Carpe Diem

Carlos Daniel, el mocinho, se apresenta.

NOTAS INICIAIS

Oi delícia crocante de tia!

Espero que você se divirta com essa fofura de short fic, serão pouco capítulos, mas prometo que veremos Hinata e Sasuke mais fofinhos que nunca.

Boa leitura.

***

    É hora de sair de cena.

    Eu odeio quando meu pai faz isso. Eu sempre deixei claro que não quero me envolver com os negócios da família, por isso eu fiz faculdade de publicidade e propaganda, justamente para me distanciar. Meu irmão fez direito ele sempre teve um senso de dever familiar muito grande, resolveu não contrariar o meu pai e decidiu seguir seus passos.

Eu não.

    Tudo que eu quero é viver em paz, fazendo o que eu amo e posso dizer sinceramente que me sinto realizado. Minha empresa de consultoria e publicidade está indo melhor do que eu poderia sonhar, conquistei alguns prêmios por campanhas publicitárias que desenvolvi, e vejo a empresa prosperar a cada dia. Mesmo tão feliz vivo sempre com medo de ter que deixar minha empresa para cuidar dos negócios dos Uchihas.

    E como se o demônio escutasse meus medos descobri ontem que meu pai está doente e que colocou a empresa em nome do Itachi e no meu. Sério, mesmo depois de falar tantas vezes que não quero fazer parte disso, ele ainda assim colocou meu nome no testamento. Pelo que entendi a doença já está avançada e ele já está dando as últimas ordens antes de se afastar dos negócios.

    Quando o Itachi me contou eu não pude acreditar. Ainda não nos recuperamos, perdemos nossa mãe a dois anos para uma luta que durou seis anos contra uma doença auto imune. Meu pai desmoronou quando ela se foi, já não se alimentava nem dormia direito. Tudo o que eu o vi fazer foi deteriorar a própria saúde e expandir os negócios. Sempre os negócios. Meu irmão se tornou seu braço direito e ele esperava que eu me aproximasse para tomar minha parte. Mas isso nunca aconteceu.

    Agora mesmo sabendo que estou plenamente realizado profissionalmente, ele ainda tenta me forçar a fazer o que ele quer. Tivemos uma briga pesada no inicio da semana e eu decidi que é hora de sair de perto dele. A ideia de viajar para Roma partiu do Itachi, ele sabe que eu não tenho interesse em assumir o legado do meu pai. Então ele organizou essa viagem como faz todos os anos desde que eu tinha quinze anos para me afastar um pouco da pressão do meu pai.

    Eu amo meu irmão e sei que ele é muito mais meu pai que o próprio Fugaku. Eu sempre vi em Itachi meu porto seguro, meu amigo, meu protetor. Mas eu também sei que as coisas não podem ficar só nas costas dele, é muita responsabilidade. E por ele eu estou disposto a abrir mão da minha própria alma e mergulhar fundo na escuridão dos Uchihas.

Conversamos muito e ele me deu trinta dias para ficar na Itália e aproveitar o máximo que eu puder da liberdade que eu ainda posso desfrutar. Me despedi do meu pai e pude sentir o sarcasmo que ele usou para falar comigo.

    _ Eu nunca perco Sasuke, você já deveria saber disso.

Nem em uma despedida ele consegue ser menos desprezível. Eu engoli meu ódio e a única coisa que consegui falar antes de sair de seu escritório foi uma palavra que eu pronunciei como promessa.

    _ Veremos.

    Sai batendo a porta, meu pai mesmo debilitado e fraco não consegue deixar de ser odioso. Acredito que a única pessoa a quem ele amou verdadeiramente foi a minha mãe, eu e o Itachi sempre fomos sua esperança de continuidade, não seus filhos amados.