que há de pior, sujo e nefasto. Um humor travestido e baixo, sem par nem igual: CUSCUS CLAN!!
É insuportavelmente inacreditável a falta de caráter, sensibilidade e inteligência massacrante dos auto declarados cristãos e de bem. Não há limite para a ignorância e a desgraça humana. "Invejo a burrice, pois é eterna", querido Nelson, nessa quadra da história eu temo a burrice, temo demais. Inveja é um luxo de tempos felizes, a burrice e o maquiavelismo são imbatíveis e arrasadores. A burrice, diferente da ignorância como já nos alertou de fato é uma força da natureza a nos abalar como um maremoto, uma gigantesca pororoca de chorume infecta a penetrar todos os poros, cavidades e reentrâncias da vida nesse canto escuro do mundo chamado bostil.
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Freud Já Dizia
隨機Cronicas de humor filosófico publicadas originalmente no portal Oeste Virtual, no Jornal Sentinela do Oeste e Jornal Tribuna Regional.