13.

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24 de março,
1986.
narrador.

Todos se assustaram quando Henry caiu no chão novamente, e Will foi o primeiro a correr ao garoto para acudi-lo.

Mas ele estava inconsciente. Byers deu alguns tapinhas em seu rosto, mas nada acontecia.

—— Ele desmaiou.. — Will disse para os demais, com a voz baixa e trêmula.

Argyle e Jonathan levaram Henry até a vã, deixando-o deitado lá, já que era o lugar mais confortável por ali.

—— Eu vou ficar aqui com ele, tudo bem? — O Byers mais novo se apressou em dizer. Argyle iria falar algo mas Jonathan o empurrou para o lado, e assentiu positivamente para Will.

Quando os dois saíram, o castanho rapidamente abriu as janelas, deixando o ar fresco entrar no automóvel e ficar mais confortável sem o cheiro forte de maconha.

Depois ele acabou se sentando na ponta do banco onde Henry estava deitado. Will passou seus olhos pelo rosto inexpressivo e pálido de Campbell, e sentiu a garganta secar novamente mas segurou o choro.

Procurou pela mão do garoto e a segurou com força começando a fazer círculos como forma de carinho.

—— Isso parece ser muito idiota, mas se você estiver me ouvindo... volta pra mim, ta bom? — Sua voz estava nitidamente embargada, mas continuou. —— Eu acho que nunca me apaguei tão rápido em alguém, como me apeguei a você. O que você tem para me encantar tanto assim? Dês do primeiro dia que nos conhecemos eu não conseguia te tirar da minha mente. Sua personalidade forte me fez ficar com inveja, mas ao mesmo tempo, eu queria te conhecer mais. E foi uma das melhores escolhas que já fiz na minha vida. Você entrou no meu coração com uma facilidade tão grande que quando percebi, eu já estava imaginando nós dois em uma casa grande cuidando de muitos gatinhos juntos. — Ele parou e soltou uma risada por baixo das lágrimas que já alcançavam sua boca. —— Mas agora te vendo desse jeito, nesse estado, eu... eu fico desesperado, não sei o que fazer para te ajudar. Mas eu sei que você é forte, você já passou por tanta coisa que eu nem consigo imaginar. Sei que pode lutar contra tudo que vier, porquê você é você. Você é Henry Campbell, o garoto que que deixou o nariz de um menino em pedaços com um soco inesperado quando tinha apenas nove anos. O garoto que sacrificaria a própria vida pelos amigos, que todos tem medo por ter uma raiva incontrolável, que descobriu que tem poderes incríveis e sabe como usá-los, que... que roubou meu coração sem fazer esforço algum, apenas sendo você mesmo. Nós todos precisamos de você aqui, guarda-costas da família Byers, não é? Então volte, e cumpra seu papel, Henry.

Will já se encontrava em lágrimas, mas mesmo com a declaração, Henry não mexia um músculo e sua respiração continuava fraca.

—— Ei, Will! El descobriu algumas coisas, ela quer conversar. — Escutou a voz de Jonathan.

Respirou fundo e limpou as lágrimas, antes de sair da vã ele deixou um beijo na testa de Henry e afagou levemente seus cabelos.

Ele saiu do automóvel, esperando que seu rosto não estivesse muito vermelho e entrou na pizzaria novamente.

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Henry acordou em um quarto estranho, familiar, mas ainda assim estranho.

Olhou em volta, com a cabeça girando e doendo ele conseguiu notar alguns desenhos no canto do quartinho. Que por sinal, não era muito colorido, paredes brancas e alguns aparelhos esquisitos ao lado da cama.

—— Que fetiche é esse de me fazer acordar em quartos, Vecna? — Soltou um comentário sarcástico para o nada.

Levantou-se da cama, indo em direção da estranha porta de metal, que dava em um corredor com mais portas de metal. Mas nas outras, havia um número nelas. Ele virou a cabeça para a sua, mas não tinha nenhum número nela.

𝐦𝐚𝐠𝐞 𝐨𝐟 𝐦𝐲 𝐡𝐞𝐚𝐫𝐭 , will byers.Onde histórias criam vida. Descubra agora