┊Chapter Twenty Nine ➵ Family secrets

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Eu não me importava de assassinar e torturar traidores, pois eu sabia que quando eles eram Comensais, haviam feito as coisas mais cruéis que poderia imaginar, mas matar inocentes nunca esteve na minha cabeça.

Suspirei baixinho antes de pegar a criança e aparatar para uma das casas seguras que estava usando quando a Ordem se tornava sufocante demais. A garotinha soluçava baixinho e eu a coloquei delicadamente em cima do sofá, precisava decidir o que fazer, pois em breve Voldemort iria me chamar de volta para saber como havia sido a missão.

Então, sem muita escolha, chamei Monstro. O elfo logo apareceu, com sua típica expressão mal humorada.

— Menina Vega não deveria ter falado sobre a sala secreta para os gêmeos — ele resmungou — estão destruindo as coisas dos seus avós! Uma bagunça, menina.

Suspirei, exausta.

— Desculpe, Monstro... Mas agora preciso da sua ajuda.

Ele me encarou.

— O que posso ajudar, menina Vega?

— Foi uma noite... Longa — murmurei, querendo evitar uma explicação mais detalhada sobre aquilo — Preciso que cuide dela para mim, até eu voltar e não conte sobre isso para ninguém, entendeu?

Monstro assentiu rapidamente.

— O que desejar, menina Vega. Monstro não vai dizer uma única palavra para aqueles traidores de sangue que acham que podem se meter na vida da minha senhora...

Forcei um sorriso.

— Obrigado, Monstro.

Deixei que ele se aproximasse da criança e fui até a cozinha da antiga mansão, me apoiando no balcão e passando as mãos pelo rosto, enquanto tentava me concentrar em algo.

Aparentemente seria mais uma daquelas noites.

Senti vontade de vomitar, mas respirei fundo e liguei a torneira da pia, enchendo minhas mãos com água gelada e levando até o rosto. Eu não tinha tempo para enlouquecer, não tinha o direito de fazer isso quando havia uma criança traumatizada chorando na sala pela perda dos pais... Pais que eu matei.

Percebi tarde demais que deveria ser um daqueles testes sádicos de Voldemort.

Sequei minhas mãos numa toalha velha e tentei ignorar o lugar em que estava, fingindo que não havia aparatado diretamente para a mansão que James e Adhara haviam vivido juntos, quando fingiam que poderiam ser uma família feliz.

Respirei fundo, afinal, ainda tinha trabalho a fazer.

Dei uma olhadinha para a sala, percebendo que Monstro havia conseguido distrair a criança e aparatei, indo até um cemitério antigo e procurando a lápide de alguma criança.

Eu já havia aprendido que para as pessoas acreditarem, precisam de provas. O lorde das trevas definitivamente iria querer uma prova que eu havia feito o que me foi mandado, sem testemunhas, todos tinham que sumir, incluindo a criança... Então eu precisava fazer ele acreditar que havia matado a garotinha sem pensar duas vezes, sem remorso.

Consegui tudo num tempo admirável e depois que larguei os restos mortais nas cinzas da casa, segui para a mansão Malfoy.

Pela primeira vez, haviam poucas pessoas lá.

Andei silenciosamente pelos corredores frios até o antigo escritório de Lúcio, dei uma batida na porta e após ouvir a voz rouca do lorde, a abri lentamente, logo fechando a porta ao passar e fazendo uma educada reverência para Voldemort, que estava sentado na poltrona. No canto da sala, Pettigrew estava se servindo na mesinha de bebidas, parecendo querer sumir naquela parte escura.

No Choices  | ᴮᶦˡˡ ᵂᵉᵃˢˡᵉʸWhere stories live. Discover now