Capítulo 7

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                    Os senhores barões da casa grande, saíam na companhia dos três filhos para a missa. Entraram na carruagem, se acomodaram, e partiram rumo a celebração de domingo.


         - Lembraram-se de pegar os terços, sim?
         - Claro, mamãe!   - Respondeu Bela.
         - É muito importante mostrarmos o quanto somos católicos. A aparência religiosa, faz de nós todos mais admiráveis pelo povo.
         - Mas eu sou religiosa, não é só uma aparência.
         - Todos somos, e quanto mais mostrar-mos isso, será melhor!


         - Será que a missa vai demorar muito?
         - É a missa de domingo, meu filho. Claro que sim!
         - Se demorar muito, poderei sentir-me sufocado dentro da igreja.
         - Benjamim, o que é isso? Sente-se mal desde já? Pois nunca reclamou da demora da missa.
         - Apenas fiz um comentário, minha mãe. Até o momento, sinto-me bem.

                  O Barão ajeitou a gravata e deu um tosse rouca.

         - Eu agradeceria se fizéssemos o caminho até a igreja em silêncio.
                    











                 Apressando-se para sair, a baronesa de Assunção seguiu para fora de sua casa. A mesma deparou-se com Álvaro, que já a esperava, encostado na carruagem.


         - Álvaro, hoje me atrasei um pouco! Mas que bom que já está pronto.
         - Pronto para levar a baronesa onde desejar, neste caso, levá-la para a missa de domingo.
         - Sim, agradeço seu desempenho! Hoje estarão todos por lá, nobres ou não.
         - Eu bem sei disso, senhora.   - Ele abriu a porta para que ela pudesse entrar e se acomodar.
         - Grata!   - Disse após ele a ajudar a subir. Ela se sentou.
         - Estás pronta para partir? Prometo ser rápido.
         - Vamos agora mesmo, Álvaro!




                E assim Álvaro partiu com a carruagem da baronesa. Tentou ser rápido, com vontade de chegar logo, compensando assim o atraso da patroa.









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                   Iniciou-se a missa, e a igreja estava dividida. De um lado os nobres, grandes nomes, e do outro, as pessoas mais humildes do povoado. Assistiram a procissão de entrada, algumas palavras do padre, e voltaram a se sentar.


                   Na metade da missa, o filho do meio dos barões de Camposul queixou-se de um mal estar já previsto.


         - Não me sinto bem, está muito quente aqui dentro.   - Disse Benjamim para a mãe.
         - Quente? O clima está igual aos outros dias!
         - Por favor, deixe-me sair, preciso tomar um pouco de ar.
         - O seu pai não vai gostar nada disso, Benjamim.
         - Por favor, mamãe!
         - Está bem... Vá, mas não demore. Saia pela lateral para não chamar atenção dos outros.
         - Prometo ser breve!   - Ele fez como a mãe permitiu.

         - Para onde foi o nosso filho, Magda?   - Alfredo cochichou.
         - Sentiu-se mal, permiti que fosse tomar um ar.
         - Detesto que saia no meio da celebração, deveria me consultar antes de permitir tal ato.
         - Desculpe-me, meu marido. Ele prometeu ser breve.
         - Conversaremos sobre isso depois. Concentre-se!


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