Novo Dia

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Depois de um banho quente, nos aconchegamos na cama.

- Como se sente? - Perguntou ele enquanto fazia cafuné na minha cabeça. Eu estava deitada em cima do seu peitoral.

- Nunca me senti tão bem, como estou me sentindo agora. - Falei sorrindo. - Foi incrível.

- Mesmo? - Perguntou ele.

- Mesmo. - Respondi enquanto levantava a cabeça e olhava pra ele.

Ele sorriu e me puxou pra mais perto enquanto me beijava.
Adormeci em seus braços em um piscar de olhos.

Eu estava no banco da frente enquanto minha mãe dirigia, ela estava acelerando casa vez mais. Meu coração estava tão acelerado quanto o carro.
- Mãe, a gente vai acabar sofrendo um acidente. - Falei desesperadamente, mais ela parecia não me ouvir.

- Eles não podem te encontrar filha, eu não vou deixar. - Falou ela enquanto chorava desesperada.

- Mais não podemos morrer... Por favor, vai devagar.

Tarde demais, quando olhei pra frente novamente. Um caminhão estava vindo em nossa direção.

- AAAAAAAAA. - Gritei quando vi que íamos bater...

Dei um pulo da cama assustada, eu tinha gritado alto demais e Rafael tinha acordado junto comigo.

- Calma Hannah, tá tudo bem.

Eu não conseguia respirar, eu estava sem ar. Eu estava suando, desesperada.

Rafael saiu da cama e correu pra cozinha, eu não sabia o que ele tinha ido fazer, mais eu precisava de ar... Merda, eu estava tendo uma crise de asma bem ali.

Rafael voltou com um copo de água e tentou me acalmar.

- Eu... Eu... - Eu tentava falar, mais estava ficando sem ar. - Não consigo respirar.

Ele segurou minha mão e massageou. Tentando me acalmar.

- Respira e inspira... Você tem asma?

- Raramente... - Eu não ia aguentar, eu ia morrer.

- Espera. Eu já volto!

Rafael vestiu a roupa em um piscar de olhos e saiu correndo do quarto mais uma vez.
Porque aquilo tava acontecendo comigo justo naquele dia? Tava tudo indo tão bem...

Me levantei da cama, eu já estava me sentindo fraca, mais precisava fazer algo.

Fui até a cozinha e abri o frizer da parte de cima da geladeira, respirei o ar gelado que saia de dentro. Não era suficiente mais me acalmava um pouco, eu tinha visto isso em um programa de TV quando era pequena, e as vezes quando eu tinha alguma crise de asma, e não estava com o medicamento, eu ia até a geladeira.

Não sei quanto minutos passei ali, mais quando vi que estava me acalmando, voltei pra cama e me deitei novamente. Eu ainda precisava de ar, ainda me sentia cansada, mais não podia fazer mais nada. Onde estava o Rafael?

- Voltei. - Falou ele entrando no quarto acelerado, com uma bombinha de asma na mão.

Sentei na cama depressa e ele me entregou. Dei algumas borrifadas na boca e deitei novamente.

- Obrigada... - Sussurrei enquanto ele me cobria com o lençol.

Ele apagou as luzes e se deitou ao meu lado, ficamos de conchinha, e eu peguei no sono mais uma vez.

Às 4h da madrugada me acordei mais uma vez. Rafael ainda estava abraçado comigo, me virei pra ele e encostei meu rosto no seu. Nossos narizes estavam um tocando no outro.

FUGA Where stories live. Discover now