Capítulo 16 (parte II)

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- Parece uma boa ideia afinal. Cath, você está de acordo?

- Claro! Vou mandar um torpedo para Gui avisando. - Falei suavemente enquanto Andy nos conduzia para as escadas.

Paramos perto de uma mesa grande, com dois homens elegantes discutindo alguma coisa e sorrindo amplamente. Reconheci Mason sentado ao lado do outro, que parecia intelectual ,do tipo que eu sentaria para conversar sobre livros clássicos.

- Boa noite garotas! - Exclamou Mason me tirando de meus devaneios.

- Boa noite! - Dissemos Sophie e eu em uníssono. Apesar de que a voz dela saiu com uma pontada de ódio. Provavelmente pelo episódio do último final de semana.

- Meninas, esse é Enzo Bertolinni. Enzo essas são Sophie Charie e Catherine Backer, minha namorada. - Meu coração deu um pulo e quase saiu para dançar salsa ao ouvir Andy se referir a mim com tanto carinho.

- É um prazer conhecê-las ! - Falou cortês. - Já chegaram todos?

- Não Enzo, ainda faltam dois amigos de Cath . - Andy mal fecha a boca e vemos Gui e Carol se aproximarem .

- Hey, boa noite! - Gui diz animado, seguido por Carol tímida.

Andy faz as apresentações e conversamos durante um par de horas sobre coisas aleatórias. Descobri que Enzo é fotógrafo e gosta de livros de terror o que me fez sorrir internamente por achar que ele era um clássico intelectual. Durante todo o tempo Andy me manteve próxima a ele, sua mão não saía de cima da minha coxa por muito tempo. Mason por diversas vezes conduziu a conversa por um caminho de sentidos dúbios, suponho que numa tentativa falha de atingir Sophie, que se esforçava para se manter indiferente.

Também bebemos um pouco, não muito, mas o suficiente para deixar todo mundo mais animado e decidimos descer para a pista de dança. Andy me seguiu um pouco relutante mas a sua carranca logo se desfez quando eu tropecei em algum estranho e ele sorriu largamente fingindo estar preocupado.

- Você se machucou?

- Não, seu cínico!

- Eu? Certamente que não. Preciso ir ao banheiro, me espere no bar.

- Sim senhor! -Falei batendo continência enquanto um sorriso brincava por seus lábios.

Sentei no banco e me lembrei da última vez em que eu estive aqui. Um mal estar se alojou em meu estômago e eu conclui que foi uma ideia ruim ter escolhido essa boate. A inquietação é substituída rapidamente pela sensação de estar sendo vigiada. Corro meus olhos pelo lugar cheio e me deparo com um par de olhos furiosos me encarando. Matthew.

- Então foi por isso que você fugiu de mim. - Vejo que ele está possivelmente alterado por álcool e estremeço.

- Vamos com calma Matt. Eu não estava com Andy quando tivemos aquela conversa. Vamos com calma, ok?

- Calma? Você mal saiu da minha cama e já correu para a do Fergus. - Cuspiu.

- Eu não aceito que você fale comigo assim. Abaixe a porra do tom de voz!

- Quem é você para exigir algo? Sua vagabunda!

- NUNCA MAIS FALE COM ELA DESSE JEITO, SEU FILHO DA PUTA DESGRAÇADO! - Num minuto estava sentada no banco e me sentindo verde, noutro Andy me tirava do caminho enquanto socava a cara de Matt, descontrolado. Puta que pariu!

Matt cai atordoado no chão ,mas se levanta pronto para investir contra Andy e eu observo uma pequena multidão se formando.

- Andy, vamos embora daqui. Por favor. - Peço enquanto lágrimas ameaçam transbordar de meus olhos e eu me abrigo em seu peitoral másculo.

- Shhh... Não chore querida. Escute bem o que eu vou dizer seu cretino filho da puta, se você olhar, tocar, dirigir a palavra à Cath, ou se eu desconfiar que você está pretendendo fazer isso eu te mandarei direto para o necrotério. Fui claro? - E saiu me arrastrando com ele,deixando o pequeno círculo para trás enquanto íamos para fora da boate.

- Para onde estamos indo, Andy?

- À um lugar tranquilo. - Declarou categórico com um sorriso nos lábios.


Andrew Fergus


Era para ter sido uma noite tranquila e divertida mas obviamente algo daria errado.

Mal me afastei de Catherine e uma Marcy muito bêbada praticamente se enfiou dentro das minhas calças. Mulherzinha mais vagabunda! Após alguns minutos e uma promessa gritada de nunca me deixar em paz, esclareci para Marcy que eu estava namorando, muito bem e obrigado. Ando em direção à Cath pensando que a merda estava pouca e escuto o projeto de Parker chamá-la de vagabunda. Não me contive e o esmurrei no nariz sentindo um estalo quando minha mão se choca com sua cara. Espero que tenha quebrado.

Eu teria feito pior, mas Cath me pediu que a tirasse de lá e agora ela está encolhida e amuada contra a janela do carro. Minha mão repousa sobre sua perna e eu faço uma leve pressão como um lembrete de que eu estava com ela.

Espero que o lugar que decidi levá-la de última hora faça as coisas ficarem melhores.

 Descubra-me (hiatus) Where stories live. Discover now