POV Yeosang

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Tentei, juro que tentei. Fiz de tudo pra tê-la pra mim, mas não consegui. Ela se casou com o Sunoo, e se eu interferir, vou ser condenado pelo resto da minha vida, ou seja, pela eternidade. Imploraria pra morrer. Pelo menos, consegui dizer a ela o que sinto antes de se casar, mas de que isso adianta? Ela era a mulher perfeita, ideal pra mim, mas agora, percebi que vou viver minha vida sozinho.

Desde o que aconteceu na casa do pai do Sunoo, fui expulso de casa, sem direito a poder voltar. Tudo bem, não vai ser o fim do mundo se eu não morar mais com eles. Tá tudo bem. Eu sou um ótimo caçador, sei me virar, não vou deixar qualquer coisa me atrapalhar.

Achei um lugar muito bom pra morar, e infelizmente, tive que tirar as pessoas que estavam morando lá. Pensei em matá-las, mas desisti por dois motivos: primeiro, não sou um assassino cruel; segundo, a mulher estava esperando um bebê, o homem estava a sustentando. Então como eu os tirei de lá? Usei minha hipnose, se mandaram e foram pra outro lugar. Espero que ela consiga ter seu bebê saudável. Posso não ser um assassino cruel, mas ainda sou mau.

Passaram alguns dias, e agora, está de noite, ou seja, hora da caçada. Sempre espero dar meia-noite, hoje eu saí um pouco mais cedo. Fui até a floresta, procurando pela melhor presa possível. Quando captei um sinal, me teletransportei pra lá imediatamente. Verifiquei o local, se tem algum caçador ou se é uma armadilha, e agora, hora da hipnose.

-- Ei! - uma voz feminina me assustou. Mas, eu verifiquei, não tinha ninguém. - O que pensa que está fazendo?!

-- Quem é você? O que faz aqui sozinha? - levantei uma mão, pronta pra a hipnotizar, caso tente me atacar.

-- Sozinha? Como se eu fosse frágil como cristal. - fez alguma coisa pra minha presa parar sua fuga. - Esse veado é meu, eu vi primeiro.

-- Não vi seu nome nele. - hipnotizei o veado, mas ainda estava preso ao poder dela. - Pode soltar minha presa?

-- Nem vem, já disse que o vi primeiro. - insistiu.

Como ela é teimosa. Não tenho outra escolha, a não ser a hipnotizar e acabar com seu controle. Mas, antes de eu fazer isso, percebi que alguém se aproximava, consegui escutar passos caminhando em nossa direção lentamente, passos humanos.

-- Shh. - fiz pra ela.

-- Está me mandando calar a boca? - se indignou. - Olha aqui, sem noção, ninguém manda em mim, okay? Nem mesmo um vampiro desconhecido.

-- Quieta, moça! - tentei escutar com mais clareza. - Acho que tem alguém vindo aí, e pode ser um caçador.

-- Você tá inventando isso só pra levar o veado com você. - riu fraco, revirando os olhos.

Ouvi o barulho de um disparo, como de uma flecha. Logo percebi, então me joguei em cima dela e caímos no chão. Uma flecha atingiu uma das árvores, que estltava bem em sua direção.

-- O que foi isso? - perguntou. - O que tá fazendo?

-- De nada, por ter salvado sua vida. - me levantei. - Como eu disse, tem um caçador aqui.

-- Eu não tenho medo deles. - se levantou também. - Posso acabar com ele sem nem fazer esforço.

-- Espera. - a parei.

Me aproximei na direção em que a flecha veio, me transformei em morcego e voei até lá. Um velho, aproximadamente com cinquenta anos humanos, ele é o caçador que quase a matou. Não faço ideia de quem ela seja, mas é uma vampira, como eu, me senti na obrigação de a proteger naquele momento. Ele ficou confuso, eu logo me transformei de volta, atrás dele.

-- Procurando por alguém? - sussurrei em seu ouvido, sorri, e mordi seu pescoço.

O caçador caiu morto no chão. O teletransportei até o cemitério, o deixando ali, depois voltei pra floresta. Não sei porquê me surpreendi, mas aquela garota e o veado sumiram. Droga! Lá se vai meu jantar, e minha chance de a conhecer. Ela podia ao menos ter me agradecido por não ter morrido.

Vampire ○Kim Sunoo○Where stories live. Discover now