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Chan ficou no sofá enquanto changbin ia até a cozinha da casa para buscar seu kit de primeiros socorros.

A única luz que emitia era da cozinha, tornando o ambiente silencioso e calmo. Em um nível que deixou o australiano melancólico. Todo seu rosto doía, como se tivesse sido acertado por uma bola de vôlei. Fora aquilo, o que mais o incomodava era a discussão com morgana, ele não se arrependia de nada que havia dito, mas sabia que no outro dia ela provavelmente não lembraria de nada, ou pior, fingiria não lembrar.

Não era pra ser daquele jeito, porém parecia que era inevitável. A notícia viria, e chan não podia fazer nada para consolar os sentimentos da mulher, porque era algo que aconteceria de um jeito ou de outro.

Changbin retornou junto com a maletinha branca que ele tinha usado na vez que felix ficou doente, ele sentou na superfície lisa da mesa de centro, pedindo para chan estender o braço. Ao fazer aquilo, o ruivo puxou a manga da roupa do australiano um pouco mais para cima, passando do cotovelo, assim espalhou uma pomada sobre a pele pálida, massageando com cuidado usando os polegares.

— quem fez isso em você? — ele indagou, olhando para o maior. Chan desviou o olhar, sentia que se o olhasse de volta, acabaria falando a verdade  como num passe de mágica. — tenho uma ideia de quem seja, mas quero que você me fale.

— changbin…

— não defenda ela novamente. — falou sério, em um nível que o moreno nunca viu. — você sempre tá encobrindo o que essa mulher faz, e olha o que ela fez pra te retribuir. Então, se você defender ela, te deixo passar frio na rua.

Chan se calou, ainda sem coragem de devolver o olhar do ruivo.

— por que ela fez isso com você? — ele não respondeu. — bang chan, por que ela fez isso com você? — repetiu seriamente.

— a gente brigou. Ela falou bobagem e eu também, então isso aconteceu.

— você falou sobre o divórcio, não foi? — chan balançou a cabeça afirmando. — com todo respeito, mas essa mulher é completamente maluca.

— tenho que concordar. — riu baixo da sua própria dor, encolhendo os ombros.

O ruivo se jogou ao seu lado, olhando para o australiano. Ele puxou de levinho o mais velho para se encostar no estofado, e eles ficaram quietos lado a lado. O braço de chan ardia um pouco por conta da pomada, mas nem se comparava com a dor da bochecha. Ele suspirou e esticou o braço, queria coçar mas sabia que pioraria. A mão de changbin cobriu os machucados de unha, ele acariciou a pele — agora — vermelha do australiano com a ponta dos dedos, fazendo a coceira e a dor sumir ligeiramente. Chan o olhou de canto, observando ele alheio, como se estivesse tendo um longo pensamento.

— você vai se divorciar dela? — indagou quebrando o silêncio da sala de estar. Chris tentou relaxar enquanto fitava a televisão desligada na sua frente.

— sim, com toda certeza.

— por que você continuou com alguém que te faz tão mal por tanto tempo?

— eu amava ela, changbin. E não queria enxergar a verdade pelo felix. Inclusive, ele te incomodou? — quis mudar de assunto.

— claro que não, ele foi o primeiro a dormir.

— pensei que jisung fosse dormir aqui hoje.

— eu te falei, teve uma urgência e ele precisou ir pra casa.

— ele e o minho moram juntos?

— sim, eles fizeram faculdade juntos. E não, eles dois não tem nada, o minho namora o seungmin e o jisung é arromântico, única relação que ele quer ter é com os cachorros que cria. A propósito, ele foi pra casa porque o frajola tava estranho e o minho ficou com medo e pediu pra ele voltar.

moral of the story | chanchangDonde viven las historias. Descúbrelo ahora