I. MINHA VIDA

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Vivia no Brasil com a minha mãe, ela e o meu pai não chegaram a se casar. Sou filha única deles que ficaram um tempo juntos depois de eu ter nascido, e ai veio o término definitivo. Não que eles se odiassem, ao contrário eles se tratavam muito bem. O que não deu certo é o mundo que eles vivem ser totalmente diferente. Minha mãe tinha a vida dela aqui, seus amigos e sua família era aqui. Meu pai era Londrino e seu trabalho era sua vida. Ele amava trabalhar com meio artístico. Por sua vida ser bastante corrida eles não chegaram a ter que brigar pela minha guarda, papai me deixou com ela no Brasil e de vez enquanto ele vinha até mim ou eu viajava até ele passando o mês das férias na sua casa. Ele prefere que suas folgas sejam assim ao mesmo tempo que eu, pois não teria que trabalhar e teríamos tempo para nós. Eu não podia morar com ele, sua vida era agitada por conta do seu trabalho e por ser uma criança precisava de um local fixo. No caso ao lado da minha mãe que recebia visita dos meus avós, os pais dela.

Eu tinha uns 10, 11 anos quando meu pai me mostrou vários filmes de Stop-Motion infantil, e a cada cena que passava ele me contava empolgado tudo que acontecia e como era tudo por trás dos bastidores

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Eu tinha uns 10, 11 anos quando meu pai me mostrou vários filmes de Stop-Motion infantil, e a cada cena que passava ele me contava empolgado tudo que acontecia e como era tudo por trás dos bastidores. E isso também rolava nos outros tipos de filmes que ele colocava na TV da sala pra gente assistir até tarde da noite (o que era segredo nosso) comendo pipoca, sanduiches e chocolate quente. Havia muitos filmes com esse estilo de vários diretores mais a maioria deles era sempre do Tim Burton, eu não fazia ideia de como ele era, só o conhecia pelo seu nome.

Só fui me importar com esses artistas quando fiz 15 anos. Pesquisei sobre Tim Burton e seus outros filmes e foi assim que... "conheci" o Johnny. Na verdade já o conhecia indiretamente, pois nunca havia me dado conta que Edward, Chapeleiro e Willy Wonka eram o mesmo cara, ou eu era muito lerda ou só não me importava, pois seu nome surgia no inicio dos filmes e no letreiro final.

Mesmo tendo pais artistas não sou tão "famosa" pelo menos ainda não comecei a praticar a ação de estar em uma tela. Sou uma estudante normal tentando passar de bimestre em bimestre todos os anos na escola, tenho alguns amigos próximos, mais a minha melhor amiga é a Emily. Diferente de mim ela já atuou em duas produções, a primeira sendo Violet Beauregarde em a Fábrica de Chocolate e a segunda que está sendo transmitida agora, iCarly como Sam Puckett. Seus pais apoiam nesse ramo como carreira, porém eles também tem seus próprios trabalhos pessoais, então maior na parte do tempo ela fica sozinha, e eu por eu ser filha única acredito que foi isso que nos aproximou.

A conheci deste criança pela minha mãe que é muito próxima dos pais dela, e na época papai ajudou Emily a participar do teste de seleção para o filme. Não que ele estivesse ligado a esse projeto mais ele tem sua influência. E por falar nele, meus pais se conheceram nos bastidores do filme Drácula ambos eram vampiros, isso foi antes dos anos 2000, eles interpretaram sendo um casal. Minha mãe não é muito das telas. Ela prefere os palcos, era sua preferência, e modelava de vez em quando. Já meu pai ele tanto atua, como dirige ou direciona, ele também trabalha com assessoria e de vez em quando na área da música.

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QUINTA-FEIRA NOITE

Aqui morando no Brasil, minha mãe estava entre a sala e a cozinha com as amigas dela. Quis dar privacidade e vim pro meu quarto ficar deitada e de bobeira. Coloquei um filme na TV e terminei pela milésima vez de assistir A Fantástica Fábrica de Chocolate e comecei outro que só tinha assistido uma vez com meu pai, Em Busca da Terra do Nunca. Estava bebericando e comendo uns lanchinhos quando o próprio me ligou.

- Oi querida. Atrapalho?

- Não pai, não é tão tarde, pode me ligar quando quiser já te disse. - ele confirmou em forma de uma leve risada. - Papai você não vai acreditar adivinha...

- O que?

- Amanhã! não tem aula. É sexta de Carnaval.

- Sério? - ele disse surpreso. - Na verdade isso é perfeito.

- Porque o que aconteceu? Porque me ligou?

- Bom... Eu estou meio que parado, sei que você já voltou ás aulas mais queria poder te ver novamente.

- Então vem.

- Querida não posso sair daqui, estou parado mais ao mesmo tempo meio que trabalhando e ainda tenho um amigo que precisa do meu apoio então... Complica.

- Não sei se a mamãe vai me deixar ir pro meio da Europa para um fim de semana pai. - Disse engraçado rindo da frase.

- Primeiro não estou no "meeio" da Europa, estou em Los Angeles, bem mais perto. Informa pra ela, que eu vou ver as passagens.

- Pai!

- Oi?

- Nunca fui para Los Angeles. E você mesmo disse que tá trabalhando, não quero ficar sozinha.

- Não irá ficar meu amor, e eu tenho uma surpresa pra você.

- Tudo bem então... Tenho outra coisa pra te contar. Sabia que o feriado de Carnaval se estende a semana toda então não vou precisar ir embora no domingo posso ficar até mais dias.

- Isso é excelente não vou precisar comprar tão rápido assim, vou ver umas passagens para amanhã saindo à noite do Brasil, se não tiver você vai no sábado á noite.

Desliguei e fui informar minha mãe.

- Mãe... o pai me ligou e acho que vou passar a semana de Carnaval com ele em Los Angeles.

- Tem certeza? Não ia comemorar e trazer seus amigos.

- Eu ia, mais pensei em ir ver o papai mais uma vez antes de voltar ás aulas. Vai demorar pra vê-lo de novo nas férias de Julho.

- Tudo bem então, quer ajuda pras suas malas?

- Não acho que não. - já estava me dirigindo ao quarto. - Qualquer coisa eu te chamo.

Fechei a porta e ele me mandou outra mensagem.

MSG:. Dad
Querida você vai sábado à noite tudo bem?

MSG:. Julieta
Tá perfeito.

MSG:. Dad
Até então. Beijo.

Me joguei na cama ansiosa, nunca tinha ido aos Estados Unidos. E meu pai nunca havia me chamado pra passar um tempo com ele trabalhando, ele não gostava de tratar assuntos profissionais comigo presente. Me cobri com lençol pondo o filme de volta a rolar e gritei para minha mãe ouvir da sala.

- MÃEE VOU SÁBADO A NOITE. - Só ouvi ela dizendo Ok.

O filme se passava e só pude notar o quanto o Johnny e o Freddie Highmore são incríveis trabalhando juntos. Eu tava achando tão legal assisti-los e logo fui ver As Crônicas de Spiderwick um filme do Freddie de quando ele era pequeno, estava ficando tarde e o sono demorou pra vim. Mais não me arrependo de por esse filme incrível, foi perfeito. Ai, ai como eu queria um GRIFFIN... Ele era uma ave mágica gigante de quatro patas no filme.

Um Romance com JDWhere stories live. Discover now