Capítulo 45

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"Encostei minha cabeça no frio tijolo de pedra da prisão do rei Noc. Não tinha luz aqui, então eu não sabia se era dia ou noite. Ou há quanto tempo eu estava aqui.

Eu tinha perdido a noção do tempo a muitos dias. Ou talvez fossem semanas. Eu não podia dizer.

O breu ao meu redor não me incomodava mais.

Na primeira noite, trancada nessa cela e no escuro completo, eu gritei. Precisava saber que não estava sozinha. Ninguém me respondeu.

Os únicos momentos em que eu tinha companhia, era quando os guardas me traziam comida e água. Mas eles não falavam. Eu nem sabia mais como era ouvir a voz de alguém.

Eu estava me perdendo. Esquecendo quem eu era. Quem eu sou.

Quebrando.

Todas as rachaduras estavam aumentando.

Ergui meu rosto para o teto e toquei a coleira ao redor do meu pescoço. O rei Noc projetou isso junto de Loch, o rei dos Gigantes. A pedra azul no centro dele deveria suprimir meus poderes.

Há quanto tempo eu estava aqui?

O som de passos chamou minha atenção. Um pequeno feixe de luz vinha junto do intruso e eu rastejei até as grades da cela.

— Oh, copil , o que fizeram com você? – uma voz masculina me perguntou. Eu conhecia aquela voz.

De onde eu conhecia aquela voz?"
— Trilogia Fogo e Aço —

Rainbow

Eu tinha pedido por isso, claro.

Eu mandei mensagem dizendo que queria conversar, mas eu esperava uma ligação. Eu não queria que ela aparecesse na porta da minha casa do nada.

E, principalmente, eu não estava preparada para isso.

Minha mãe.

Nossa relação tinha sido horrível a maior parte da minha vida, mas depois dos meus 15 anos houve uma melhora. Ela me pediu desculpas e nós convivemos bem agora.

Porém desde a conversa que eu tive com meu pai, eu estava evitando as ligações dela. Se eu fosse sincera, eu estava evitando meu pai também. Anos de negligência e abuso não ia ser esquecidos só por uma conversa. Havia um longo caminho a ser percorrido e nós apenas tínhamos dado o primeiro passo.

Mas eu e minha mãe estávamos estacionadas no passado ainda.

Eu não tinha perdoado ela. Eu só não sabia como continuar odiando minha própria mãe, então eu me forçava a continuar com essa relação.

Ela tinha mudado. Eu sabia disso, eu vi isso. Depois que parou de beber, ela tentou ser uma boa mãe. Até certo ponto, ela tinha conseguido. Mas havia um limite.

— Você está bem, Marie? – ela perguntou. Minha mãe quase nunca me chamava de Rainbow. Provavelmente porque esse era o nome que meu pai tinha escolhido. — E quem é essa garotinha linda com você? – ela continuou. Eu ainda estava sem reação. — Marie?

— Ela é a tia Rain. Não é Marie. – Tate falou e minha mãe sorriu, doce. Algo se agitou no meu peito. Eu nunca tinha recebido esse sorriso enquanto crescia.

Antes de você (The Heartbreakers #2)Where stories live. Discover now