Lucky Charm • jjk + pjm

3.8: efeito borboleta.

Diferente do seu filho Hoseok, Ji-Chul foi um covarde e obedeceu os pais, abaixou a cabeça e se casou com Chae Jung Ahn. 

Passou anos em um relacionamento em que sabia que a única coisa que o mantia eram os negócios e o medo constante de ter a empresa que os seus pais fundaram falida.

Porém, Ji-Chul não esperava que, depois de anos, fosse reencontrar Park Yeri e, diferente de antigamente, estava determinado a não cometer o mesmo erro. 

Mesmo tendo ficado separados por anos, ver o rapaz pelo qual foi apaixonada fez os sentimentos que sentia por ele retornar e, mesmo ambos casados com outras pessoas, decidiram se encontrar às escondidas. 

Planejaram como seria fugirem de Busan e, se fosse preciso, mudariam até de país. Ji-Chul sequer considerava o fato de ter um filho a caminho com Chae.

Entretanto, não contavam com uma gravidez surpresa de Yeri. 

Park tinha certeza que o filho era de Jung pois sabia que se protegia nas poucas relações que tinha com o seu marido, forçada para sustentar um casamento de fachada.

O homem, que estava tão cego pela felicidade de se tornar um pai, acabou não se tocando de que era quase impossível aquele filho ser seu. 

Era capaz de tudo por aquela criança e, quando descobriu que era um menino, sabia que ele seria o seu menininho. 

Quando Park Jimin nasceu, a convivência com o seu marido fez a criança se apegar emocionalmente com o homem e, devido a todos os cuidados extremos que tinha com o bebê, realmente parecia que era o seu filho. 

Amava aquela criança mais do que tudo e todos no mundo. Inclusive, mais do que o próprio pai biológico, que acabou não criando laços com o bebê.

Park Yeri, comovida pela conexão forte que ambos tinham, brigava constantemente com Ji-Chul para que tivesse paciência e que esperasse um pouco para que fugissem. 

 Naquele momento, Jung não queria saber dos seus dois filhos, muito menos nas responsabilidades que tinha para com a empresa dos seus pais e da sua esposa, apenas queria ser feliz e, qualquer coisa que impedisse aquele seu desejo, era suficiente para que sentisse raiva. 

Com o passar dos meses e das discussões constantes, a situação ficava cada vez mais complicada. Na cabeça de Ji-Chul, a criança não só estava acabando com o seu relacionamento com Yeri, mas também com a possibilidade de viver em paz sem ter que assumir a pressão de um negócio que ele mesmo não queria. 

Yeri sabia que o seu marido não ia aguentar a dor de saber que Park Jimin, o seu menininho, na verdade não era o seu filho. E ela estava certa. 

A mulher foi descuidada e, sem querer, deixou o homem ouvir mais uma das suas discussões com Ji-Chul pelo telefone. Quando o seu marido perguntou, chocado com tudo que tinha acabado de escutar, não conseguiu negar ou inventar uma desculpa.

Park Jimin, com um pouco mais de um ano de vida, perdeu a sua mãe e o homem que considerava o seu pai. 

Jung, que escutou a voz do marido de Yeri do outro lado do telefone gritando com a mulher, foi correndo até a casa. Porém, era tarde demais quando chegou. 

A guarda de Jimin ficou com a sua tia viúva por parte de mãe, Jeon Somin, que cuidou de si como se fosse o seu próprio filho. Sem saber dos motivos de tudo ter acontecido e do porquê do marido da sua irmã ter matado-a e ter se suicidado no final, Somin decidiu mentir para Jimin e dizer que os pais morreram em um acidente de carro. 

Tinha medo dos traumas que a criança pudesse desenvolver com a informação de que, seu suposto pai matou a sua mãe e depois se matou. 

Somin sequer desconfiava que Park era filho de outro homem e, mesmo se soubesse, teria cuidado da criança mesmo assim.