Dezenove

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ATENA!

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A primeira coisa que vejo quando acordo é uma luz forte que reflete em meu rosto, tento tampa-la, mas parece que ela vem de todos os lados, então me levanto.

Ainda desnorteada por ter despertado tão de repente, não percebo quando coloco os pés em cima do colchão que repousava no chão.

Olho preocupada, lembrando de quem dormia ali, mas quando percebo, o garoto havia sumido.

Nesse exato momento ouço barulhos fracos vindo da cozinha e, imediatamente, me viro para o lugar, encontrando um garoto de calças de moletom e uma camiseta escura de pé na ponta do balcão.

Coço meus olhos e me levanto, indo até ele com uma dor de cabeça que acabara que começar a latejar irritantemente.

⸻ Bom dia. ⸻ falo baixo.

Ele se vira para mim, não parecia ter percebido que estava acordada antes.

⸻ Bom dia, te acordei? ⸻ se sua voz já era grave antes, agora ela estava rouca como nunca.

Nego com a cabeça e me sento em um dos bancos que estavam por perto.

⸻ Eu 'tô fazendo café da manhã 'pro pessoal, já que eu acho que fui o que menos bebeu. ⸻ assinto e deixo minha cabeça cair sobre meus braços.

Ouço algo se chocar contra o balcão e logo em seguida o barulho de uma cartelas de remédio.

⸻ Toma isso, vai ajudar. ⸻ quando levanto a cabeça percebo que o garoto estendia um comprimido e um copo de água estava no balcão.

⸻ Você não vai me envenenar não, 'né? ⸻ olho para ele, brincando.

O garoto ri e nega, voltando a panela que estava no fogão.

Assim como ele disse, tomo o remédio e o copo d'água e me levanto para lavar e jogar as coisas no lixo.

Enquanto lavo o copo, posso sentir o olhar do loiro recair sobre mim, mas não faço nada, apenas sigo para arrumar o local onde havíamos dormido.

Primeiro levanto o colchão do chão, tirando todas as cobertas que haviam em cima e jogando no sofá, deixo o mesmo encostado na parede e começo a dobrar as cobertas que usamos, que não eram tantas.

Quase como em sintonia, o momento exato que termino de arrumar as coisas, Gou também coloca um prato de ovos mexidos no balcão.

Agora a dor de cabeça já passara e a única coisa era um cansaço no corpo, volto ao balcão e me sento no exato mesmo banco que antes.

⸻ Você realmente quer me envenenar! ⸻ olho para o loiro incrédula.

⸻ 'Que? ⸻ ele, que estava virado para a pia, deixando a louça ali, se vira para mim confuso.

⸻ Eu tenho alergia! ⸻ falo, fingindo estar brava com ele.

⸻ A ovo? ⸻ ele parece ainda mais confuso.

⸻ Sim! ⸻ nego com a cabeça.

⸻ Eu... Eu faço outra coisa então- ⸻ ele começa a procurar algo pelo cômodo.

⸻ Gou! ⸻ ele não me ouve. ⸻ Gou! ⸻ mas vira para mim em seguida. ⸻ Eu 'tô brincando.

Rio, ele fecha os olhos e também solta uma risada, vindo se sentar ao meu lado.

⸻ Eu já disse que você é ridícula? ⸻ ele estende um garfo para mim.

⸻ Hoje ainda não. ⸻ pego o talher e dou uma garfada em um pedaço do ovo, levando a boca. ⸻ Caraca. Você cozinha bem, na real. Já pode casar.

Por algum motivo aquilo pareceu uma piada extremamente engraçada para ele, que joga a cabeça para trás enquanto ri.

Influenciada pela sua ação, também começo a rir.

A verdade era que parecíamos dois idiotas rindo de algo mais idiota ainda, mas estávamos felizes e, por mais louco que isso pareça, sem nenhuma discussão.


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AUTORA!

esse cap foi foda de escrever

ELES MT NENENS

𝐑𝐈𝐕𝐀𝐋𝐒, goularte ✔Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt