18% - tipo uma missão de espião

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Era um tranquilo dia de inverno quando uma repentina vídeo chamada dos pais de christopher o fez largar o almoço na cozinha para buscar seu notebook.

O rapaz organizou a mesa de jantar para que ele e felix pudessem conversar com facilidade. Não negava que estava contente com a efêmera ligação dos mais velhos, pela distância e o trabalho que exercia, pouca era as vezes que tinham a chance de tirar um minuto para colocar o papo em dia. E hoje ele realmente queria falar com seus pais, possuía tanto a contar a eles que nem sabia por onde começar.

A tela do notebook se iluminou com a imagem da sua mãe, vanessa bang, uma mulher de fios castanhos e rosto redondo, as maçãs do seu rosto eram bem destacadas e ela possuía covinhas aparentes em ambas bochechas, além dos seus grandes olhos castanhos claro. Ela abriu um amplo sorriso ao ver seu neto e seu filho juntos. Seu pai ao lado também sorriu do seu jeito meio rígido, apesar do nítido carinho expresso em seus olhos. Ele era um homem neutro, que incentivou christopher a seguir sua carreira de professor de filósofo mesmo que não fosse uma profissão muito relevante no mercado de emprego, já que o homem também fora professor, mas de química.

— meninos! — sua mãe vibrou, eufórica. — estou com tanta saudade de vocês. Como vão? Estão se agasalhando bem nesse inverno? E a escola, meu pequeno? Como está indo? — ela se dirigiu a Felix sentado no colo de christopher, sua inseparável pelúcia de pintinho contra o peito e os olhos atentos a imagem cintilante da sua avó.

— vanessa, querida, uma pergunta por vez. — diego aconselhou, tocando no ombro da esposa. Chan riu levemente pela expressão de desagrado da mais velha, mas ela ignorou o homem ao seu lado e continuou olhando para o bang mais novo com fascínio, feliz ao vê-lo após tanto tempo.

— está tudo indo bem, mãe. — o moreno quem respondeu. — estamos nos protegendo bem do frio, apesar de que não está nevando tanto nos últimos dias. E felix está indo bem na escola, não é, filho? — o menorzinho balançou a cabeça.

— onde está morgana? — seu pai indagou, se movendo para os lados a fim de procurá-la até onde a câmera do notebook apontava.

O silêncio preencheu a linha. Chan olhou para felix e ele se encolheu, como se dissesse que não sabia o que responder. O moreno já tinha conversado com ele sobre o divórcio está manhã, sentenciado de uma vez o fim do seu matrimônio com a loira, e o menino reagiu bem novamente, não parecia relutante, no entanto, apenas indagou por onde a mãe  estava. E chan compreendia a preocupação do garoto, morgana por mais que não tivesse feito muito bem aos dois, ainda era a mãe de felix e foi sua esposa por tempo suficiente para que o moreno soubesse que ela sozinha não era uma ideia muito agradável.

— hm, lix, por que você não vai jogar videogame? Papai quer falar sobre algo com seus avós. — o menino rapidamente entendeu e se pôs de pé, rumando até o sofá em busca do console.

Chan ajeitou sua postura em frente a câmera, estava com o cabelo bagunçado e os fios naturais, tinha acordado cedo e changbin fez o café da manhã antes de sair para trabalhar e buscar jeongin na casa de hyelim, e não negava que estava com saudade do ruivo, ele havia prometido aparecer à noite para contá-lo sobre seu dia, após os garotos irem dormir. Fora sua aparência mórbida de sono, sua roupa era a mais casual possível, um casaco grande e preto e calças de pijama, fora as pantufas cor-de-rosa que tinha comprado há um tempo combinando com felix. Algo bobo que o menorzinho quis e christopher não conseguia dizer não aquele par de olhos grandes e amendoados.

— chris, filho, você está nos preocupando. — sua mãe pontuou, massageando as mãos com nervosismo. Chan soltou um suspiro, formulando um curto sorriso antes de prosseguir com o que tanto queria.

Antes de realmente pedir o divórcio, pensar sobre como contaria isso a seus pais sempre vinha junto com sua insegurança, mas gostava de pensar que seria algo tranquilo e sem pressa, mas agora, com tudo já resolvido de um lado, não sabia nem por onde iniciar. Havia uma pequena quantia de medo em seus movimentos, como o jeito que ele coçava a nuca ou o rosto, demonstrando seu nervosismo, uma mania entre sua família, seu pai agiria da mesma forma quanto posto sob pressão. Então, fingir que estava tudo sob controle na frente dos seus pais era uma missão fracassada.

Moral Of The StoryWhere stories live. Discover now