Susto no trauma

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Carina DeLuca

Eu havia passado a semana toda pensando em Maya, só queria vê-la novamente e sentir seu corpo no meu, mas ao ver sua reação confesso que foi um balde de água fria nessa minha vontade. Porém, quando eu estava saindo da sala e ela me impediu, seus olhos gritando por ajuda, carinho e atenção me desarmaram. Eu sabia que ela não estava em um bom dia e a última coisa que eu queria era deixá-la pior do que aparentemente estava.

- Vem cá, bella, vem! -Falei e a puxei para um beijo.

Maya tem sorte por beijar tão bem, ela me desestruturou somente com um beijo, minhas mãos já foram descendo para o seu cinto e comecei a puxá-lo para abrir, ela me prensou na prateleira de sua sala e foi tirando meu blazer, sua língua serpenteando por minha boca e pronto, eu já estava derretida nas mãos da loira, quando me deparei estava gemendo manhosa me desmanchando em seus dedos no seu quarto anexado a sua sala.

Mas prometi a mim mesma que iria com calma, a loira era linda e super apaixonável, mas pelo jeito ela não queria nada sério, confesso que me desapontou um pouco, ao mesmo tempo que isso pode ser bom para mim, faz pouco tempo que uma certa cirurgiã quebrou meu coração, não quero passar por isso novamente.

Passei essa semana focada em meu trabalho e em organizar a bagunça que estava meu apartamento, Amélia simplesmente é uma bagunceira pior que eu e Jo passa tanto tempo no hospital que não tem tempo para ajudar na limpeza, restando para mim e uma Shepherd preguiçosa.

- Andrew vem nos ajudar com esses móveis pesados. -Amie disse e nos jogamos no sofá.

- Preciso de vinho para aguentar. -Resmunguei.

- Isso é culpa sua, estava bom do jeito que estava. -Amélia falou me empurrando.

- Daqui uns dias iríamos nos perder na bagunça que esse AP estava.

- Como vai seu sexo quente com a capitã? -Perguntou com um sorriso safado.

- Não vai. Não nos falamos desde o dia que apareci lá na estação, o que é bom, porque eu já estava me apegando a ela.

- Por que esfriou?

- Ela não está pronta para uma italiana intensa como eu. -Falei e minha voz saiu mais triste do que eu realmente quis demonstrar.

- Ei, você é incrível e se ela não vê isso, é bom que pare quando está no início.

Me abraçou pelos ombros e ficamos ali jogadas esperando meu irmão. Andrea chegou alguns minutos depois, estávamos terminando de organizar tudo quando seu celular começou a tocar.

- Atende para mim, bambina, deve ser a Mer. -Gritou para mim.

Peguei o celular dele e estanquei no lugar. Arizona Robbins era o nome que brilhava na tela.

- Carina, atende logo!

- Não posso. -Murmurei e fui até ele- É a Arizona.

Ele me olhou rápido e tomou o celular de minhas mãos se afastando. Eu sabia que eles conversavam, assim como ela e Amélia sempre trocavam mensagens, meu coração não doeu menos ao lembrar daquele sorriso lindo de covinhas, desde que Maya tinha aparecido na minha vida a dor tinha diminuído mais, assim como meus pensamentos nela, mas não posso mentir que não sinto sua falta.

- Como ela está? -Perguntei a Andrea quando ele voltou.

- Está bem. Ela quer que eu envie os livros dela que ficaram e queria saber se você estava bem, ela soube do que aconteceu.

- E por que ela não me ligou? Ela tem meu número. -Falei chateada.

- Porque ela não queria te importunar de alguma forma. -Falou e vi sua hesitação.

My Love - MARINAWhere stories live. Discover now