Capítulo Dezoito

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CAPÍTULO DEZOITO

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CAPÍTULO DEZOITO

San Francisco...

Sofia Lancem

Depois que saí do banheiro e entrei no closet, optei por um vestido mas sofisticado que Mamãe, comprou para mim. Não sou fã do seu gosto por roupas, mas acho que essa é a única peça que poderia no mínimo, agradar Magot. Apesar de não conhecê-la muito bem, pude notar alguns aspectos parecidos que tem com Mamãe. Diferente de Mamãe, superficial e fútil. Magot, é fria e direta. Recordo do jantar desastroso de ontem a noite, e a forma como fomos embora, ignorando seus protesto. Também notei que Magot, cede algum tipo de poder sobre Khaol. Pude perceber como ele fica desconfortável próxima a ela, e as farpas escondidas nas poucas palavras que trocam. Meu relacionamento com Mamãe, não é tão diferente da relação que Khaol, tem com Magot. Agora penso que posso está enganada em pensar no início que Khaol, e Magot se uniram para fazer esse casamento acontecer. Lembro das palavras amargas de Khaol, quando o acusava sem qualquer pudor em ter me comprado. Sinto que as peças desse grande quebra-cabeça está começando a se encaixar. Após ajustar o vestido ao meu corpo, me olho no espelho. Ele é longo, cobrindo minhas pernas até meu tornozelo, as magas justas vão até meu cotovelo. O vestido é apertado na minha cintura, o único destaque é o decote em formato v que não mostra muito dos meus seios. Quando ela disse que o tom azul marinho me deixava mas magra achei um eufemismo, mesmo quando Mamãe, não conseguia me fazer perder peso na balança, ela tentava fazer isso pelas minhas roupas. Agora nem mesmo lembro porquê guardei esse vestido. Pego minhas sapatilhas para calçar, ainda sinto um certo incomodo no meio das minhas pernas, um incomodo que gosto. Deixo meu cabelo solto, apenas coloco uma mecha atrás da orelha. Solto um curto suspiro saindo do quarto.

Desço as escadas com cautela, aos poucos estou me habituando a andar pela casa. Agora sei onde os cômodos mas importantes ficam, apesar de não ter visto tudo ainda. Ao chegar me aproximar da sala de jantar, já posso sentir uma sensação ruim se apossar de mim. Mesmo sendo minha sogra, não consigo me simpatizar com Magot. Talvez seja pelo que aconteceu ontem, a forma como ela predominou tudo, começando pelo que eu comeria, até termos filhos. E nem ao menos ela teve a decência de perguntar isso para mim, afinal é o meu corpo, não sou uma incubadora humana. Desde o primeiro momento vi como Magot, é controladora e como não tolera ser contrariada por ninguém. Seja lá o que ela veio fazer aqui hoje, não sinto um bom pressentimento sobre isso. Mas mesmo assim, gostaria de vê-la e me desculpar pela forma rude que fomos embora ontem. Khaol, e eu ainda temos um ano pela frente, se dar bem com Magot, nesse meio tempo não é uma má ideia. A medida que vou me aproximando ouço uma voz feminina, uma voz feminina e jovem. Diferente do tom duro e frio de Magot, sua voz é fina e suave. Não consigo distinguir o que ela diz, me aproximo mas das portas duplas entre abertas, paro a poucos passos, só o suficiente para conseguir entender o que ela diz.

— Sant, você tem que me ajudar. Sabe como as coisas funcionam.

A forma carinhosa como ela se dirige a Khaol, só me prova que são próximos. Imagino o quão para falarem tão casualmente.

— não vou me envolver nisso Raquel, está por conta própria.

A voz de Khaol, já é um pouco mas dura. Noto até mesmo um pouco de frieza em sua voz. Sinto a curiosidade aumentar, e consciente me aproximo o suficiente das portas duplas para espiar pela pequena abertura entre elas. Faço o mínimo de barulho possível, para não ser notada. Meus olhos passeiam pelo local, até se fixarem em Khaol. Ele está parado do outro lado do cômodo com sua postura imponente, as mãos no bolso dianteiro da calça social. A sua frente uma jovem mulher. Magra de estatura baixa, seu cabelo loiro é como um dia isolado. A boca carnuda rosada combina perfeitamente com seus olhos azuis. Seu vestido vermelho justo marca bem suas curvas perfeitas, usando saltos altos. Essa tal de Raquel, é uma verdadeira beldade, diferente de mim. Gorda, com estreias e celulites pelo corpo. Me sinto inferior a sua beleza, maldita hora que achei ser uma boa ideia usar esse vestido. Recordo que por causa de mulheres parecidas com Raquel, nunca tentei me envolver em qualquer tipo de relacionamento. Sempre pensei que todos os homens queriam alguém igual a Raquel, e não a mim. E que a verdade seja dita, ela sempre seria a escolhida. Volto minha atenção para ambos quando ouço a misteriosa Raquel, xingar.

— Que droga Santiago! não estou pedindo nada demais.

— sim, está. Agora pode ir embora. — as palavras de Khaol, demonstram seu completo desgosto.

A mulher apenas ergue o queixo e se afasta, indo em direção a porta oposta da minha que dá para o corredor que vai direto para o hall de entrada. Na soleira da porta ela para e olha para trás.

— aproveite bem seu casamento, e a gorda da sua esposa.

Suas últimas palavras são como laminas, mesmo depois de anos ouvindo essa palavra ela ainda machuca, até mas do que eu gostaria. Eu até posso tolerar essa palavra de Mamãe, Papai e Laura. Mas quando ouço essa palavra de outras pessoas, me sinto uma garotinha desajeitada e feia. Isso não deveria me afetar tanto, mas simplesmente não consigo evitar. Minha atenção é voltada para Khaol, quando ouço sua gargalhada alta e repentina. A carranca em seu rosto desapareceu, sendo substituído por seu sorriso cafajeste.

— não se incomode Raquel, eu estou aproveitando... muito. — posso notar a última palavra ser cheia de insinuações. Inconsciente meu rosto esquenta. — e tem mas, minha esposa não é gorda... É gostosa.

O rosto da tal Raquel, fica vermelho de raiva. Ela vira de costas e sai pisando duro. Sinto uma pequena agitação se formar dentro de mim e se espalhar por todo meu corpo, essa é a primeira vez que alguém me defende. É claro que Maze, já fez isso antes. Mas não de uma forma tão feroz como Khaol, acabou de fazer. A forma como ele me defendeu e colocou aquela mulher no seu devido lugar faz minhas entranhas se agitar. Me sinto como uma adolescente sendo protegida por seu primeiro namorado. Encaro minhas sapatilhas. Me sinto envergonhada por ter tantos pensamentos tolos como esses ultimamente, mas de alguma forma não consigo parar. Khaol, me faz sentir assim. Mordo o lábio inferior, sua última palavra fica rondando minha mente. Ele acha que eu sou gostosa. Nenhum homem jamais tinha falado isso sobre mim antes. Khaol, é realmente uma caixinha de surpresas.

meu doce.

Um arrepio sobe por minha espinha, sinto um calafrio na barriga e as borboletas começam a se agitar no meu estômago. Sua voz é mansa como a de um felino, mas ao mesmo tempo sinto o perigo. Ergo meu olhar e sou capturada por duas pedras negras. Oh Deus! Ele consegue me ver, ele sabe que estou aqui. Meu coração começa a latejar, a sensação que o ar se tornar mas pesado volta a persistir. Até engolir minha saliva é difícil, é incrível e ao mesmo tempo assustador o poder que Khaol, tem sobre o meu corpo. Seu sorriso largo é perverso, meu sexo torna a latejar. Sinto que vou ser devorada mais uma vez.

— posso sentir o cheiro da sua buceta, meu doce.











— posso sentir o cheiro da sua buceta, meu doce

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Senhor Santiago (Livro 3 da "Trilogia Homens de Nome") DEGUSTAÇÃO Onde as histórias ganham vida. Descobre agora