1400 d.C.
Um amor proibido em uma época onde o diferente não é aceito, onde o diferente precisa ser extinto.
Camila Cabello, plebéia recém chegada ao próspero reino Lutemor, consigo ela traz alguns muitos segredos, e ao chegar ao castelo do rei Mich...
Sai do meu quarto em uma corrida desenfreada pra chegar até a cozinha, no momento deve ser umas 5h da manhã, eu estava tomando banho quando os corredores passaram a ser invadidos pelo cheiro delicioso de pães, percebi Domenico um pouco mais a frente e ele sorriu quando me viu correndo, bufei, e logo ele correu na minha frente, por estar mais perto ele chegou na cozinha antes de mim.
— O PRIMEIRO PÃO É MEU! - Falei tentando puxar o ar para os pulmões.
Agnes me olhou e riu.
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— Sinto muito, mas Dom pediu primeiro.
Ele sorriu convencido e cruzou os braços na altura dos peitos, enquanto me olhava.
— Mas o primeiro é sempre o melhor. - Choraminguei e me aproximei de Agnes, aproveitei que não tinha ninguém além da gente da cozinha e deixei um selinho em seus lábios. — Por favor, me deixe furar a fila.
— Regras são regras. - Domenico interveio. — Eu cheguei antes, o pão é meu.
Procurei algo ao redor pra jogar nele, mas não encontrei nada, então apenas aceitei que hoje eu perdi.
Tenho boas notícias, a primeira é que consegui indicar Agnes para ser a nova cozinheira do castelo, assim não me sinto mais tão sozinha e ela tem um bom cargo, que lhe rende algumas boas moedas de ouro, a segunda é que estou iniciando uma turma de mulheres na academia militar, com a morte do capitão Alexandre, Michael ficou sem alguém pra treinar os alunos, logo ele recorreu a mim pra fazer isso, aceitei com a condição que iria fazer uma turma exclusiva para mulheres, ele permitiu, de todos os seus defeitos existentes, ao menos o de ter preconceito contra mulheres que lutam ele não carrega.
— Saindo o primeiro pão quentinho da fornalha. - Agnes disse passando a forma bem próxima aos nossos narizes.
Me afundei na cadeira enquanto observava ela passar nata no pão e entregar pra Domenico. Ele veio se sentar bem ao meu lado, a cada mordida ele olhava dentro dos meus olhos.
— Pare de fazer isso com ela, Dom.
— Quem mandou acordar tarde. - Ele disse soberbo. — Está muito bom esse pão, parabéns Agnes, com certeza o próximo não estará tão bom quanto esse. - Me provocou.
— Não quero mais pão. - Cruzei os braços. — Quero uma maçã.
— As maçãs estão verdes. - Agnes respondeu. — Se acalme, o outro pão já está no forno, e bem maior que o primeiro. - Tentou me consolar.
Me levantei e fui até a cesta de frutas, peguei uma maçã e em segundos ela amadureceu nas minhas mãos. Mordi a mesma olhando pra Domenico.
— Não te invejo, odeio frutas. - Deu de ombros e voltou a comer o pão.
