| CAPÍTULO 02 |

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DIAS ATUAIS

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DIAS ATUAIS


Desperto quando ouço o ranger da porta branca de madeira. Me encolhi assim que vi o homem mascarado entrar e deixar a bandeja com o café da manhã encima da pequena mesa. Sem falar nada, ele sai por onde entrou e tranca a porta Sem falar mais nada.

Imediatamente começa uma batalha dentro de mim, se corro até a porta e imploro mais uma vez para que me deixem ir embora ou simplesmente continuo sentanda porque sei que pedir socorro não vai adiantar de nada.
Resolvo escolher a segunda opção. Saio da cama de solteiro e caminho até o banheiro também todo branco, faço minhas necessidades lavo minha cara e escovo os dentes.

Olho meu reflexo no espelho que fica encima da pia, o que vejo já não me assusta. Meu rosto branco, mas para pálido devido a falta de sol, parece que engordei alguns quilos por que ganhei umas bochechas. Meu cabelo loiro está uma bagunça e não sei quanto tempo passa que não pego numa escova de cabelo.

Decido sair do banheiro antes que eu volte a lembrar como era a sensação de estar livre.
Nós só valorizamos o que temos quando perdemos essa coisa, e agora estou sentindo na pele. Eu não aproveitei minha vida como devia ser e a agora que perdi minha liberdade dói lembrar de cada momento que tive lá fora.

Olho ao redor do quarto branco. Não é nada grande, mas tem alguns móveis. Uma cama de solteiro com lençóis brancos e um único travesseiro, uma mesa pequena de madeira  acompanhada de uma cadeira também de madeira e uma pequena cómoda  onde ficam minhas poucas roupas. Nada como minhas saias lápis de couro ou minhas blusas de seda e os scarpin de sola vermelha. Minhas roupas agora se resumem em moletons largos, camisetas e meias e nada de maquiagem.

Tem uma janelinha por onde costumo espiar o movimento lá fora, apesar de não não ver quase nada. Não sei exatamente onde é esse lugar mas parece bem distante da cidade, porque não ouço o barulho de carros e movimentos de pessoas, e Chicago é bem agitado. Na verdade verdade se quer sei se ainda estou em Chicago. As vezes quando acho que estou nos meus  piores delírios eu sinto que estou sozinha nesse lugar.

Me sento na cadeira e olho o café de manhã de hoje, suco, leite, bolo de chocolate um sanduíche de presunto e algumas frutas. Deve ser por isso que estou engordando. Ou talvez eu esteja voltando ao meu corpo normal antes de conhecer Sebastian, porque não estou mais tendo aquela alimentação regrada e não estou fazendo exercícios físicos. Antes de trabalhar na kings eu não era nenhum exemplo de corpo perfeito.

Como tudo o que está na mesa sem deixar nada. Me sinto como um animal sendo preparado para o abate, sendo bem alimentado para depois ser degolado. Terminado o suco e volto para a cama me deitando em formato de concha.

Houve um tempo que ficar apenas deitada na cama se tornou entediante, mas agora aproveito este tempo para lembrar daquele último dia que senti a sensação de ser livre.
O dia em que ele me arrancou da minha casa, foi tudo tão rápido. Quando acordei já estava aqui, eu mal senti o percurso da viagem ou sequer vi algo que pudesse me ajudar a escapar desse lugar.

VINGANÇA OBSCENA | ROMANCE DARKWhere stories live. Discover now