14.

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24 de março,
1986 .. ?
narrador.

—— Seu velho, asqueroso, nojento! O que você fez comigo, porra?! - Ele se preparou para avançar no homem mas parou por uma estranha coisa que o segurava no lugar, mas só haviam os dois no quarto.

—— X, eu preciso que me escute. — O homem pediu calmamente.

—— Te escutar é o caralho! Se não o que? Vai raspar meu cabelo e fazer experimentos em mim?! — Tentou novamente chegar perto do mais velho, mais sem sucesso. —— E meu nome é Henry Campbell, porra. Escutou ou tá difícil, seu velho caduco? — Sua voz ficava mais alta e Henry com mais raiva, mas o doutor, apenas soltou uma risada.

—— Você continua o mesmo de quando era criança.

—— Ah, é? Legal que você lembra da minha infância, porquê por culpa sua, EU NÃO. — Mexia os braços inquietamente sentindo as mãos coçando para um soco naquele velho.

—— Nós dois sabemos que você não consegue lembrar, porque não quer lembrar. — Henry se calou, e o homem começou a andar pelo pequeno cômodo. —— Diga-me, onde você acha que está?

—— Eu não sei.

—— Mentira. — Rebateu no mesmo instante.

—— Velho chato. — Murmurou para si. —— No laboratório, tio. Eu tô no seu lindo laboratório.

—— Sabe, X. Em tempos que eu estava sem saída, louco pela ciência mas sem projetos fortes. Eu precisava de algo que me fizesse conectar com um mundo diferente mas igual o nosso. O Mundo Invertido. — Ele parou de rondar o quarto e se pôs na frente de Henry, que tentava se mexer mas algo indireto o segurava todo seu corpo no lugar. —— E foi onde eu te criei. Sabia que seria algo grande, que mudaria minhas pesquisas, então mudei os planos, colocando uma letra invés de números. O Mundo Invertido não era uma ameaça ainda, mas você conseguia sentir quando a barreira dela se rompia e algo escapava para este mundo. Precognição, hein? Era como chamava-mos, mas sabíamos que você era capaz de muito mais. Manipulação mental, ilusionismo, e tantos outros que não tivemos tempo de descobrir. Filho, você poderia explodir a mente de alguém com apenas um toque. — Henry olhava para um ponto fixo na parede atrás do homem, sem coragem de encara-lo. —— E claro, a amizade que você tinha com o enfermeiro Ballard ajudava muito em sua conexão.

O garoto finalmente olhou para o velho novamente, confuso. —— O que Peter tem a ver com isso?

O doutor não teve tempo de responder, pois a porta do quarto se abriu. E era o citado, o enfermeiro Peter Ballard.

—— Doutor Brenner, desculpe interromper. Preciso levar o garoto aos exames semanais.

Henry viu o homem mais velho engolir seco e se afastar dele. O mais novo passou pela porta a fora, e se virou para Peter, mas o outro foi mais rápido.

—— Pode ir indo. Tenho que conversar com o doutor. — Disse seriamente, entrando no quarto e fechando a porta com força.

Henry decidiu esperar escorado na parede, já que não sabia o caminho mesmo. Mas depois de alguns minutos, escutou algo sendo jogado com muita força na porta e sangue começou a aparecer no chão, pela fresta.

Ele arregalou os olhos e não pensou duas vezes antes de sair correndo para pedir ajuda pelo enorme corredor de portas de metal.

Finalmente quando encontrou a porta escrito "Enfermaria", abriu-a mas somente ficando horrorizado com sangue e corpos jogados por todo lado do cômodo.

𝐦𝐚𝐠𝐞 𝐨𝐟 𝐦𝐲 𝐡𝐞𝐚𝐫𝐭 , will byers.Where stories live. Discover now