CAPITULO QUARENTA E DOIS

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MARATONA 2/6

AISHA

Já faz um mês que o Guilherme saiu do hospital, e graças a Deus ele não ficou com sequela nenhuma, pelo menos não no físico.

- Já vou - diz na porta do nosso quarto.

- E as crianças? você não vai? - hoje é o primeiro dia das crianças na escola nova.

- O que tem as crianças?

- A gente combinou de levar eles esqueceu? - ele ultimamente esta bem aéreo - mas se você tiver muita coisa pra resolver eu vou lá, não tem problema.

- Não, eu vou com vocês - diz e sai do quarto.

(...)

Conhecemos a escola, e o prédio é incrível, a pessoas que formam a direção ao contrario da antiga são extremamente educadas e a professora das crianças é um amor... a alegria deles de ver que a Sofia e o Ben estão na mesma escola foi maravilhoso.

Estamos em um carro só, então estou levando o Guilherme pro trabalho antes de ir pro meu, ele não disse nada o caminho todo, so olhando a janela.

- Você esta bem amor?- pergunto pra ver se ele fala alguma coisa.

- Estou

- Quem conhece o mínimo de você percebe que você esta estranho, se quiser conversar estou aqui.

- É so impressão sua amor - chegamos no trabalho dele - Tchau - me da um selinho e desce do carro.

(...) (...)

Já são 00:30 da noite e nada do Guilherme chegar, quando oficialmente começamos a morar juntos fizemos um combinado... dia de semana ele vinha mais cedo, já que lá agora não é so um bar, mas também um restaurante, quando o restaurante fecha ele vem pra casa, já que fecha primeiro que o bar e assim estava sendo, até que de um mês pra cá ele so chega de madrugada, geralmente estou dormindo ou fingindo que estou, depois do acidente não consigo dormir antes dele chegar em casa.

Estou deitada no sofá e sinto ele abrir a porta com a delicadeza de sempre, eu nunca vi a pessoa ser tão bruta, mas ter essa calma toda pra fazer certas coisas, se não tiver prestando atenção você nem ver que ele chegou... quando ele esta subindo as escadas, falo;

- Preciso conversar com você - ele parece que não se assustou, mas sim fez uma cara de interrogação.

- Conversar o que? - diz vindo em minha direção.

- Você bebeu? esta com cheiro de bebida e cigarro Guilherme, onde você estava?

- Adivinha - diz sentando no sofá.

- Você não tinha parado de beber lá Guilherme? ainda por cima fumando de novo - o celular deve começa a tocar, ele desliga, mas a pessoa insiste e liga varia vezes e ele desliga todas - atente, quem é que você não pode atender na minha frente?

- Ninguém, so não quero atender.

- Não pode atender sua amante na minha frente né?

- Que amante Aisha, larga de coisa, eu nunca trairia você.

-E porque você esta mentindo pra mim então?

- Eu tenho vários dons, mas mentir pra você não um é deles.

- Então reveja seus dons, Guilherme se eu pegar você me traindo eu mato você... não estou brincando.

- Não se preocupe seu réu primário esta salvo... posso ir?- diz levantando e não falo nada, ele sai e sobe as escadas.

(...)

Já é outro dia e são 18:00 da noite, vou passar no bar do Guilherme porque não engolir aquela historia. Entro no bar e esta cheio, geralmente sempre esta assim, agora que a parte de cima é um restaurante fica mais cheio ainda.

- Boa noite patroa.

- Boa noite, o Guilherme esta ai?

- Esta, cadê as crianças? nunca mais estiveram aqui.

- Estão ótimas, estão na casa da vó.

- Fala que tio Caio mandou um beijo.

- Pode deixar - sorrio pra ele - vou la ok?!

- Certo, o patrão esta na sala dele - concordo com a cabeça.

Entro no corredor que leva pra sala do Guilherme e escuto risadas, entro na sala sem bater mesmo e tem uma mulher lá dentro.

- Pode me da licença Andreia ? - Ele fala assim que me ver.

- Claro Gui - diz e passa por mim como se eu não estivesse aqui.

- Quem é? - pergunto batendo a porta.

- Funcionaria

- Funcionaria? eu conheço todos os seus funcionários e ela não faz parte.

- Ela é novata.

- E porque ela é funcionaria e esta na sua sala uma hora dessa? ao invés de esta trabalhando como qualquer outro funcionário?

- Eu que pedi, ela estava trabalhando como os outros funcionários, mas eu pedi que ela vinhesse aqui no final do turno pra resolver algumas coisas.

- E desde quando patrão fica de risadinha com funcionaria?

- Eu falei algo e ela riu, foi só isso... você sabe que não sou a melhor pessoa pra rir de algo.

- Justamente por isso, foi ela que ligou pra você ontem?

- Não né Aisha.

- Ah então tem outras, você so esta chegando tarde, embriagado... todo cheio de mistério, nem o celular você quer atender na minha frente, você nunca se importou.

- Aisha larga de maluquice - fala levantando, já que o tempo todo eu estava em pé e ele sentado.

- NÃO ME CHAME DE MALUCA, se você queria me trair porque me pediu em casamento em? - pego a primeira coisa que eu vejo na frente e jogo nele - insistiu tanto pra eu ir morar na sua casa pra você agora esta com outra ou outras seila quantas você já me traiu - ele se encolhe pra tentar se proteger das canetas e tesouras voando - você tem uma família Guilherme.

- Da pra você parar e conversar igual adulta? você esta parecendo uma descontrolada.

- TO PARECENDO UMA DESCONTROLADA?, VOCÊ NÃO VIU NADA AINDA - pego um porta retrato que esta em cima da mesa e jogo nele, que desvia e me olha assustado, so de pensar nele com outra mulher e me fazendo de besta me sobe um ódio - EU VOU MATAR VOCÊ GUILHERME - jogo o outro porta retrato e graças a Deus nenhum acertou ele.

- PARA - ele grita segurando meus braços - Para com isso, senta ai.

- Eu não quero conversar com você, quero matar você.

DO MEU VENTRE ♡ (CONCLUÍDO)Où les histoires vivent. Découvrez maintenant