capítulo seis

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A noite estava calma e limpa. Íamos sair do interior para jantar em um restaurante de ponta em Tóquio. Afinal, mamãe e papai merecem.

Chegamos em casa e eu fui tomar banho. O horário já não estava a meu favor, eram 16h e a viagem tem cerca de 4 horas.

Subi para o meu quarto rapidamente e tomei banho. Assim que saí, tratei de procurar a melhor roupa que eu tinha para a ocasião, e no caso, foi um lindo vestido branco que ganhei de presente no final do ano passado. Nunca tinha visto uma ocasião boa para ele, mas dessa vez achei legal usá-lo. Ele é um vestido simples de cetim branco e cai muito bem no corpo.

Para o cabelo, fiz uma trança embutida e fui me sentar na minha penteadeira para começar a me maquiar. Passei o básico, não queria passar base nem corretivo no rosto porque me dá espinha. Corrigi minha sobrancelha com uma sombra do tom certo, e usei uma sombra com pigmento de brilho para dar um toque nos olhos. Aproveitei e fiz meu delineado, porque quando eu saio, não fico sem, e passei um batom.

Olhei nas minhas gavetas procurando os pares de brincos que ganhei da vovó e, assim que os encontrei, já os coloquei.

Eu estava me sentindo uma princesinha toda arrumada... mas ainda faltava um brilho, algo a mais. Então corri para o meu armário para procurar um sapato... e o que eu escolhi é lindo.

Mesmo assim, senti algo faltando... Como eu ia levar meu celular e guardá-lo? Precisava de uma bolsa para completar o estilo. Aproveitei que já estava olhando o guarda-roupa e peguei uma das minhas bolsas favoritas, perfeita para complementar o look.

Passei um perfume doce e desci para esperar meus pais.

Assim que me sentei no sofá, meus pais desceram as escadas já arrumados e me chamaram. Fui até eles e paramos na porta. Meu pai segurou minha mão e me deu uma rodadinha.

- Vai encontrar com alguém e o papai não está sabendo? - o mais velho me olha de cima a baixo.

- Está linda, meu amor - minha mãe me abraça e sai de casa segurando minha mão, enquanto papai tranca a porta para sairmos. - Quem sabe você não acha aquele menino gato que disse que queria namorar, não é mesmo?

- Acho meio difícil, mãe - eu respondi e entrei no carro assim que papai abriu a porta. - Mas quem me dera...

Enquanto pensava sobre isso, coloquei meus fones de ouvido e fui escutando umas músicas aqui e ali. No meio do caminho, adormeci, por conta das quatro horas de viagem.

Chegamos e papai estava estacionando o carro quando eu acordei. Abri os olhos e dei de cara com um restaurante lindo. As luzes do letreiro estavam acesas, iluminando o estacionamento com um brilho convidativo. Dava para sentir o cheiro da comida vindo do restaurante, um aroma que misturava especiarias e grelhados. Guardei meu celular na bolsa junto com os fones, enquanto papai saiu do carro para abrir a porta da mamãe e, em seguida, a minha.

Desci e senti o ar fresco da noite, com uma leve brisa que balançava suavemente meu vestido. Caminhei atrás dos mais velhos que entraram no restaurante para pedir uma mesa. O ambiente interno era deslumbrante: cortinas de veludo vermelho pendiam do teto, conferindo uma atmosfera elegante e acolhedora. A luz suave das velas criava um brilho quente, tornando o espaço convidativo e aconchegante.

Assim que nos sentamos à mesa, olhei em volta e percebi um certo aglomerado de pessoas em uma mesa para cinco. Eram cinco meninos que estavam se ajeitando para sentar. Notei cada detalhe de cada um deles, e achei a mesa deles bastante interessante.

Entre os que estavam sentados à mesa, havia um garoto com cabelos loiros, mas com raízes escuras, e olhos cor de caramelo, ligeiramente caídos. Outro era um menino mais baixo, com cabelos castanhos claros e olhos da mesma cor. Ele parecia muito animado. Também havia um garoto alto, com cabelos grisalhos, que lembrava o Sugawara, mas seus olhos eram verdes, de um tom esmeralda, uma cor rara para um japonês.

𝑫𝒐𝒏'𝒕 𝒃𝒍𝒂𝒎𝒆 𝒎𝒆 {Kuroo-Leitora} Vol.1Where stories live. Discover now