Capítulo 12 - Mattia

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"Se há uma vontade, há sempre um caminho meu amigo"

Richard Kuklinski

O sentimento de culpa e perturbador, após romper o beijo entre eu e aquela advogada do diabo dei de cara com Matteo que me encarava com o olhar divertido, ele solta alguma piadinha da qual eu não fiz questão de ouvir, passei por ele indo direto pra saida aonde um dos soldados segurava a chave do meu carro na mão, a única coisa que consigo pensar é em como um lugar tão imenso do nada ficou tão abafado ?, abro os primeiros botões da minha camisa, tiro o sobretudo e o terno.
Agora sentando no banco do meu carro passo as mãos frustrado pelo rosto, mãos essas que há alguns minutos atrás passeavam pelo corpo daquela diaba. Céus isso é tão errado, não me conformo de ter me sentindo tão bem e vivo com isso. Me sinto como um traidor é inadmissível que eu me sinta assim tão vivo com uma outra mulher que não seja Deana, giro a chave na ignição e vou dirigindo pra casa com mil e um pensamento pesando a minha mente.

(...)

- Papà.. - Vittorio vem correndo na minha direção, pego o mesmo no colo e aperto em um abraço.

- mio figlio, como foi seu dia?.

- Nada divertido..- subo as escadas com ele no meu colo e vou em direção ao meu quarto.. - hoje eu irei dormir com o senhor?.. Pergunta com os olhos brilhando em expectativas ..

- Sì.

Acomodo ele no emaranhado de lençóis e vou até seu quarto pegando o livro de sempre, volto pro meu quarto e Vittorio esta agarrado com um travesseiro sento na cabeceira e levo uma mão até seus fios loiros acariciando..

- "A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixa cativar.".. - uma frase que me deixa muito o que pensa e se enquadra bastante na minha vida o medo que temos de sofrer quando criamos laços e relacionamentos, tanto de amizade como amorosos, sempre vai estar presente. Tem que estar sempre disposto a correr riscos para que seja possível viver a vida por completo. Risco esses que eu não quero correr e horrível o sentimento de construir algo bom e ver ele ser quebrado, é fato que nunca saberemos se a outra parte vai nos fazer sofrer, mas sabemos que para sermos enlaçado, devemos aprender a lidar com esse risco. E eu particularmente não sei lidar com isso não estou disposto a correr esse risco. Então não vejo escolha melhor do que me prender na minha bolha de comodismo.

Saio de meus pensamentos e vejo que a respiração de Vittorio esta pesada, ele sempre dorme depois de dois capítulos apago a luz do abajur e me acomodo ao seu lado a fim de dormir também.

(...)

Acordo sentindo dois pares de mãozinhas pequena tocando toda a extensão do meu rosto e escutando sussurros.

- Você acha que ele ta vivo Vit?.. - a doce voz da minha sobrinha e a primeira que eu reconheço, sinto dedos em frente ao meu nariz seguido por uma risadinha baixa do meu filho.. - Shiiiii..- Zoya adverti o mesmo.

- Faz cosquinha Zo.. - ele faz uma pausa e diz..- ele ta respirando.

- Você acha que se acordarmos ele pra preparar nosso café ele vai brigar?.. - Zo sussurra.

- Não é bom que ele pode assar Cornetto vovó preparou e congelou e eu ajudei.

- Ta.

Antes que eles possam pensar em me acordar resolvo abrir os olhos aproveito a distração e dou um leve susto em ambos.

- Buu..- ambos dão gritinhos assustados, zoya joga a cabeleira ruiva pra trás da orelha e leva a mão para o peito e fala.

- Ai titio eu to toda me tremendo de susto, não sabe que fico nervosa.. - Ela estica as mãozinha para que eu veja a tremedeira sorrio de canto.

- O que você faz aqui tão cedo piccoli capelli di fuoco?.. - pergunto fazendo um leve carinho em seu rostinho.

- Estava com saudades zio, mia mamá saiu cedo, mio papà também.. - ela pisca os cílios e deita a cabeça de lado com um sorriso doce.. - então quis vim visitar o mio zio preferito.

- Pequena interesseira..

(...)

A tarde foi bem interessante agora estou dirigindo direto pra casa do mio fratello Filippo, depois de estacionar e abrir a porta de trás removendo os cinto de segurança das cadeirinha infantil, entrego a chave na mão de um dos soldados para que estacione corretamente. Adentramos a mansão e cada um se dissipou pra um lado, dou três batidas na porta do escritório e escuto sua voz liberando a minha entrada.

- Buonanotte, fratelli.. - comprimento os meus três irmãos.

- Buona Notte fratellino.. - Matteo responde pelos três.

- Alguma novidade relevante sobre nosso traidor ?.. - pergunto me sentando, Filippo bufa frustado e responde.

- Nada, sempre que estamos próximos escorrega entre nossos dedos..- aceno em concordância.. - O pior de tudo e que nossas áreas em New York estão sofrendo constantes ataques.

- Eu disse que seria inteligente se tivéssemos um Capo pra controlar as coisas lá, os americanos são insuportável mas e um sacrifício válido.. - Matteo fala dando de ombros.

- Odeio concorda com esse idiota mas ele tem razão.. - Falo dando a minha humilde opinião.

- Giuseppe?.. - pipo questiona.

- Acho válido, contanto que não seja eu, tudo certo.

- certamente terá que ser um de vocês, não vou colocar alguém que não seja da nossa família no comando, sem contar que precisamos nós reunir com o Bastardo do Michele Corleone..- Pipo bufa estressado.

Michele Corleone um dos maiores gangster da América, ele simplesmente é um dos descendentes dos fundadores de uma das maiores organização criminosa dos estados unidos fundada por 5 famílias: os Riina, os Corleone, os Giordono, os Ricci e os Castiglia. A história deles é bem interessante são conhecidos como ADA "Amigo dos Amigos"

- Bom então nada mais justo do que o Matteo ir, já que ele afirma que é um sacrifício válido, a Cosa Nostra atua em Nova Iorque mas sabemos que se não tiver a presença de um líder vão fuder com tudo.. - Alerto.

- Então ta decidido Matteo em uma semana embarcar pra America.. - filippo decreta.

- tutto per la famiglia.. - o caçula fala levantando um copo de whisky.

- tutto per la famiglia.. - Repetimos a gesto.

Herdeiros da Máfia - Trilogia Pellegrini - Livro 2Where stories live. Discover now