004•|nameless cat|•

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Maria era a presença da mãe que faltou para Morgana

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Maria era a presença da mãe que faltou para Morgana.
Uma senhora irlandesa. Cabelos castanhos claros, lindo olhos azuis, um sorriso cansado mas contagiante.

A senhora foi uma grande amiga da mãe de Morgana. Dando teto para as duas, enquanto fugia do pai da Morgana.

Tempos do qual não valem apena relembrar.

•••

Sentada no sofá cinza do consultório. A doutora a sua frente apenas anotava o comportamento da Morgana.

_ Os seus sonhos parece ter afetado seu companheiro. - Em uma tentativa desesperada de quebrar o gelo, aquilo parecia ser o último recurso da psicóloga.

_ Talvez tenha.

_ Sabe se sua religião tem alguma coisa haver com isso?- A pergunta fez com que Morgana apertasse as mãos.

_ Sua profissão e o motivo da sua solidão é a causa do seu narcisismo? - A voz de Morgana não vacilou por nada desse mundo.
A psicóloga arregalou os olhos, o suspiro em choque fez com que Morgana sorrir levemente. _ Mas voltando para sua pergunta doutora, Não, não tem.

A doutora apenas anotou nervosamente em seu caderno. Os olhos dela ( ao terminar de anotar) agitados olhavam fixamente o ponteiro do relógio a esquerda de Morgana.

_ Cronos  não passa quando imploramos para ele.- A voz ácida de Morgana fez com que a doutora voltasse sua atenção para o paciente.

_ Cronos?

_ Deus do tempo.

_ Não acredito nesse coisa. - Uma resposta foi o suficiente para Morgana.

_ Claro que não. O medo do homem e ter ou cria alguma coisa muito poderosa, e não exercer poder sobre ela.

_ O homem criou os deuses? - A psicóloga riu.

_ Não, mas quando oramos para eles, eles ficam mais fortes. E como uma planta, quando regamos, quando amamos, quando respeitamos. Ela cresce e fica forte.

A psicóloga não sabia o que fazer, ou o que dizer. A mão dela estava tremendo.  Morgana apenas se levantou e pegou sua bolsa.

_ Tenha um bom dia senhora Viango. - A psicóloga abaixou a cabeça como se estivesse cansada, talvez tenha entendido seu paciente, e percebido que Morgana era mais normal que muita gente.

•••

Hoje o jantar na casa da Morgana foi silêncio. Jack parecia que não tinha tido o melhor dia, questionar parecia ser a melhor opção pra Morgana.

Os dias em Londres não eram diferentes, chuva significava que a noite iria chegar mais cedo.

•••

A escolha de Jack hoje foi passar a noite em sua oficina, ( que ficava do lado de fora da casa deles) ele explicou que não queria incomodar Morgana com a sua irritação.

Deitada com uma pilha de cobertor, ela sabia que provavelmente iria suar ao decorrer da noite. Mas era um pessoa friorenta, quase um animal de sangue frio.

Uma bolinha de pelos pretos subiu na cama, entrando pelos cobertores. Quando a cabeça do gato apareceu, fez com que Morgana soltasse uma risada.
O pequeno ( nem tanto) começou a lamber o rosto de Morgana.

_ Olha quem sentiu minha falta! - Ela sorria enquanto fazia carinho nas orelhas do gato que miava e ronronava.

_ Eu estava pensando ontem. E o senhor ainda não tem um nome. - Morgana falou beijando a cabeça do gato.

O gato deitou a cabeça entre os peitos de Morgana. Encarando a mesma. Ela nunca tinha reparado mais os olhos dele eram dourados, mas ao mesmo tempo era azul.

_ Isso vai parecer meio doido mas... Que tal Morpheus? - O gato soltou um miado enquanto lambia o queixo de Morgana. _ Para com isso faz cosquinha. - A risada alta de Morgana podia ser ouvida da oficina de Jack...

Depois de muitas risadas e miados. Morgana conseguiu dormir.

•••

Caminhando pela mesma floresta que um dia chamou de casa.
O som da cachoeira de misturava com risadas infantis.
Morgana deixou a curiosidade tomar conta dela, a percurso era pequeno, quando mais se aproximava mais a risada alimentava.

Era Morpheus, senhor dos sonhos. Conversando com uma Morgana, mas era ela criança.

_ Eu amo sua companhia Mr. Sandman. - Sem sombra de dúvidas era Morgana criança.
Um silêncio tomou conta da criança, ( ou da Morgana) esse silêncio incomodou Morpheus.

_ Alguma coisa paira em seu coração? - A pergunta dele só fez com que a criança se retrair. A pequena começou a pegar seus brinquedos.

_ Não é nada!

_ Se não fosse, não estaria tão quieta.

_ Eu..- Ela parecia criar coragem para falar. _ Eu só queria que você fosse..

_ Fosse?

_ Fosse meu marido. - A criança tentou se esconder com seu ursinho de pelúcia.
Morpheus sorriu para menina.

_ Eu não posso. Mas quem sabe um dia. - O mesmo acariciou os cabelos dela, beijando sua testa logo em seguida. _ Esse sonho acabou minha querida...

































Desculpa foi uma bosta....

𝐒𝐞𝐚𝐬𝐨𝐧 𝐨𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐖𝐢𝐭𝐜𝐡Where stories live. Discover now