Dia 10
E o tão temido dia havia chegado, e por mais que Paul não tivesse dado tanto crédito quando Erin disse que sumiria da realidade dele no décimo dia, ele havia acordado com o coração em pedaços.
Quando Erin acordou, notou ele a observando com o semblante triste.
- Tá aí desde quando?
- Não fechei os olhos a noite toda.
Ela suspirou e se aninhou nele em busca de conforto. Inalava o perfume dele com fervor, pois queria guardar aquele cheiro tão especial na memória e nunca mais esquecer de cada momento que viveram.
Enquanto se aninhavam mais um no outro, Paul ouviu uma batida forte na porta. Apesar de relutante, decidiu atender.
- Pode ser importante. - Disse para Erin enquanto se levantava.
- Oi, Paul! - Era Gene. - Querem tomar café da manhã com a gente? Peter descobriu a melhor panqueca da cidade.
Paul suspirou e sorriu.
- Foi mal, cara, mas hoje não. A propósito, hoje não saio desse quarto pra nada. Se puder, avise todos.
Gene ergueu uma sobrancelha em preocupação.
- Tá tudo bem com vocês?
- Não. Absolutamente, não.
Gene suspirou e deu um tapinha no ombro de Paul.
- Vocês se amam, vão dar um jeito. - Gene disse e saiu andando pelo corredor.
Aquelas palavras ecoaram pela mente de Paul.
Nos amamos e vamos dar um jeito.
Erin não conseguiu ouvir toda a conversa, mas ouvir a voz de Gene fez seu coração se quebrar mais. Não tinha coragem para se despedir dos garotos e sentiria tanta falta deles, da amizade deles, das piadas e da comilança...
Erin começou a chorar.
Paul fechou a porta e foi até ela.
- Erin, olhe para mim. - Ele tomou o rosto dela entre as mãos. - Nos amamos e vamos dar um jeito, entendeu?
Ele a beijou e a agarrou em um abraço urgente.
- A propósito, eu tenho uma coisa pra você.
Ele foi até o armário e mexeu em algumas roupas até achar, embaixo de uma pilha de camisetas, uma caixa preta pequena.
Ele entregou a caixa à Erin, que a pegou sem entender o que aquilo significava.
- Eu te comprei um presente. Você disse que só levaria para o futuro o que estivesse vestindo, certo? Então comprei algo que você poderá levar para se lembrar de mim.
Ela recomeçou a chorar.
- Não, não, não, droga! Desculpa, Erin, não queria que você chorasse mais. Droga! Calma... - Ele entrou em pânico e isso fez ela rir.
- Ai, Paul, eu não sei o que dizer.
Ele se aquietou e suspirou.
- Só abra a caixinha. - Ele deu um meio sorriso.
Ela encarou a caixa preta aveludada e a abriu. Seu coração quase saltou pela boca. Era um colar de esmeralda e ouro amarelo. Era pequeno e delicado. As lagrimas rolaram com mais intensidade.
Sem dizer nada, Paul pegou o colar e se ajeitou na cama. Enquanto afastava o cabelo dela e prendia o colar, disse:
- Esse colar me lembrou seus olhos. O verde brilhante, sabe? Quando você está feliz e sorrindo, como quando te peguei aqui vestida com minhas roupas e dançando, seus olhos brilham exatamente como uma esmeralda, e eu te dei esse colar pra você sempre se lembrar de como seus olhos ficam lindos quando você está feliz. - Ele passou as pernas ao redor dela e a abraçou por trás. - Erin, aconteça o que acontecer, serei seu pra sempre. Isso não acaba aqui. Eu te amo e eu vou até o fim por você.
Ela soluçou com o choro e se deixou ser abraçada e aquecida no calor do corpo dele.
- Eu te amo, Paul. Você é a melhor coisa que já me aconteceu, vou sorrir pra sempre graças a tudo que vivemos nesses dias.
Ele a beijou levente no pescoço e Erin respirou fundo e enxugou as lágrimas.
- Paul, hoje eu não saio de cima de você por nada.
Ela se virou e montou no colo dele.
- Opa! O que você tá querendo? - Ele provocou.
- Transar até um de nós cair duro.
Ele riu.
- Vamos pro hospital de novo, é?
- Vamos, e quando os médicos nos reanimarem, vamos transar de novo lá mesmo.
Ele gargalhou e a tomou nos braços.
- Seu desejo é uma ordem.
***
Faltavam cinco minutos para a meia-noite. Erin chorava compulsivamente nos braços de Paul. Estavam de pé perto da janela.
Ele alisava os cabelos dela e a apertava em seus braços.
Erin vestia as roupas que usava quando chegou e o colar que ganhara estava à mostra.
Paul olhou no relógio e a beijou, o beijo mais intenso que dera e que recebera em sua vida. Suas línguas se enrolavam e suas bocas quentes envolviam um ao outro. Erin tremia em seus braços, e Paul sentiu uma lágrima escorrer por sua própria bochecha.
- Eu te amo, Erin.
- Eu também te amo, Paul.
Ele a abraçou novamente e Erin começou a sentir seu corpo formigar. Paul notou que pequenos feixes brilhavam ao redor dela. Ele ficou sem reação. Só a apertou mais e depositou um beijo na testa dela. Erin notou sua visão ficando escura e seu corpo amolecendo, como se estivesse desmaiando.
- Eu vou te esperar, Erin. - Paul sussurrou, mas ela não pôde mais ouvir.
Ela havia partido, deixando Paul envolto em pequenos feixes de luz brilhantes, e então ele chorou.
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BACK IN TIME - A Paul Stanley fanfiction
FanfictionErin ganhou um bolo de aniversário que, segundo sua vó, podia realizar um desejo. Após pedir, ela volta 15 anos no tempo e acorda no banheiro de ninguém menos que Paul Stanley, astro mudial e líder da sua banda favorita no mundo, o KISS. Erin sabe t...