IV. TUOR part. 2/2

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MADRUGADA DE SEXTA FEIRA

Era 4h30 da Manhã quando resolvemos voltar para o carro. Arrumamos tudo e subimos a ladeira para descer de volta o caminho fechado de árvores. Por mais que o céu estivesse dando seus resquícios de luz ainda estava bem escuro, principalmente dentro daquela floresta. Foi fácil pro Robert assumir o volante, ele ficou só na cerveja e não fumou. E quando entramos no carro meu pai cedeu a insistência do Johnny de deixá-lo dirigir já que o próprio não tinha condição. Então ele sentou atrás com Jack que dormia no seu colo e o Johnny ao meu lado com suas mãos no volante. Fiquei alternando entre ver as paisagens e fechar os olhos durante todo trajeto, estava igualmente ao meu pai, Jack e Lily querendo capotar no sono.

Acho que eu cochilei pois fui acordada por toques no meu braço esquerdo, sonolenta e com a cabeça baixa abri os olhos e minha primeira imagem foi de uma mão tatuada com um anel. Era o Johnny Depp me acordando e chamando.

- Chegamos. - ele sorriu sussurrando e eu despertei dando um leve bocejo tirando o cinto no automático vendo que já estávamos em frente às duas casas. - Me ajuda com seu pai?

Ele olhou pra trás e eu acompanhei olhando também.

- Ele é pesado não podemos deixá-lo aqui?

Ele deu um belo sorriso nasal. E eu gostei de ouvir.

- Melhor não, ele pode querer se vingar depois e isso pode custar uma vida.

- Ele não vai fazer nada comigo...

- Tô falando de mim!

O olhei espantada e comecei a rir internamente pelo nariz. Descemos e abrimos a porta de trás, pedindo para os outros despertarem.

Todos os outros se dirigiram a mansão do Johnny, eu meu pai e Marilyn formos para a mansão da frente. Subimos as escadas nos arrastando e eu acompanhei meu pai que estava bem mais "lerdo" que eu. Conferi que ele chegaria a sua cama e o próprio se jogou nela, dei um beijo na sua testa tirando seus cabelos do meio agradecendo pela noite e dei bom dia a ele me dirigindo a porta, escutei um riso nasal dele pela pequena piada e fechei a porta do quarto indo em direção ao meu. Marilyn já estava no outro quarto provavelmente já deitado ou morto. Tirei o sapatênis a blusa e a cigarrete e assim como meu pai me joguei na cama debaixo dos lençóis e capotei.

.
.
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[...]

...Juli....

Ju...

- Julieta!!

- Oi? - Despertei de uma vez. E vi a Lily. Cocei meus olhos e corrigi meu erro. - ãhnn... Hi!

- Hey! Você morreu mesmo hein.

Ela disse e eu me sentei na cama rindo junto a ela.

- O que tá fazendo aqui? Eu dormi demais? Que horas são?

- Calma, vim aqui em cima a pedido dos nossos pais. Vocês não têm um serviçal então fui escolhida pra te acordar. E... pode dizer que você dormiu além da conta. Já vai dar 1h da Tarde.

- Sério, nossa! - Fiquei ansiosa mais veio um sentimento de tristeza.

- Que, que foi?

- Não nada. Sempre fico assim em finais de viajem com meu pai. Amanha eu já volto pro Brasil.

- Sim, sim. Matthew nos contou. Ele ta lá embaixo com o meu pai, e o Jack. Os outros já foram embora. Vem, se arruma e desce com a gente.

- Tá.

Ela se levantou e ficou de costas pra mim mexendo e olhando minha mala de roupas. Eu tava de calcinha e sutiã e meia ainda. Mas decidi deixar a vergonha pra lá, Lily é tão menina quanto eu. Me levantei e fui ao banheiro do meu quarto. Tomei um banho bem rápido no chuveiro e voltei com roupão pra pegar um short e uma blusa.

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