Game

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Todos estavam à espera no campo na qual jogariam, o time adversário estava quase completo e dos Rebels faltava chegar Scorpia e Mermista que também já estava a caminho com Seahawk. Enquanto isso, os jogadores iam se aquecendo e as poucas pessoas que assistiriam o jogo se ajeitando nas arquibancadas pequenas ao redor do campo. Bow estava animado demais, pulando e tagarelando com os já conhecidos indo e vindo de um time para o outro para cumprimentar os que iam chegando. O clima era amistoso assim como a partida que teriam, todos amigos e conhecidos desde a época da escola e faculdade, era bom rever algumas amizades. Adora e os outros conversavam relembrando os velhos tempos.

Instantes depois Scorpia chegou trazendo consigo Catra, a maior foi recebida imediatamente pelo brilho acalorado do sorriso de Perfurma que a tomou pelo braço e a levou até o meio dos outros, mesmo tímida queria apresentá-la a algumas pessoas. Catra observou como a amiga sorria bobamente e corava rápido demais, sorriu junto ao ver que a psicóloga realmente fazia bem a sua amiga. Adora ao ver a maior buscou rapidamente por Catra, seu olhos se encontraram de longe e um facho de luz intenso parecia pairar sobre elas, veio a seu encontro a passos lentos, entretanto a loira sorria apenas de canto, atípico do sorriso aberto que era capaz de iluminar o sol no qual Catra estava acostumada. Seu semblante parecia cansado, Adora quase nunca parecia assim, ela sempre era um poço de animação, e isso fez seu interior se preocupar e seu coração afundar no peito, havia algo errado, o que teria feito com que a luz de Adora se apagasse tanto? Um nó se formou em sua garganta e se obrigou a engolir, não gostava de vê-la assim.

– Hey... – a loira parou em sua frente e a cumprimentou. Em outra ocasião a beijaria na boca intensamente, assim como estava fazendo todos os dias, todas as semanas após o trabalho. Mas estavam no meio de outras pessoas e não sabia como Catra lidaria, já que não eram oficialmente um casal.

– Hey! – Catra franziu o cenho, estranhando a falta de contato da outra. Adora não queria mais beijá-la? Ou talvez seu vício que quisesse isso, afastou tais pensamentos não era hora disso. Focou na mulher em sua frente, em como Adora parecia um pouco cabisbaixa, e uma bolsa escura embaixo dos olhos aparentando suas olheiras, Adora parecia um pouco nervosa também, sem saber o que fazer com as mãos. Se aproximou com cautela e segurou sua mão direita a levando para seu ventre – Viemos torcer por você, eu e a bolinha! – o tempo pareceu parar para Adora que ficou instantes sem falar totalmente atônita a olhando de boca aberta, Catra podia jurar que seus olhos tão brilhantes pareciam ter tomado uma coloração diferente, ainda bem mais clara do que já era. A loira sorriu apaixonadamente e se aproximou mais, levantou a outra mão ao ventre e se abaixou beijando a barriga rapidamente.

– Obrigada por vir bolinha, você vai ser nosso amuleto da sorte – falou para o ventre e Catra sorriu ao vê-la um pouco mais contente – E sua mãe o meu! – levantou sorrindo para a híbrida que lutou muito para não beijá-la naquele momento, engoliu a saliva.

– Gostei do uniforme – Catra falou mudando de assunto, achando também adorável o boné que a loira usava – É bem gay.

– Você gosta hãm? – riu dando uma voltinha.

– Ah, é daí que vem o She-ra? – falou se referindo ao nome escrito atrás da camisa de baseball que Adora usava.

– É meu apelido desde o ensino médio! – riu sem graça.

– E o que significa? – a gata perguntou curiosa, mas Adora apenas deu de ombros.

– É que Adora tem poderes titânicos – Perfuma veio respondendo sorrindo. Scorpia a acompanhava – É meio que o super poder dela, Adora não cansa nunca, e sempre se recupera muito rápido – explicou – Como vai Catra?

– Estamos bem. – respondeu segurando o ventre.

A conversa continuou por mais alguns minutos, Perfuma e Catra se instalando nas arquibancadas já que as duas não jogariam, enquanto as outras se exibiam em seus uniformes. Sim, Scorpia tinha ganhado uma camisa do time com seu nome estampado e tudo, claro que Bow jamais deixaria a nova integrante do grupo sem a camiseta oficial do time. Mermista foi direto cumprimentar Catra assim que chegou não perderia a chance de importunar Adora. A conversa continuou até todos finalmente chegarem e completarem os times.

ACCIDENTAL (G!P) (CATRADORA)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora