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Meta de 20 votos e 10 comentários para o próximo capítulo 😘

- Rafaela Narrando 😃 -

- Tu tá falando sério? Para com isso, amanhã eu vou comprar, não precisa disso, tô mandando o papo reto. - Fernando fala indignado.

O que tá acontecendo? Bom, a gente tá numa loja de eletrodomésticos e tudo mais, aí vou comprar um celular pra mim, uma cama, um sofá e um home theater. O sofá e a cama é por que Gustavo dormiu neles e eu não quero mais dormir aonde ele dormiu.

Aí eu decidi comprar um celular pro Fernando também, mas ele tá dando um show.

- Qual o problema eu comprar pra você? E se fosse você comprando pra mim? Aí seria de boas né. - Falo colocando os meus pontos.

- Mas eu sou homem! - Ele diz como se fosse o óbvio.

- Você saca o quanto machista tá sendo? - Pergunto e ele coça a cabeça nervoso.

- Tá, compra Rafaela, compra. Vai te deixar feliz? Compra Rafaela, compra. - Ele diz revirando os olhos e eu dou uns pulinhos feliz da vida.

- Muito obrigada. - falo e me viro pra atendente. - Vamos querer dois celulares daquele. - A atendente me olha com uma cara de tipo "como vocês vão pagar isso?"

Ela apenas digita as coisas no computador.

- Quais as cores dos dois celulares? - Ela pergunta com a voz enjoada.

- O meu é preto. - Fernando fala nem ligando pra como a retardada tá olhando.

- O meu é rosa. - Falo e ela assente digitando as paradas.

- Forma de pagamento? - Ela pergunta.

- à vista. - Falo e ela arregala os olhos.

- Como? - Ela pergunta mais uma vez.

- à vis-ta. - falo pausadamente e ela engole a seco digitando no computador.

- Confirma pra mim por favor. 2 celulares, um sofá retrátil de quatro lugares, um home theater e uma cama box king size. - Ela fala e eu apenas assinto. - Endereço?

Passo o endereço certinho.

- Você sabe que o caminhão não entra na favela né? - Ela fala como se fosse óbvio.

- Pois ele vai entrar querida, oh se vai! Pode anotar aí que eu já deixei avisado com os meninos da contenção. - Falo e ela apenas assente.

- Bom, deu quinze mil quatrocentos e oitenta e cinco e dez centavos. Assina no x nessas dez folhas e pode se dirigir ao caixa para realizar o pagamento. - ela fala e Fernando arregala os olhos na hora em que ela fala o valor. - Vocês vão levar o que com vocês?

- O home theater e os celulares. - Falo e ela assente.

Assino os papéis e vou até o caixa pagar, pago tudo à vista e levo o comprovante até o outro andar para liberarem os celulares e o home theater.

Após liberarem, pego os celulares e o Nando carrega a caixinha do home theater sozinho.

- Dá pra ir? - pergunto por que é pesado.

- Relaxa, sou fortão. Tomo toddynho todos os dias. - Ele diz e eu dou uma risada.

- Quer comer? Eu tô sem fome. - Pergunto e realmente eu não estava com nenhuma vontade de comer.

- Tô com fome não. - Ele diz e eu Assinto.

- Quando a gente chegar lá, a gente pede alguma coisa pelo morro. - Falo e ele assente. Compro dois lá mesmo o cara ativa, faço um plano pra mim e pro Fernando e tudo ok.

Pego um táxi e ele nos deixa no pé do morro, por que ele não pode subir.

- Puta que pariu! - Fernando diz ao encarar o morro. - Já tô cansado só de olhar.

- Bora que eu ajudo. - Falo ajudando ele.

Ele pega de um lado da caixa e eu pego do outro.

Com muitos olhares sobre nós dois, cochichos e muitos xingamentos do Fernando, a gente chega até a minha casa.

- Preciso de uma academia. - falo morta de cansada.

Abro o portão e ele entra com a caixa.
Logo, eu abro a porta e ajudo ele a colocar a caixa pra dentro. Vou pro lado de fora e tranco o portão. Entro e fecho a porta.

- Quero água, Rafaela. - Ele diz se abanando.

- Tá sem mão? A geladeira fica logo ali. Vou tomar um banho e a gente arruma aqui. - Falo e vou direto pro quarto.

Guardo o resto do dinheiro que tinha sobrado e vou direto pro banheiro.

Tomo um banho rapidinho, prendo o cabelo e coloco um short levinho com um top. Saio do quarto e vejo Fernando jogado no sofá.

- Quero saber quando foi que a gente ficou tão amigo. - Falo e realmente quero saber.

A gente se conhece à muito tempo, mas nunca nos falamos pô.

Era sempre bom dia, boa tarde e boa noite. Nada além disso. De repente ele tá dentro da minha casa e jogado no meu sofá.

- O inimigo do meu inimigo é meu amigo, pô. - Ele diz dando os ombros e se levanta. - Mas, se tu num tiver a vontade, eu posso sair agora, jae?

- Para de drama, Fernando. Gosto da sua presença, é leve e sagaz. Esquece. - Falo simples. - Vai tomar banho? - Ele nega. - Fedorento. - debochou dele que me olha com uma cara de ofendido.

A gente começa a instalar o home theater e no meio da instalação um chama o outro de burro, mula e afins.

Após a instalação, eu já ligo o celular e conecto no som.

- Agora é hora desse morro saber o que é música de verdade, fiquei calada por muito tempo. - Falo e já taco um raça negra.

- Porra, aí sim hein! - Ele diz e logo começamos a faxina geral.

Era Uma Vez...Where stories live. Discover now