Capitulo 05

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Hinata demorou-se o quanto pôde com Harumi no banheiro. Precisava pensar. Tanta coisa estava acontecendo, e tão rápido, que não conseguia raciocinar.
Sentia-se uma idiota por não ter pensado que pessoas como a recepcionista de Naruro já conheciam sua irmã. Sem dúvida encontraria outros. E o pequeno deslize com a mesada... Oh, Deus! Sentia medo só de pensar em ser desmascarada.
Não queria nem pensar na reação de Naruto.
Naruti deixou a janela quando ela voltou ao escritório. Apesar de querer manter a calma, Hinata sentiu um frio no estômago diante da presença dele.

— Só agora percebi que Harumi deve estar precisando de muitas coisas, como roupas e brinquedos — ele disse, tomando cuidadosamente o bebê no colo. — Tenho tempo livre agora, então podemos fazer compras se quiser.

Hinata não sabia o que responder.
Harumi estava realmente precisando de roupas porque estava crescendo muito rápido, mas fazer compras com Naruto como se fossem um casal normal...?
Fingiu arrumar a sacola de fraldas para evitar olhar diretamente para ele, pensando em alguma desculpa.

— Já que suas roupas são de grife, será que sua filha não merece o mesmo? — Havia um tom acusador na voz.

Hinata estava tensa ao fechar a bolsa. Escolhera o que havia de mais conservador nas roupas deixadas por Hanabi, nunca imaginara que fosse algo de grife.

— Esta coisa velha? — resmungou, olhando a roupa com desdém.

Naruto sorriu.

— Você deve vestir a roupa uma vez e atirá-la no fundo do guarda-roupa.

Hinata quase riu da verdade contida naquelas palavras. Poderia ter comprado algo de grife para si mesma se ganhasse um dólar por cada peça de roupa que recolhia do chão depois das noitadas de Hanabi.
Jogou os cabelos para trás e sorriu maliciosamente.

— É minha culpa se me enjoo rápido?
— Sabe de uma coisa, Hinata Hyuuga? — Ele lhe lançou um olhar incisivo. — Estou ficando ansioso para me casar só para lhe ensinar a se comportar. Você é a mulher mais fútil que já conheci. Será um grande prazer lhe dar uma lição que já deveria ter aprendido há muito tempo.

Hinata fingiu tremer.

— Oh! Estou tão assustada, sr. Uzumaki.

Os olhos dele brilharam de desprezo.

— Se eu não estivesse com Harumi no colo, começaria a lhe dar uma lição neste exato momento.

Os olhos de Hinata faiscaram, presunçosos.

— Se encostar um dedo em mim, vai se arrepender.
— Valeria a pena, garanto — ele retrucou.
— Você acha? — Ela ergueu o queixo. — Seu irmão pensava assim também.

Hinata sabia que só se salvara pelo fato de Harumi estar nos braços dele. As pequenas mãozinhas estavam agarradas à camisa branca, o rostinho concentrado em Naruti, como se estivesse maravilhada.
A expressão do rosto dele revelava o quanto ele lutava para manter a calma.
O interfone sobre a escrivaninha quebrou o tenso silêncio.

— Sr. Uzumaki? — A voz agradável de Kurenai invadiu a sala. — Seu pai na linha dois.

Narut devolveu Harumi para Hinata sem a olhar nos olhos.

— Com licença. — Virou-se para atender ao telefone.

Hinata pegava o canguru quando ouviu as primeiras palavras da conversa. Mesmo que Naruto falasse sua língua nativa rapidamente, ela tinha estudado o suficiente para entender o ponto principal da conversa.

— Sim — Naruto disse. — Encontrei uma solução. Casarei com ela no dia 15.

Hinata não podia ouvir a resposta do pai, mas pôde imaginar a partir das respostas de Naruto.

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