🔥

782 74 5
                                    

Ansiedade se tornou praticamente meu sobrenome, nunca pensei que uma pessoa significaria tanto, meu dia, minha noite, minha luz e até mesmo minha escuridão

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ansiedade se tornou praticamente meu sobrenome, nunca pensei que uma pessoa significaria tanto, meu dia, minha noite, minha luz e até mesmo minha escuridão. Ela se tornou a minha maior dor, está sendo um longo caminho sem tê-la ao meu lado o que torna as coisas incertas depois da ligação que tive da minha mãe que hora era a alta da Manu e ela a buscaria e a levaria para a nossa fazenda, rapidamente me desloquei para o local junto do meu pai e do tio Ale e o tio Nick, ficamos bebendo enquanto aguardávamos, demorou uma eternidade para a bendita porta abrir, todas entraram, me levantei aguardando para ver se ela entraria mais nada, bateu um desespero, observei os olhos de todas, a postura tensa, dei passos firmes e parei à frente da minha mãe que manteve o olhar firme e desafiador.

– Cadê? Cadê ela mãe?

Minha mãe respirou fundo passando as mão nos cabelos. –  Está no chalé.

Desvie dela dando dois passos em direção a saída. – Arthur não.

– O que? – parei de andar e me virei contrariado. – Não ??

– Isso mesmo, você não vai lá.

– O que? É porque eu não vou lá mãe.

– Não é o momento.

– E quando será o momento? Quando eu perdê-la de vez, ela está escapando eu sinto isso e não estou fazendo nada mãe, um mês, eu tô a porra de um mês no inferno, e todos diz que não é o momento, todos diz algo e esquece que eu tenho o direito de tomar minha decisão e lutar pela mulher que amo.

Eu juro que não queria mostrar a minha fragilidade mais estou chorando, eu limpo o rosto com raiva porque os olhares que tenho em minha direção não é o que quero, detesto quando me observam com pena.

Meu tio Alessandro para a minha frente e toca meu ombro direito seu olhar e intenso. – Eu sei exatamente o que está sentindo garoto, mas ouça a sua mãe, Manuela acabou de chegar deixe ela ter esse momento só, você não está perdendo a garota, você apenas está dando o tempo necessário para que ela consiga cicatrizar algumas feridas, e no momento certo você vai lutar por ela e não a soltará, foi isso que eu fiz com a Tati dei o tempo certo e depois lutei por ela a cada minuto.

Eu abaixo a cabeça concordando pra ser sincero eu estou esgotado. – Ei filho, eu sei que não é o que você queria e juro que se pudesse ela estaria aqui, mas foi a única maneira de trazê-la.

Eu vou até minha mãe e abraço apertado. – Me desculpe pelo que disse mãe, fui um babada eu só.

Ela põe os dedos em meus lábios. – Não precisa se desculpar meu amor, eu sei o tamanho da dor que está sentindo, mas essa fase vai passar.

Concordo, respiro fundo e me esforço para não mostrar o quão difícil está sendo, ser forte, mesmo que por dentro estou quebrado, eu queria tanto ter Manuela por perto e ajudá-la a juntar cada caquinho, eu queria me tornar o Porto Seguro dela.

Depois de todo o ocorrido Sophia veio ao meu encontro me pedi perdão, ela soube da gravidade do que aconteceu, nunca presenciei minha prima tão quebrada, ela chorou muito sabe cada teor de suas palavras que foram extremamente pesadas, eu compreendo tudo que ela passou nova com a tia Tati, eu sei que ela sabe do sofrimento da mãe, e quiz me proteger, porém eu não seria eu se perdoasse tão rapidamente, suas palavras podem ter causado um impacto negativo na vida da Manu. Eu pedi um tempo para digerir tudo que ocorreu e mais à frente conversarmos, não foi nada fácil já que ela era uma das pessoa que eu mais tinha proximidade, minha melhor amiga e prima.

Eu não acreditei no que ouvir da Elizabeth quando disse que a mamãe aceitou a proposta mais maluca que poderia imaginar, ela vai pegar o meu bebê e criar?

Todos param suas conversas e observo dona Sara tomar uma taça cheíssima de vinho sem pausa quando meus olhos recaem sobre ela.

– Mãe...

Ela da o último gole e vai encher novamente porém meu pai pega a garrafa de sua mão.

– Chega Sara.

– Ah meu cu, Henrique.

– Mas tarde querida.

Reviro os olhos pros dois malucos e encaro minha mãe que da de ombros. – Não enche Arthur, e você dona Fernanda é uma linguaruda.

– Você aceitou a proposta maluca da Manuela?

– Sim, e não me olhe com essa cara de bico, a garota está depressiva, eu não iria discutir com ela e dizer que não vou ficar com o bebê, Arthur ela precisa se tratar com psicólogo, mais nós sabemos que ela está bloqueando tudo ela não quer falar no assunto, eu não pioraria a situação, um passo de cada vez, eu tenho certeza que ela disse da boca para fora, eu percebi no hospital quando ela colocou as mãos na barriguinha o bebê mexeu, só que logo ela retirou como se a mão estivesse sujíssima e pudesse passar qualquer sujeira ao bebê.

– Ela não pode ficar só eu disse, e se ela decide se matar? – Fernanda diz se sentando ao lado do meu pai que a abraça.

– Ela não faria isso, sem conhecê-la, eu já percebi como aquela garota é boa, ela não vai fazer mal ao bebê, mesmo que seus pensamentos estejam totalmente confuso, ela ama o bebê. – Minha tia Tati diz.

– Amanhã é dia 1 da missão. – minha tia Mel diz sorrindo e dando pulinhos.

– Que missão? - A questiono e ela sorri sem graça.

– Dia das garotas. – Tia Tati diz.

– Eba.. – Fernanda e Sophia diz juntas.

Minha mãe ri.. – Eba o que? Amanhã será dia das garota. – Ela aponta pra ela e pra tia Mel e tia Tati. – E não das pirralhas.

Todos riem.

Meu pai levanta sua garrafa de cerveja junto de Alex e Nick, e brinda. – As malucas estão a ativa saúde.

Os dois rir e dizem. - Saúde.

Até mesmo eu sorrio e percebo que elas tem algo em mente, elas vão fazer algo que está relacionado a Manuela.

Isso me deixa mas em paz e feliz, minha família é a melhor, mesmo depois de tudo que aconteceu estão aqui por mim, e vão me ajudar com a mulher que amo mesmo sendo a filha do pior inimigo deles.

Intenso Onde histórias criam vida. Descubra agora