┊Chapter Twenty-one ➵ The cemetery

Começar do início
                                    

O homem se agachou em sua frente, parecendo com pena.

— Eu sei que você está irritada, se quer saber, eu também adorava James — murmurou sério — Mas você precisa entender meus motivos. Fiz isso por você e pela sua mãe.

A garota bufou, lhe enviando um olhar cheio de ódio e mágoa.

— Não coloque a... Minha mãe nisso!

Peter suspirou novamente.

— Vega, eu sempre fui apaixonado por sua mãe desde os onze anos — sussurrou — E sempre amei você como se fosse minha, lembra? Ainda podemos ser uma família feliz, o Lorde vai libertar seus seguidores fiéis de Azkaban... Vai libertar Adhara, ela vai voltar para nós.

Ela quis vomitar e não tinha certeza se ainda era o efeito de sejá lá o que fizeram consigo ou se era por descobrir que o cara que havia traído seu pai, causando sua morte, supostamente amava Adhara Black.

— É muito para absorver, eu sei. Tenho coisas para fazer, mas em breve teremos mais tempo para conversar, querida.

O homem beijou sua testa antes de se afastar, Vega suspirou, usando cada pingo de ódio que tinha em seu corpo como combustível para ficar de joelhos, os braços tremendo enquanto ainda estavam apoiados na terra escura do chão.

Uma parte dela quase sentiu pena de Peter, da ilusão que ele tinha criado em sua mente, como se Adhara Black realmente fosse o perdoar por matar o homem que amava e simplesmente viver uma vida feliz como se estivesse tudo bem, ou simplesmente achar que ela, Vega, iria realmente o perdoar por trair seu pai.

Não sabia quanto tempo ficou lá, com a respiração pesada enquanto tentava recuperar as forças, seu pulso ainda estava dolorido e depois de tirar a luva de couro que usava, viu a marca da cobra enrolada ao redor do seu pulso parecendo mais viva do que nunca. A garota não era burra, logo percebeu que haviam usado aquela maldita marca para a manipular e lhe fazer ficar fraca, porém Vega não gostava do que aquilo poderia considerar.

Voldemort estava ganhando poder.

Conhecia o suficiente de Arte das Trevas e magias proibidas para saber que aquele cemitério provavelmente tinha um significado que não iria gostar, podia pensar em meia dúzia de rituais que dariam a Voldemort um corpo. Vega simplesmente odiava todos eles.

Havia chegado o momento que ela temia desde a visita de Dumbledore à sua casa, após sua mãe ser levada presa.

O momento de fazer escolhas que iriam perseguir por toda a sua vida havia chegado.

Um estalo chamou sua atenção e ela levantou a cabeça, seu coração pareceu parar quando viu Harry e Cedrico surgindo ali, ambos segurando a Taça Tribruxa.

— Onde estamos?

Cedrico sacudiu a cabeça. Levantou-se, ajudou Harry a ficar de pé e os dois olharam a toda volta.

Então os dois notaram o corpo fraco de Vega, Cedrico foi o primeiro a reagir, correndo até a amiga e lhe envolvendo num abraço, procurando qualquer machucado visível, a garota quis chorar.

— A senhora Weasley disse que você havia passado mal e foi para a enfermaria — murmurou nervoso — Eu estava preocupado.

A garota tossiu.

— A taça — sussurrou — pega... a taça.

Cedrico franziu a testa, Harry enfim havia se aproximado, também parecendo preocupado.

— Vega? O que aconteceu? Onde estamos?

Pettigrew... Voldemort... Ruim.

Harry ficou visivelmente tenso, lhe encarando com os olhos arregalados.

No Choices  | ᴮᶦˡˡ ᵂᵉᵃˢˡᵉʸOnde histórias criam vida. Descubra agora