Valentino Suit

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Já havia se passado quase uma semana que Sebastian estava morando com Aly e, diferente do que ele achava no começo, os dois quase não se viam, por isso, quando Esmeralda surgiu com aquele convite da Valentino, Sebastian viu a oportunidade perfeita para ter um pouco mais de Aly só para si.

Ele se ajeitou no sofá, com a enorme sacola do lado, e esperou Aly chegar em casa. Era sempre engraçado vê-la tentando equilibrar vários papeis com a bolsa enquanto abria a porta e, dessa vez, não foi muito diferente.

- Deixa que eu te ajudo. – ele levantou rapidamente e, sem problema algum, pegou os papéis e a bolsa dela.

- Obrigada. – ela sorriu, ajeitou a franja e fechou a porta atrás de si. – Eu tive um dia muito cheio hoje.

- E parece que a noite também. – ele colocou os papéis em um aparador que ficava perto e que ele havia notado que era onde ela costumava guardar as coisas que trazia do trabalho.

- Um pouco. – ela sorriu e olhou para o sofá e a sacola que havia em cima. – Está usando meu endereço como sua caixa postal em Londres? Porque foi cobrar alguns produtinhos desses recebidos.

- Bom, é...mais ou menos. – ele ficou ao lado dela e colocou as mãos no bolso. – Isso é seu.

- Eu ganhei assim do nada? – ela olhou para ele. – Você está me dando um presente? E ainda caro?

- Bom, não exatamente.

- O que você está aprontando?

- Você não quer abrir o presente primeiro para depois avaliar se deve ou não brigar comigo?

- Você trouxe alguém para cá, não foi? – ela ficou irritada.

- Eu não ia quebrar essa regra, não sou o safado que você acha que eu sou.

- Então fala logo, Sebastian.

- Sabe, eu tenho um evento para ir, é tipo um desfile comemorativo, e queria que você fosse comigo.

- O que?- ela levantou uma sobrancelha.

- Vamos lá...pelos velhos tempos. – ele deu um pequeno empurrão nela.

- Quando é?

- Amanhã a noite. Eu também fui pego de surpresa, mas você sabe como são essas coisas de contrato. – eu deu uma risadinha para ela.

- Preferia não saber. – ela bufou e pegou a sacola. – Posso pensar? Ou eu preciso responder agora, senão você vai arrumar outra companhia?

- Você pode pensar até amanhã a noite, senão eu vou sozinho.

- Ok, até amanhã você tem a sua resposta. – ela piscou com um olho só para ele. – Vou para o meu quarto. - com dificuldade, ela pegou os papéis e foi para o quarto carregando-os junto a sacola.

Aly se dirigiu até o quarto, fechou a porta e, como uma criança, jogou os papéis e a sacola na cama e começou a abrir desesperada o que havia dentro da sacola. Ela tirou de lá uma caixa, com o mesmo logo VALENTINO, e dentro havia um terno pink com um tecido tão delicioso que ela queria viver dentro.

Ela olhou para aquilo e, imediatamente ligou para Tori, ela não queria tomar uma decisão precipitada, então resolveu pedir um conselho para a pessoa mais próxima de uma amiga que ela tinha.

- Alô? – Tori atendeu quase que no mesmo instante.

- Gostaria que você fosse rápida assim no horário de trabalho.

- No trabalho você não me falaria nada de interessante. – Tori deu uma risadinha e Aly revirou os olhos. – O que você tem para mim?

- Sebastian me convidou para acompanha-lo em um evento.

- AI MEU DEUS!!!! Como você fazia antigamente?

- Mais ou menos. – ela olhou para o terno que estava no colo. – Ele me deu um terno lindo, pink, da Valentino.

- Então você VAI! – ela ordenou. – E eu tenho uma bela ideia do que você vai usar com esse terno.

- Como assim?

- Amanhã você vai saber, chefinha.

- Mais uma coisa, Tori...Você acha que eu deveria contar para ele já?

- Não, com certeza não! Deixe-o achar que você não vai, vai ser uma surpresa para ele.

- Ok. -ela riu. – E obrigada, Tori.

- Não tem de quê. Agora vou desligar, estou assistindo um programa muito mais interessante que sua vida amorosa, a menos que você tenha algo a mais para me contar...

- Não Tori, eu não tenho.

- Ótimo. Então beijinhos... – ela fez som de beijo e desligou a ligação.

Aly jogou o celular no meio da cama e deitou ao lado do terno, por algum motivo aquele encontro do dia seguinte fez nascerem borboletas no estomago dela que quase gritou de excitação.

--

Na noite seguinte...

Sebastian estava parado na sala, ele olhou para o relógio caro no pulso e, pelo horário, sabia que iria acabar indo sozinho e, em uma última tentativa, resolveu ir até o quarto de Aly e bateu na porta para chama-la.

- Aly, você não... – na metade da frase a porta se abriu e nunca a expressão "caiu o queixo" foi tão real, pois foi exatamente isso que aconteceu quando ele a viu.

- Algum problema? – ela deu uma risadinha nervosa, Aly usava um pequeno "biquini" de strass que só cobria o mamilo e a parte de cima do terno rosa estava aberto quase até o umbigo, o que deixava muito a mostra e, para ajudar, o cabelo dela estava todo para trás, deixando destaque toda para aquela região.

- Bom... – ele engoliu em seco e tentou desapertar a gola da camisa que usava. - ...alguns.

- Você acha que eu estou espalhafatosa? – ela não estava tão certa de que a produção de Tori estava certa para o evento.

- Com certeza não. – ele deu uma boa olhada nela e sentiu a calça apertar um pouquinho. – Você só não está deixando muito para a minha imaginação. – ele colocou as duas mãos no bolso para tentar não deixar perceptível o que estava acontecendo com o corpo dele.

- Isso é ruim?

- Com certeza não. – ele deu uma risada dolorosa. -  Quer dizer, depende de como essa noite vai terminar e eu espero realmente que ela não termine muito cedo. – ele se afastou da porta.

- O que você quer dizer com isso? – ela franziu o cenho.

- Talvez EU tenha um final feliz muito cedo e, sendo sincero, não vai ser tão feliz assim porque vai ser meio constrangedor. – ele falou sem graça.

- Ah, entendi. – ela ficou vermelha.

- Considere isso um elogio, porque você está linda.

- Obrigada. Você também.

- Agora, vamos? – ele estendeu a mão para que ela passasse na frente dele.

- Obrigada. – ela foi andando na frente.

Assim que Aly passou para ele Sebastian sentiu o cheiro do perfume que havia dado para ela alguns anos atrás e ele soube que seria quase uma tortura passar aquela noite com ela sem poder fazer nada, e se xingou mentalmente por isso.

As It Was II Sebastian StanWhere stories live. Discover now