Erin ganhou um bolo de aniversário que, segundo sua vó, podia realizar um desejo. Após pedir, ela volta 15 anos no tempo e acorda no banheiro de ninguém menos que Paul Stanley, astro mudial e líder da sua banda favorita no mundo, o KISS. Erin sabe t...
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12 de março de 1994
Erin acordou em um sobressalto. Estava sem fôlego. Conhecia aquela sensação. Quando sua respiração começou a normalizar, ela olhou ao redor.
Estava em seu quarto, sozinha.
Ela suspirou e olhou no relógio: 3:30 da manhã.
Desceu as escadas e foi até a cozinha, e acabou levando um susto quando viu a avó sentada na mesa, no escuro, tomando um café.
- Vó, o que faz aqui essa hora?
- Eu estava te esperando. - A avó a encarou e notou o rosto marcado pelo choro. - Como foi o seu desejo?
E antes que Erin pudesse dizer qualquer coisa, o choro recomeçou. Ela soluçava compulsivamente.
A avó se lavantou e a abraçou.
- Eu fiz uma bela burrada, vó, eu me apaixonei. - Ela soluçou e se agarrou na avó.
- Calma, menina, respira fundo, dá-se um jeito pra tudo.
Erin balançou negativamente a cabeça.
- Não, vó, não tem jeito, não tem nada que possa ser feito, só me resta chorar aqui.
A avó acariciou os cabelos dela e tentou acalmá-la.
- Erin, vá se deitar um pouco e você irá se acalmar. Pela manhã estará melhor para ir trabalhar.
- Que trabalhar o quê, vó, eu sumi por dez dias, nem emprego eu tenho mais.
Ela suspirou e voltou para o quarto.
Olhou ao redor, seu quarto todo decorado com pôsteres, fotos e capas de álbuns do KISS. Ela se aproximou da capa do Dynasty que ficava sobre sua cama e beijou o rosto de Paul.
- Sinto sua falta, menino estrela.
Ela foi até sua vitrola, pegou o Unmasked e colocou Shandi para tocar.
Quando ouviu a introdução, se jogou na cama e chorou. Aquela música a fez estremecer da cabeça aos pés.
A minha música, só minha.
Ela apertou o colar entre as mãos e chorou, permitiu-se chorar até sentir as órbitas doerem e a cabeça latejar.
