Oito

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ATENA!

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Agora acomodada no sofá, decidi não ser tão participativa nas conversas como normalmente, me abrigando no celular, que parecia mais interessante a cada vez que uma voz específica falava algo.

Mas como se me dissesse para me juntar ao resto, apenas uma mensagem de "10% de bateria" aparece na tela antes que eu o desligue.

⸻ Vão querer o que de janta? ⸻ Goularte pergunta, navegando no seu celular.

⸻ Vamos no clássico? Um méquizinho? Rachar pra geral, ninguém tá rico pra bancar o buraco de estômago que a Te tem. ⸻ Luis sugere.

Mostro um dedo do meio apenas para que a fala não passasse despercebida.

É claro, como já era de se imaginar, todos já haviam chego, alguns jogados no sofá, outros no chão e outros conversavam algo mais privado na varanda.

Méquizinho de malandro? ⸻ Matt brinca e assente, como quem concordasse.

⸻ Fechou, pede aí! ⸻ Rafael fala sem olhar para os garotos que conversavam, entretido em algo que passava no celular da Lorena.

⸻ Quem vai fazer a boa ação de ir lá fora perguntar o que os malditinhos querem? ⸻ Calango aponta com o queixo para a varanda e eu levanto de imediato.

⸻ Eu vou. ⸻ ando rapidamente até a porta de vidro do local e dou uma leve batidinha com os nós dos dedos para indicar que estou entrando. ⸻ 'Tão perguntando o que vocês querem pra jantar, vai ser Mc.

⸻ Eu como qualquer coisa. ⸻ Bea fala.

⸻ Pega um Big Mac pra mim. ⸻ Gi pede e Rakin aponta para ela, pedindo o mesmo.

⸻ Beleza, quando chegar a gente avisa. ⸻ eles assentem e eu volto a fechar a porta, voltando ao sofá. ⸻ Pega três Big Mac's

⸻ E você? ⸻ o loiro pergunta, sem tirar os olhos do celular.

Nuggets. 10. ⸻ falo sem pestanejar, o momento em que o garoto olha para mim, como se confirmasse. ⸻ Quer uma foto?

Ele ergue as sobrancelhas e me olha com um sorriso cínico que podia dizer ter uma pontinha de realismo e volta os olhos para o celular sem dizer mais nada.

A conversa volta, dessa vez repouso a cabeça no ombro de Triz e fecho os olhos, sentido o corpo pesar.

Não vi quando adormeci, mas vejo quando acordo. Um chacoalho fraco no meu joelho me faz acordar, é Thiago.

⸻ Acorda, chegou a comida. ⸻ ele estala os dedos na frente dos meus olhos quando me desperto.

Levo um tempo para lembrar onde estou, mas quando o faço, questiono todas as minhas escolhas na última semana.

Levanto do sofá ainda cheia de preguiça e me sento em uma das cadeiras perto da mesa, Goularte, que tirava os pedidos de dentro das sacolas, coloca um pote pequeno de nuggets na minha frente.

Pisco algumas vezes para ver se o que eu via era real. Em cima da caixa vinha escrito "6 nuggets".

⸻ Quantos tem aqui? ⸻ aponto para a caixa.

Ele me olha e olha para a caixa.

⸻ Seis. ⸻ e tira algumas bedidas de dentro da sacola.

⸻ Eu pedi dez.

Ouço alguém suspirar audivelmente atrás de mim, mas decido não ligar.

⸻ Seis desse não sustentam nem uma formiga! ⸻ abro a caixa e tiro um pedaço de frango.

⸻ Nem dez. ⸻ reviro os olhos e bufo.

⸻ Já acordou de mal-humor, estressadinha? ⸻ Bea provoca.

Lanço a ela um olhar e ela entende imediatamente. Não queria explodir, definitivamente não, mas agora parecia que a situação virara pessoal.

Percebo que Gabi bebia algo alcoólico em um copo vermelho. Indico com a cabeça, pedindo permissão, ela cede, pego o copo e dou alguns goles antes de voltar a olhar para a mesa.

Começo a comer em silêncio enquanto os outros fazem um barulho infernal, mas percebo quando um certo loiro senta ao meu lado na mesa, provavelmente por que era o único lugar vago, olho para a ele com um olhar mortal que nao tenho certeza se ele percebe e continuo comendo meus seis nuggets.

Como um, dois, três e, quando percebo, já não há mais nada na embalagem, olho para um lado, Bea conversa entusiasmada com Lorena sobre alguma coisa, para frente, muita gente falava junto, mas quando olho para o outro, algo me chama atenção.

Uma embalagem de batatas fritas. Cheia. E esse é o momento em que me lembro de quem estava sentado ao meu lado, Gabriel Goularte.

Dou uma risada disfarçada e roubo algumas batatas, colocando-as na boca rapidamente, não sei se ele percebe, mas, se o faz, não liga. Faço de novo, e mais uma vez, só para provocar.

Quando vejo, a embalagem cheia agora já tinha menos da metade.

A conversa interessante que ele estava com Matt de repente não parece mais tão interessante pois, quando ele coloca a mão perto da embalagem, não encontra nada.

Franze a testa e olha para a mesma, logo em seguida olhando para mim. Com a boca cheia de batatas e uma embalagem vazia de seis nuggets na minha frente.

O encaro fixamente e levanto as sobrancelhas, o desafiando a falar alguma coisa, ele apenas ri e volta a falar com Matt, dando um gole na sua bebida.

Parece que irrita-lo não era assim tão fácil, por isso virara a missão da minha noite.

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AUTORA!

na minha humilde opinião (não que ela valha muito) esse é um dos meus capítulos favoritos até então, gostei muito de escrever!!

ps: percebi que mt gente tá chamando a atena de chata dramática, mas gente, esse é o ponto KDKSKFKSKDK, ela é bem dramalhão mesmo, é uma parte bem específica que eu pensei muito sobre a personalidade dela pra criar, afinal, ninguém é perfeito

𝐑𝐈𝐕𝐀𝐋𝐒, goularte ✔Where stories live. Discover now