Invisible 💖

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No dia seguinte Jeon acordou tão disposto que chegou até a estranhar tamanha animação, o dia seria longo e ele não tinha compromisso algum, estava livre para passar horas vadiando.

Percebendo que não teria muito oque fazer resolveu limpar toda a casa, passou a mover os móveis de lugar para limpa-los e planejar como reorganizaria e redecoraria o lugar.

Foi quando moveu a grande estante de livros que viu algo diferente. Abaixo do móvel havia um pequeno alçapão, Jeon estranhou pois nas escrituras e plantas do imóvel não falava nada sobre um porão, resolveu abrir por pura curiosidade, havia ganhado um cômodo novo e nem pagara por ele, "que sorte" pensou.

Desceu a pequena e ingrime escadaria, que dava acesso ao andar de baixo, estava um breu só, ligou a lanterna do celular em busca de um interruptor para que pudesse iluminar o ambiente, encontrou e ao acender as luzes tudo tomou forma.

Parecia uma espécie de ateliê, haviam pinturas de rosas e flores diversas, muitas latas de tinta espalhadas pelo local e o mais chocante de tudo, havia ali uma pintura a óleo do garoto de suas alucinações, loiro, lábios carnudos, rosto perfeitamente delineado, pele clara alva como um floco de neve.

Não seria possível, aquele garoto era fruto de sua imaginação, como uma pintura dele estaria ali? Será que ele não era uma visão? Ele era real?.

Jeon matutou por alguns minutos até ouvir o estrondo advindo atrás de si, um dos quadros foi ao chão, revelando o garoto loiro atrás do mesmo, parecia triste, seus olhos estavam marejados.

-- Eu... Eu não sou real? -- perguntou com a voz embargada.

-- V-você, eu... Eu não sei mais dizer.- Jeon estava confuso. Se ele era real, então porquê não podia toca-lo?. -- só peço que saia da minha casa, seu lugar não é aqui. -- disse frigido.

-- Sai você! - o garoto andou apressadamente na direção do maior com as mãos em frente do próprio corpo, na intenção de empurra-lo, mas falhou ao atravessar o corpo do outro e sumir por entre as paredes desbotadas.

-- Estou ficando louco é oficial. -- Jeon espalmou a própria testa curvando-se levemente para frente.

Ainda tentava processar tudo aquilo, estaria sendo assombrado, ou realmente ficara louco? Parou para observar a sala mais uma vez e reparou que havia um pequeno móvel no canto do cômodo, andou até lá e abriu a pequena gaveta encontrando-a repleta de recortes de jornal, todos falavam sobre um grave acidente que ocorrera com um rapaz de 22 anos, um advogado renomado que apesar do pouquíssimo tempo de carreira conseguiu construir um império.

Agora tudo estava claro, aquele garoto estava morto e seu espírito havia ficado preso aquela casa por algum motivo, mas aquilo era fantasioso demais para ser verdade, fantasmas realmente existiam então? Jungkook não conseguia acreditar naquilo.

Revirou a gaveta mais uma vez, buscando achar mais informações e se deparou com uma espécie de livro, a capa escura não chamava atenção, oque realmente interessava ao rapaz foi visto ao abrir o centafolho, haviam datas e anotações ali e no cantinho da primeira página a assinatura do rapaz, Park jimin.

Era uma espécie de diário, haviam tantas coisas escritas, quase como se tudo aquilo fosse um desabafo, afinal o garoto não passaria de um prodígio solitário?.

Jeon sentiu um nó na garganta ao ler um pequeno trecho que falava sobre solidão, ele estava certo, afinal, roçou o indicador pelas páginas na intenção de folhea-las mais uma vez, porém foi impedido por uma voz estridente.

-- O que está fazendo? -- o outro aproximou-se.

-- Lendo, não posso?

-- Isso é particular, por favor não fuce nas minhas coisas. -- murmurou impotente.

Oh my sweet ghost Where stories live. Discover now