Capítulo 7

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Pov. Ingrid

- Já falei que não sei Luc, quantas vezes você precisa ouvir para se dar por satisfeito? Você vai ter que aparecer lá pra saber. - estava terminando de arrumar minha bolsa para ir trabalhar na Joker's e minha cabeça já não aguentava mais as pertubações de Lucas.

- E se eu ficar plantado na porta que nem uma bananeira a noite toda? Ainda não foi buscar seu celular?

- Pode esquecer, isso não vai acontecer, esse celular já é causa perdida. Encontrei com a Amanda ontem e ela disse que não tem problema você entrar, mas não sei se é ela quem vai estar na entrada. - ele não parece muito contente com minha resposta e reviro os olhos antes de completar: - Eu soube que aquilo lá só começa a encher depois da meia noite, vai ter que chegar lá por esse horário, vou tentar sair lá para te encontrar, melhor assim?

- Eu sabia que tinha um motivo para você ser minha melhor amiga. - ele salta da minha cama e me esmaga entre seus braços.

- Quer dizer que só sou sua melhor amiga para te colocar dentro das festas? - falo quando ele finalmente me solta.

- Não, também serve para compartilhar fofocas.

Reviro os olhos diante do seu cinismo e saio do meu quarto o deixando para trás, ainda tinha alguns minutos antes de ter que ir trabalhar, por isso quando mamãe me ofereceu um pedaço de bolo de cenoura com cobertura de chocolate foi impossível negar, me sento na sua frente e ela coloca um prato na minha frente com um pedaço de bolo bem generoso com bastante cobertura e logo depois coloca outro prato ao lado quando Lucas se senta já reclamando que não o chamei para comer.

- Mamis, eu não estou certo? Ela já não devia ter ido atrás daquele boy maravilhoso? - quase me engasgo quando escuto as perguntas de Lucas.

- Contou para minha mãe sobre isso seu fofoqueiro?

- É claro, não me pediu segredo.

- Eu pedi sim.

- É eu sei, mas não ligo. Você nunca me escutaria então apelei para a força maior. O que você acha tia Cris? - por que eu fui arrumar um amigo tão intrometido?

Olho para minha mãe que apenas observava tudo com um sorrisinho nos lábios, sabia o que viria depois e já não estava gostando nada do rumo dessa conversa.

- Eu concordo com o Lucas querida, a gente sabe bem o quanto a falta do Ethan te afetou durante o passar dos anos, e ter encontrado ele, apesar das circunstâncias, foi muito bom. Finalmente podem conversar como os dois adultos que são hoje e colocarem os pingos no is.

- Eu concordo com a minha irmã. - minha tia aparece na cozinha já se infiltrando na conversa. - Ele te deve uma explicação, você deve um pedido de desculpas descente, sem contar que pelo que me contaram ele virou um homem muito bonito, não seria nenhum sacrifício ficar cara a cara com ele durante algumas horas.

- Para quem mais você contou sobre isso? - qual a dificuldade de se guardar um segredo?

- Não me julgue gata, as duas são mais grudadas que carrapato, não conseguiria falar com apenas uma.

- Me respeita garoto. - minha tia dá um tapa em sua nuca enquanto caminha até o outro lado da mesa e se senta perto da minha mãe.

- Ai tia! Quem tinha que apanhar aqui era a Ingrid por estar sendo cabeça dura.

- Não, quem tinha que apanhar muito era você por ser boca aberta e ainda me colocar nessa espécie de intervenção aqui. Eu agradeço o fato de vocês se preocuparem comigo, mas não é necessário, Ethan é parte do passado e é lá que eu vou deixá-lo.

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