Filha dos deuses - a historia de uma meio-sangue.

conheço minha mãe

Não havia ninguem na praia, mas de algum jeito eu sabia que tinha alguem ali, ou melhor duas pessoas, eu não via mas centia.

Então em minha frente um brilho azul claro, e de lá eu pude perceber o contorno de uma mulher. Seus cabelos eram brancos-azulados, sua pele pálida, olhos iguais aos meus, usava um vestido de frio e segurava uma lança de gelo, era ela perfeita.

- oi, Pamela querida eu sou sua mãe, quione deusa da neve e do gelo.
-simples assim?tipo "oi, eu sou sua mae"?
- é simples assim.
-tá. Hum... oi, porque você me chamou aqui?
-porque precisamos conversar e mais ninguém pode saber.
-bom é que eu esperava que bom, minha metade deus viese tipo de um pai. Sabe, o homem que me levou no hospício, o que me trouxe aqui e o que aparecia falando no meu sonho.
-aquele lá era eu.

Então um homem apareceu, ele parecia quase transparente, mas tinha o mesmo rosto do homem que vinha "cuidando" de mim.

-Pamela esse é seu avô, o vento norte, bóreas.
-venho te observando desde que você chegou aqui, onde é norte eu comando o vento.
-hum, oi vovô.

Bom não era nem um pouco oque eu imaginava, eu imaginava ser filha de um deus (no masculino) que eu já tivesse ouvido falar, e fala serio, ser netinha do vento norte. Isso tava sendo muito estranho.

-mãe porque você simplesmente não me reclamou?
-porque ninguém pode saber que você é minha filha. Eu mesma não queria contar a você por isso pedi para meu pai fazer um papel se ser seu pai, para você não desconfiar.
-você ainda não respondeu minha pergunta, porque?
-porque a grande profecia fala sobre um filho do gelo, e você é a única filha que eu tenho, e eu quero impedir a profecia, todos os heróis das grandes profecias acabam mortos ou sofrendo e eu não quero que isso aconteça com você.

Eu não estava intendendo nada.

-grande profecia, oque e isso?
-uma coisa que você não pode saber, porque eu te amo e não quero que você teja esse destino.

Ela vaio até mim e me abraçou, foi como abraçar uma montanha de gelo, mas eu não sentia frio, quer dizer eu centia que ela era fria mas eu não sentia frio, e com o braço dela eu senti o meu ombro quebrado se curando totalmente.

Ela me soltou. Eu fiquei olhando pra ela, e para meu "vô". Eu tinha os olhos de minha mãe e de meu vô.

-mae, porque você nunca falou comigo, eu quero perguntar tanta coisa, como quem é meu pai? Onde ele está? Porque me deu esse colar? Qual é essa de grande profesia? Por favor fale.
-seu pai, eu o conheci no pólo norte, era um homem que não temia ou odiava o frio, ele o adorava e desafiava. Ele fazia busca de pessoas perdidas na neve, mas um acidente aconteceu e ele iria morrer conjelado, então eu o salvei e agora ele mora comigo em um castelo de gelo, mas depois que você nasceu e ouve a nova grande profecia eu levei você a um orfanato humano. Foi a coisa mais difícil que eu já fiz.

Era bom ver que eu tinha uma mae que se importava comigo, ver que eu também tinha um pai, todos os anos que eu passei no orfanato, depois com meus padrastos e o hospício, eu tinha perdido a esperança de encontrar uma família.

Essa conversa estava sendo muito estranha mas era bom ficar perto dela. Mesmo eu nem a conhecendo direito, e ela só aqui e joga um caminhão de informações em cima de mim.

-e seu colar, eu o dei a você por causa do seu defeito mortal, a frieza. Nunca se esqueça que você tem sentimentos.

Ela se aproximou de mim e pegou minhas mãos.

-querida ninguém pode saber que você é minha filha, eu sei que é difícil mas vai ter que esconder seus poderes. Eu consegui vagas em um colégio interno para você ficar, diga a quiron que seu "pai" deus vai lhe pagar a escola.

-como assim ir a escola? Eu achei que iria ficar no acampamento.
-no verão sim mas no inverno ficará na escola, eu também consegui vaga para alguns de seus amigos.

Ela pegou o colar de meu pescoço e também pegou os anéis de minhas mãos, ela os fechou com as mãos e quando abriu os anéis tinham uma pedra em cima.

Eu os peguei e transformei nas sai, havia uma pedra em cada uma delas no punhal, eu as raspei na arvore e onde a lamina encostou apareceu gelo.

-mas você tem que cuidar para que ninguém veja o gelo. Seu avô vai lhe buscar quando o período letivo da escola começar.
-tá, obrigada mãe.
-ai querida, eu te amo tanto.
-eu também te amo mãe.

Após saber mais detalhes sobre minha idá na escola, me despedi de minha mãe e meu avô e fui para o meu chalé. Era estranho ter uma mae mas não poder ser assumida. E mais estranho ainda foi aquela conversa que tivemos. Foi legal conhecer minha mae, mas foi estranho o modo que isso aconteceu. Foi como esbarrar em um completo estranho e ele te dizer "você não é a Pamela? Oi eu sou sua mae, vou te mandar pra escola, tchau".

Quando cheguei no chalé fui procurar o garoto novo que havia chegado na minha ausência. Quando me virei me dei de cara com um garoto ruivo com pele rosa.

Uma dor me atingiu, como se todo meu corpo estivesse pegando fogo. Eu caí no chao, desmaiada. A luta coisa que escutei foi um barulho de algo caindo, depois, a escuridão.