CAPÍTULO TRINTA E UM

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- A gente pode conversar?- o Guilherme aparece na porta do quarto, tinha acabado de acordar... olho no relógio e são 18:00 da noite.


- Pode - ele se aproxima e sinto o cheiro de álcool - Você bebeu?


- Sim, os meninos estão la em baixo.



- Quais meninos?



- O Christian e o Arthur... ai a gente bebeu.


- O Arthur está ai? ele não tava viajando até nestante?


- A intenção dele era fazer uma surpresa... mas ja sabemos o que rolou que atrapalhou, ele veio cedo.


- E você só veio falar comigo agora?



- Tava sem coragem... e a Flora quando desceu disse que você estava dormindo, ai bebi com eles e agora estou com coragem.


- Tem nem vergonha de falar isso, cachaceiro- falo no tom de brincadeira.



- Mas não estou bêbado não.


- Eu sei, quando você está bêbado de alguma forma seu olho fica vermelhão e não está agora, cadê as crianças?



- Adivinha...


- Com Flora


- Acertou... elas vão trocar você viu? cuidado.


- Elas se apaixonaram por ela... mas sim você quer conversar?


- Sim, sobre o que acontece hoje mais cedo... me desculpa por aquela cena, eu não queria que tivesse sido assim, eu sei o quanto minha mãe é complicada e por isso eu não queria que vocês passassem por esse constrangimento que aconteceu hoje. Na verdade eu tava planejando apresentar vocês... mas aconteceu tudo errado.



- Você não tem culpa se sua mãe é uma preconceituosa... mas eu me sentir totalmente constrangida, parecia que a gente era um segredo cuboloso que foi descoberto, a forma que sua mãe nos olhou foi triste.



- Me desculpa por isso, eu fiquei tão chocado dela está aqui... eu simplesmente fiquei sem saber como agir, eu fiquei com vergonha daquela situação



- E porque a sua ex falou daquele jeito do Arthur?



- Porque a anos atrás ela descobriu que ele estava namorando com uma garota negra e surtou... como você ja deve imaginar, o Arthur afrontou ela... ela colocou ele pra fora, mas ele não voltou atrás ... e claro teve vários outros fatores das brigas deles... mas isso foi o ápice.



- E você?



- O que tem eu?


- Você nunca brigou ou se desentendeu com ela?



- Não, eu sempre fiz o que ela queria, a carga de filho rebelde era do Arthur.



- Então hoje foi a primeira vez que você fez isso?



- Sim


- Você ja teve vergonha da gente?



- Óbvio que não né Aisha, eu tenho muito orgulho da família que eu construir.



- E como vai ficar a relação com sua mãe?


- Eu vou conversar com ela, se mesmo assim ela não aceitar minha família eu não vou poder fazer muito coisa, ela é minha mãe... eu amo e ela, mas eu ja tenho 34 anos e tenho uma vida, uma família, não posso deixar de viver por conta do preconceito dela, eu amo você, você foi a mulher que eu escolhir pra dividir a vida e é isso que eu quero preservar, eu fiquei com muito medo de você não me querer mais, me achar um bebê da mamãe.



DO MEU VENTRE ♡ (CONCLUÍDO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora