Uma manhã com ela. (Parte 02)

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Ludmilla pov.

Brunna não me respondia, ela estava parada, nem piscava. Acho que ela estava começando a perceber que a Michelle era eu.

– Bru? – estralei meus dedos na frente do seu rosto, nada, ela estava imersa em seus pensamentos – Brunna? – dessa vez ela me olhou com uma cara de desespero e ódio.

Me empurrou pra longe e começou a gritar comigo:

– FUISTE TU?! Todo el tiempo ERES USTED?! – concordei e tentei chegar mais perto dela – NO SE ACERCA A MI!! Cómo no me di cuenta de esto antes?

– Ei... calm... – tentei falar, mas ela me interrompeu.

– Calma?? CÓMO CALMAR? – continuava gritando – ME ENGAÑASTE TODO EL TIEMO Y QUIERES QUE ESTÉ TRANQUILA?

– Pra começar... abaixa esse tom... você tá no meu apartamento e vai chamar a atenção dos vizinhos.

– JODER A TUS VECINOS... eu vou em bora daqui!! – falou tentando abrir a porta – ABRE A PORRA DA PORTA LUDMILLA.

– A chave não tá comigo, tá com a Dayane... e ela tá na casa dela. – falei tentando me manter calma, a Dayane me trancou no meu próprio apartamento – Vamos conversar Bru, deixa eu...

– NÃO LUDMILLA E NÃO ME CHAMA ASSIM!!! Te repugno Ludmilla Michelle. – essas palavras doeram, eu preferia ter levado um soco do que ouvir isso dela.

Cheguei perto dela, peguei ela pelo braço e puxei ela até meu quarto. Joguei ela na cama e tranquei a porta.

– Abre essa porta Ludmilla – neguei – EU TÔ MANDANDO VOCÊ ABRIR ESSA PORTA LUDMILLA!!!

– Você não manda em mim Bru... – mostrei a chave a ela – e se você quer tanto abrir essa porta, pegue-a – coloquei a chave dentro da minha cueca.

– Você é uma idiota Oliveira – falou vindo em minha direção, disparando tapas contra mim.

Se ela não parar logo com essa marra eu vou surtar, eu já estou começando a ficar brava. E quando isso acontece... eu preciso foder com alguém, e no caso seria ela, pois eu estou aqui trancada com ela.

Segurei seus braços e joguei ela na cama, fiquei por cima dela segurando seus braços...

– Me escuta Bru... – falei grossa – eu estou me controlando ao máximo pra não fazer nada com você, então começa a ficar calma porque daqui a pouco eu não vou mais me controlar.

– Você já fez algo comigo Ludmilla... ou você esqueceu que me obrigou a fazer sexo com você?

– Eu não esqueci ok? E eu não te obriguei você... você que quis ou já esqueceu o que me falou? – falei segurando-a em baixo de mim – Eu pedi a você se você tinha certeza VOCÊ RESPONDEU QUE SIM!! Então não me vem com essa.

– Te odio Ludmilla, te odio con toda mi alma!!

– Se que te gusto, no necesitas engañarme. – falei perto dela – Você gemeu meu nome Brunna!!

– Me solta! – neguei.

– Só vou te soltar depois que você confessar. Diz que gostou Brunna, fala pra mim que você gostou!

– Não gostei... – ri forçado.

– Gostou sim... vamos, confesse! Diz Brunna!

– Me gustó OK... me gustaron todos los momentos... todos los besos y sensaciones... y te odio por ser tan increíble para mí!! – desabou em choro.

– No llores Bru... no me gusta verte llorar. – falei afrouchando os braços e me abaixando para abrasa-la.

– Por quê fez isso Lud? Por quê não veio até mim sendo você? – falou tentando parar de derramar as lágrimas.

– Você não me deixava chegar perto de você... – falei triste – e na festa do Harry... naquele quarto... eu te pedi se você conseguia falar quem eu era e conseguiu! Mas você tava bêbada... e eu devia imaginar que você não ia se lembrar. – desabafei percebendo meus olhos soltarem algumas lágrimas – Você pode não acreditar Bru, pero usted me gusta e esse foi o único jeito de te mostrar que eu não era um mostro... eu sinto muito Bru. – eu já não aguentava mais o choro.

E me surpreendi quando a Brunna me abraçou, eu simplesmente chorei em seus braços. E num momento de pura dor puxei ela pra um beijo, ela não correspodeu.

Não a forcei a beijar de volta... me afastei saindo de seus braços e levantando da cama.

Brunna pov.

Eu fiquei espantada com aquela confição e o beijo, eu nunca imaginei que isso podia acontecer...

Ela se levantou e a única coisa que pedi foi:

– Aonde você vai?

– Ligar pra Dayane... – limpou as lágrimas e saiu do quarto.

Fiquei lá deitada tentando assimilar tudo que acabou de acontecer. A briga, o beijo e a confição... eu não gostei de ter sido enganada, mas não posso negar que foi bom...

Levantei da cama indo em direção da cozinha, parei atrás da parede ao ouvir a Lud discutindo com alguém, provavelmente a DJ.

– Onde você tava com a cabeça Dayane?! – falou nervosa – Ela deve estar achando que eu que pedi pra você trancar a gente aqui!! – esperou um pouco e voltou a falar – Não Dayane, eu me segurei pra não surtar por fora... mas por dentro não foi a mesma coisa... – esperou mais um pouco – Eu gosto dela Day e você sabe, eu me mataria se tivesse forçado ela a fazer algo! – ficou quieta por um tempo – Eu sei que errei, OK? Agora vem até aqui abrir a porra da porta porque ela tá querendo ir em bora!! – se calou outra vez, ela ainda não tinha percebido minha presença – É óbvio me machucou ouvir tudo aquilo dela!! Agora chega de perguntas e vem abrir a porra da porta!!! – desligou o celular e se virou na minha direção – Brunna... tá ai a muito tempo? – pediu com um semblante assustado, apenas assenti.

Sem falar nada me aproximei dela e a beijei. Ela correspondeu na hora, paramos o beijo por falta de ar.

– Desculpa... eu... agi por impulso – falei vendo seu rosto surpreso, abaixei a cabeça envergonhada.

Em um movimento simples ela me puxou me roubando outro beijo, dessa vez mais apresado. Não me contive e soltei um gemido quando nossas bocas se tocaram... as mãos dela seguravam minha cintura, mas ainda me dava a opção de me afastar... o que eu não fiz. Ficamos apenas com esse beijo, quando o ar começou a faltar ela se afastou e encostou a testa na minha.

– Não peça desculpas por algo tão bom... – falou baixo e me roubou um selinho, eu sorri.

Ouvimos o barulho da porta, nos afastamos na hora que uma Dayane entrou pela porta acompanhada pela Júlia...

Colegial - Brumilla Where stories live. Discover now